conheça "meu mundo"

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E lá vamos nós para mais um dia de aula, Bom deixa eu me "apresentar". Me chamo Danniel, Danniel Travinski, minha mãe ama nomes diferentes, diz até que foi por esse motivo que se casou com meu pai.
Me encontro perto de fzr meus 18 anos falta dois meses para ser exato, dois meses apenas para minha "liberdade" chegar, mas enquanto isso estou no último ano da escola, tenho um irmão de 8 anos, o Alexander, ele é um porre, minha mãe faz tudo o que ele quer, enquanto meu pai trabalha de madrugada e dorme o dia inteiro, parece até escroto falar isso assim mas, prefiro ele desse jeito. O único ser que é realmente proximo a mim é o meu gato Gilbert tenho ele a 9 anos, inclusive fazemos aniversário juntos, cuido dele com o maior amor que posso ter dentro de mim, ele é realmente o meu melhor amigo, não o trato como um bicho de estimação, sei lá, esse "rótulo" parece pouco para se dar a ele... Ele é alguém que realmente está ali quando eu preciso e sei que ele sente o mesmo a respeito de mim, gostamos de estar no quarto longe de tudo e todos  Temos o costume de a noite ficarmos na janela olhando o céu e as estrelas, depois disso nos jogamos na cama e relaxamos
Fato aleatório;. Eu sou do time da escola, não sou o melhor mas, também não sou o pior, estou ali mais para completar o time, e é exatamente assim como as epssoas me vêem, é até melhor que me vejam assim já que fui forçado pelo meu pai a entrar no time, me mantendo em um nível neutro as pessoas não irão reparar tanto em mim... Eu acho.
Passei metade da minha vida de uma certa forma isolado, meu pai nunca me viu com nenhuma garota e isso já lhe era motivo o suficiente oara pegar no meu pé, mesmo eu sendo só uma criança na época.  Quando ganhei o Gilbert, eu so vivia conversando com ele, evitando qualquer amizade ou interação com outras crianças,  foi o suficiente para meu pai começar a questionar minha sexualidade, a todo momento dizendo que o que eu fazia só iria me tornar o que ele mais despreza, desde então, ele me força -na verdade ele só tenta- a fazer coisas como entrar no time, sair de casa, coisas que ele diz que vão me tornar "macho" o suficiente e me fazer ter orgulho de suas escolhas no meu futuro. Bom, obviamente é uma mentira, já que isso faz com que eu sinta cada vez mais raiva de sua "participação" em minha vida

Mas, chega de falar sobre isso -o que na verdade é inevitável. Hoje quinta-feira o que significa que não tenho treino, mas, evito meu pai já que ele não gosta de me ver em casa cedo e eu não gosto de vê-lo, então, fico na biblioteca da cidade. Plena 06;30 e eu já estava arrumado, óculos na cara cabelo do mesmo jeito que acordei, é so passar a mão que já fica arrumado então tá de boas, se tem uma coisa que me deixa confortável, são roupas de moletom então ja deve ter uma ideia de como eu me visto. Peguei a primeira calça preta que vi, e uma camisa salmão e na mochila tem a minha blusa cinza que advinha? Também é de moletom. fiz um lanche para ir comendo no caminho, coloquei comida para o Gilbert, fui andando até a escola com meus fones de ouvido e minha "bolha de insegurança".
Outro fato aleatório:  Entrar no time me deu a vantagem de não ser mais tão zoado na escola, e de fazer alguns "amigos".
D

a biblioteca eu vou direto a escola, chego na sala e vejo Jane e Lian meus amiguinhos, os dois namoram mas não são daquele tipo de casal que ficam deixando geral de vela. Ficamos conversado até o professor substituto chegar, ja que as 3 primeiras aulas são vagas eu simples pego minha blusa e faço-a de travesseiro.

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1hora e meia depois
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Sinto alguém me cutucar e uma voz calma me chamando

Katt; Ei, Danniel, você vai perder o intervalo!!

Danniel; Hum... -resmungo- Beleza, pode ir

Katt; Ir? Você sabe que se a inspetora te ver ela te expulsa da sala e te deixa com um bilhete no caderno

Danniel; Ah, droga ela veio?! -me levanto com a mão na cara-

Me estico espreguiçando meu corpo, olho para frente e vejo uma das minhas antigas amigas que era quem me chamava, seu nome é Katerine mas, tenho costume de chama-la de Katt. Ela havia mudado de escola e voltou recentemente para a que estou

Katt; Andaaa, antes que nos vejam e pensem merda de nós -reclama enquanto me puxa pelo braço-

Eu; Vocé? COMIGO? Hahaha, impossível mas, ok

Katt; Você ainda é do time, certo?

Eu; Infelizmente.-Reviro os olhos-

Katt; então é possível sim, agora vamos

Chegando ao refeitório algumas pessoas do time começam a me olhar sendo puxado por Kattie, já começo a me preparar para as baboseiras e perguntas no vestiário amanhã. Apesar de Katt ser muito bonita eu não me vejo tendo nenhuma, relação com ela, nem um simples selinho. Ela é tipo aquela gotinha de tinta numa folha de papel com desenhos em preto e branco, um detalhe muito único. Ama me arrastar por ai, não gosta de me ver isolado, mas sabe e entende quando eu quero ou preciso de espaço ela respeita e me deixa "respirar o meu próprio ar".

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Depois da escola
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A tarde vou novamente a biblioteca, vou até minha sessão favorita sobre "fatos e histórias reais" pego dois livros sobre histórias em geral vou para o meu cantinho onde tem uns puffs, e simplesmente me jogo neles, coloco meus fones e deixo uma música calma tocando e começo a ler depois de um tempo lendo, reparo ser hrs e são umas 16:32, pego minhas coisas, levo um dos livros até o balcão para marcar a data de devolução, coloco-o na mochila onde pego minha blusa, a visto colocando o capuz fazendo assim o cabelo cair sobre os óculos, aumento a música e assim vou andando até uma lanchonete, chego lá peço um milk-shake e fico nas cadeiras do lado de fora, observando a rua na esperança de algo acontecer para me manter longe de casa, mas, ao mesmo tempo me preocupo com Gilbert que praticamente depende de mim, e eu dele. Vou ao balcão, pago e vou para casa. Aumento ainda mais a música na tentativa de me isolar dos sons a minha volta, lugares com muito barulho me dão um pouco de medo, e é nessas horas que meu "amigo" fone de ouvido me salva na tentativa de fazer os problemas desaparecerem nem que seja só por alguns minutos

Como pode ver, sou um pouco fechado para algumas coisas, trauminhas que carrego da minha infância, preciso de um psicólogo? Com certeza. Vou a um? Não.
O motivo de eu ter "medo" do barulho é pelo fato de que cresci em uma família onde meu pai chegava bêbado e descontava tudo na casa e para que as coisas não "piorasse" eu me trancava no quarto até ele se acalmar ou esperava que minha mãe chegasse para pará-lo. Enqtanto isso, eu ficava no quarto com Gilbert em meu colo me acalmando, uma vez meu pai arrombou a porta do meu quarto e ele estava bêbado em um nível absurdo, ele tinha descoberto que eu estava no teatro da escola, e obviamente me disse que aquilo era coisa de bichinha e para eu "aprender" ele começou a me bater. Minha vida foi assim até o momento em que Alex nasceu, depois disso algumas coisas mudaram, ele começou a me insultar mais do que bater, não bebia mais com tanta frequência e finalmente arrumou um emprego bom onde pudéssemos comprar a nossa casa e pagar as dívidas que tinhamos por sua culpa.

Belos como a noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora