A Filha do Delegado ll

• Capítulo 56 •

Gustavo Narrando

Eu já não vejo a hora de ir ver a Lua, ando preocupado pois ontem eu vi ela de tarde mas de noite minha mãe saiu novamente e estou torcendo para que seja nada demais

Estou esperando minha mãe que foi buscar algo no quarto dela e até agora não desceu para irmos até o esconderijo

Milly está voltando à falar comigo aos poucos, acho que a preocupação com a Lua está sendo tão grande que ela até esqueceu que não estava falando comigo

Está todo mundo perguntando se algo aconteceu com nós

O que mais está me deixando preocupado é Lucas. Milly disse que nem em casa ele anda aparecendo e na casa do Lipe ele também não está indo

Gustavo: Mãe vai logo! Cansei de esperar

Pietra: Pronto terminei

Gustavo: Terminou oque?

Pietra: De conver... Nada

Gustavo: Mãe eu posso trocar uma idéia com a Luana? Eu estou quase desvendando um segredo da Milly que pode nos ajudar, mas só a Lua sabe - digo caminhando até a porta de casa junto com ela

Pietra: Pode, mas muda a voz e vai de máscara

Gustavo: Relaxa - digo e fomos

Cheguei lá e Diogo já estava

Pelo menos ele não fala com a Emilly na escola se não eu iria ficar mais puto ainda com ele

Pietra: Já deu a comida para ela?

Diogo: Sim, mas a fresquinha não quis

Pietra: Com o Gustavo ela comeu

Gustavo: Ele deve ter sido ignorante com ela. A mina ta assustada, cuzão

Diogo: Vai te fude, ta assustada mas se tivesse com fome isso não impederia de comer

Gustavo: Cade a marmita?

Diogo: Ali no balcão - disse apontando

Peguei a marmita que ainda estava quente, peguei a máscara, a chave e fui até ela

Abri e logo tirei a máscara, tranquei a porta e fui até a Lua que estava chorando

Gustavo: Cheguei. Oque foi? - perguntei. Ela me abraçou muito forte - Calma Lua, ta tudo bem

Luana: Me tira daqui

Gustavo: Ainda não consigo - disse e ela desfez o abraço - Trouxe comida - digo e pego a comida que coloquei no chão para dar a ela

Percebi umas marcas estranhas pelo corpo dela quando desci minha visão para pegar a marmita

Gustavo: Que marcas são essas Lua? - perguntei espantado, mas ela não conseguia me responder de tanto chorar - Respira fundo... Tenta falar comigo, eu preciso saber oque estão fazendo com você - pedi e fiquei em silêncio vendo ela tentando se acalmar

Fiquei fazendo carinho em seu rosto tentando fazer ela se sentir mais segura comigo

Luana: Eles me bateram

Gustavo: Que arrombados - digo bravo com isso - Porque fizeram isso?

Luana: Eu... Eles vieram aqui acho que de noite e ligaram para meu pai, eles pediram dinheiro e mandaram eu falar que estou bem, mas eu pedi socorro então um deles que aparenta ser mulher me deu um tapa na cara, a outra pessoa que estava com ela tomou o celular dela e continuou conversando com meu pai enquanto eu apanhava, eu gritava para meu pai escutar mas ela me batia mais e mais, teve uma hora que eu pensei que ia até desmaiar