Sala Precisa.

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Ambos olharam um para o outro enquanto corriam para a Sala Secreta, inundados em um desejo voraz e nunca antes sentido entre eles, perdido no tempo e descoberto por acaso, num castigo ganhado algumas semanas atrás.

Uma coisa nova, mas que estava a todo vapor mexendo com a cabeça e com corpo de ambos.

Depois de Hermione ter conseguido descer sedutoramente das arquibancadas do Campo de Quadribol, rebolando os quadris da forma mais graciosa que sabia fazer, precisou correr para não ser atacada por Malfoy ali mesmo, nos corredores que se encontravam silenciosos aquelas horas do dia, já que todos os alunos estavam em aula. Justamente como Malfoy deveria estar.

Mas não estava.

E, Godric, como isso era bom!

Ela olhou para trás, para vê-lo seguindo-a com aqueles seus olhos azuis penetrantes e que exalavam todo o perigo Sonserino que ele era. Notou que sequer havia pudor da parte dele, por estar sem camisa perambulando por ali, ou ser pego por alguém, ele só queria - como havia pensando fervorosamente -,  tê-la nua naquela sala, deslizando mãos, olhos e o que mais pudesse por sua pele. Ah, ela mesma não podia se aguentar de antecipação. Tinha uma vaga imaginação do que ele poderia querer fazer com ela, no entanto, do pouco que tinha provado do bruxo, sabia muito bem que iria com certeza, ser surpreendida por um bote muito bem calculado, embora tudo dissesse a ela que se estavam ali era mais por um impulso, conhecia os boatos sobre as especialidades de Draco Malfoy.

Os passos apressados dela ecoavam na cabeça de Draco, e aquele riso espontâneo e divertido que ela soltava enquanto corria a sua frente o fazia querer alcançá-la o mais rápido possível, e possuí-la com toda aquela ânsia que queimava seus pulmões.

Não poderia, nem sequer algum dia ter sonhado se ver em situação similar, de todas as garotas daquele castelo, todas as que passaram por sua cama e suas mãos precisas, ela tornara-se a única que, impiedosamente, conseguira assumir o controle de uma boa caçada. E veja bem, a caça deveria ter sido ela.

O que esperar de uma Leoa orgulhosa, calculista e audaciosa?

Ele nem sabia em que andar se encontrava agora, em qual ala, ou perto de quê, apenas via, entre uma olhada e outra, as paredes de pedra e os archotes que emolduravam as mesmas ficando para trás, enquanto ele ia para aquela viagem sem volta,  sucumbindo aos encantos da bruxa má. Rogava aos deuses que ela soubesse para onde corriam, pois, tudo o que havia nele era desejo, luxúria, e muita vontade de torná-la sua se a alcançasse.

Naquele momento, tampouco importava a ele o que os outros iam falar, o que sua mãe ia pensar ou se seu pai poderia surtar caso descobrissem o que eles iriam fazer na tão esperada Sala Precisa. Havia, desde que escapara de ir para Azkaban, deixado de viver e seguir rigorosamente um conceito idiota sobre hierarquia e raças. Nada disso importava afinal, quando ele estivesse dentro dela, a invadindo. Com força.

Hermione, entre seu riso e um ofego, parou em frente à uma parede, e que um raio caísse em sua cabeça se ela estivesse mentindo, mas não precisou sequer pensar para ver uma porta se materializar no meio da estrutura de pedra mágica. O seu inconsciente já vinha desenhando aquele lugar desde que ela invadira a mente de Malfoy. Seu coração, acelerou-se ainda mais, e, para fazer companhia às suas palpitações e sua respiração irregular, veio o alvoroçado Draco Malfoy.

Ele colidiu seu corpo com o dela brutalmente, e tal qual a serpente que representava sua casa, deu o bote na leoa atacando sua boca sem permissão e com uma pressa que Hermione podia sentir em seus próprios ossos.

Como uma raio de luz, ele a beijou.

As mãos grandes de Draco pousaram sobre cada lado do rosto de Hermione enquanto ele a beijava, intensificando o buraco dentro dela ainda mais,  fazendo a castanha divagar entre todas as sensações despertadas por ele, e o gosto que o mesmo tinha.

Castigo - Dramione Onde histórias criam vida. Descubra agora