Capítulo 1

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Bom dia lindezas!!!

Ansiosas para o primeiro capítulo?

Eu estou que não me aguento! 😁

Ainda mais que no capítulo de hoje teremos alem do Bento um pouquinho do Gui, Malu e Mari! 😍

Bento

Com o celular nas mãos, ansiando por uma resposta que não vem, ouço meu nome sendo chamado.

—Bento!

A voz vem do quarto que um dia foi do Guilherme e corro ao seu encontro já com um sorriso nos lábios. O timbre de voz dela é inconfundível. Minha cunhada, minha amiga, minha irmã.

Mesmo meu irmão não morando mais aqui, já que ele tem uma casa para viver o seu felizes para sempre com sua adorada esposa, minha mãe não se desfez do ambiente. Pelo contrário, ela o repaginou completamente, adicionando ao espaço um berço luxuoso e tudo o mais que sua netinha pudesse precisar.

Segundo ela precisávamos estar preparados para quando a família feliz, como eu costumava os chamar, precisassem dormir aqui, e não queria que sua princesa ficasse desconfortável.

Para falar a verdade a Dona Marta meio que surtou e colocou o quarto abaixo para construir um novo. Ela mesmo desenhou o projeto e acompanhou a obra de perto. E tenho que admitir, ficou maravilhoso. Apesar de quase não atuar mais na sua área de formação, ela é magnífica no que faz, porque além de arquiteta ela também se aperfeiçoou em design de interiores.

Na época o Guilherme foi enfático ao dizer que não precisava daquilo tudo, que eles não precisariam mais usar o quarto, que ele tinha a própria casa e que era lá que sua família iria ficar.
Enfim, foi um embate onde a mãe fingiu não o ouvir, e agora ele teve que morder a língua e ouvir um “eu te avisei” da Dona Marta quando precisou se ausentar junto com o pai para um congresso em outro estado e a Malu bateu o pé dizendo que não ficaria sozinha naquela casa imensa.

Lembro da briga que foi porque o Guilherme queria que ela fosse junto, mas como sempre ela o dobrou e seguiu com a sua vontade e está aqui. Há quase uma semana conosco. Deixando os meus dias um pouco menos tristes. Tirando um pouco dessa angústia do meu peito.

—Saudades de mim, gata? — Me recosto no batente da porta do quarto e a encontro esparramada na cama com os olhos fechados, mas assim que ouve minha voz eles se abrem e se fixam em mim. Dou o que presumo ser um sorriso sexy e um olhar sedutor, ganhando assim uma risadinha em resposta.
Mesmo que olheiras profundas estejam tão evidentes debaixo dos seus olhos, que seu corpo esteja um pouco mais magro e o semblante mais cansado que o habitual, ela continua deslumbrante. Não foi a toa que o meu irmão ficou com os quatro pneus arriados por ela. É impossível não ficar. Até eu ficaria se pudesse.
Essa mulher é o pacote completo que qualquer homem sonhou em ter, assim como eu sempre sonhei em ter um cara como o Maurício na minha vida.

Penso em uma frase sarcástica para falar e tirar meus pensamentos do tormento que me assola, mas assim que algo me vem a mente ela revira os olhos e solta um suspiro exasperado.

Meus olhos são atraídos imediatamente para a fonte que fez ela soltar esse suspiro e se iluminam, cheios de ternura, ao mesmo tempo que o sorriso sexy que estava colado em meu rosto se transforma em um sorriso enorme, cheio de dentes, quando escuto balbucios de uma certa menininha linda que tem o meu coração na palma das mãos.

Mariana.

Mari.

Minha Mari.

—O que é que a bonequinha do dindo tem? — Falo e no mesmo instante seus olhos começam a me procurar por todos os cantos do quarto. Apesar de ter apenas quatro meses, Mari é bem adiantada para sua idade, inclusive reconhece as pessoas ao seu redor. Como faz no momento em que abro a boca novamente e começo a dizer: —Cadê a bonequinha do dindo?

Nosso Jeito de Amar (Conto Bento e Mauricio) - DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora