Prólogo

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Olá amorecos! Todos pensando que abandonei vocês, né? Não me esqueci não, só fiquei muito doente e hoje dei uma melhorada, então aqui está o prólogo já com muita emoção. Desde já quero explicar que nesse livro será focado em Lauren e Lorenzo, então posso deixar alguns personagens de lado, mas é que estou dando foco ao casal. Não se esqueçam das estrelinhas e dos comentários. Beijos e Abraços.

BOA LEITURA!

TEXTO SEM REVISÃO...

***

      Lauren

Sinto o martelar em minha cabeça. Mais uma noite no clube, ainda bem que virei gerente e não sou mais uma garçonete, não sei se aguentaria as bolhas que teriam no meu pé após mais um turno. Ser mãe e garçonete não é fácil. Principalmente quando sua menina tem três anos e parece que nunca se cansa. Nunca quer dizer realmente isso. Está sempre correndo por todo o lado e não para. Sempre disposta a mais. Mas agora tenho mais tempo para ela, mais disposição para brincar com ela, não que tenha mudado alguma coisa no Clube, continuo trabalhando igual louco, mas não preciso ficar a noite toda andando por todos os lados com roupa curtas e saltos altos, sem falar em ser assedia ou tocada. Também não preciso trabalhar todas as noites como antes, graças a Sophia trabalho apenas sextas, sábados e domingos, mas em compensação fico a noite toda, só saio ao amanhecer.

- Você parece péssima. - Tinna comenta quando passo ao seu lado.

Olho para ela dando um sorriso seco.

- É porque estou. Tudo o que vem acontecendo e essa coisa com Lorenzo, trabalhar aqui e cuidar de Hope está me sugando, parece que tenho mais de cinquenta anos. - Digo a ela que acena com a cabeça de acordo.

- Você precisa de férias. - Comenta ela.

Jogo a cabeça para trás e começo a rir.

- Quem me dera se eu pudesse. - Comento. - Sophia está fora, então tenho que contratar alguém em seu lugar, e agora que estou gerenciando isso tenho mais responsabilidade, então não, férias não está na minha lista. - Explico a ela.

- Por favor, você pode tudo.

Sorrio para ela. Ela não faz ideia.

- É mãe do bebê de um Callahan, o que pedir é seu. - Desdenha.

Se ela realmente soubesse como são as coisas não diria isso. Não é tão fácil assim ser mãe de um bebê dos Callahan, porque é apenas isso que sou, mãe de um bebê. Nada mais. Não sou mulher de um Callahan, então, não tenho direito nenhum e por mais que me doa dizer isso nada vai mudar. Minha filha é uma Callahan, eu não sou nada.

Amar um Callahan não significa que estará com ele, vem com um preço. Eu amo um e todos os dias olho em seus olhos e vejo apenas rejeição. Todos os dias olho para nossa filha e percebo que será apenas isso que teremos juntos, mas nada, nossa única ligação. E um dia eu o verei ter outros bebês e amar outra mulher, não a mim.

Aceno com a cabeça para Tinna e continuo o meu caminho para o escritório, preciso pegar minhas coisas e encerrar o dia, o sol já está se erguendo lá fora começando o amanhecer e eu ainda estou aqui nessa mansão trabalhando. Esfrego minha testa tentando aliviar o martelar, mas a única coisa que sei que fará essa dor ir embora é um bom banho e algumas horas de sono. Para a minha sorte, Hope está com a avó dela o que me dará algum tempo para descansar.

Entro no meu escritório pegando minha bolsa em cima da mesa e meu celular, tudo estava organizado do jeito que eu gostava, nada fora do lugar. Minha parte essa noite eu já fiz, agora é com Caspen e sei que se ele precisar de mim irá me chamar em algum momento.

- Já está de saída? - Falando no diabo.

Viro-me para olhar o todo poderoso Caspen Callahan, quem olha de fora pensa apenas que ele é um Bilionário que comanda várias empresas, ajuda os pobres e tem uma grande mansão intitulada o maior e melhor clube privado, quando na verdade ele é o homem mais temido. Aquele que em um piscar de olhos tem seus inimigos mortos, desaparecidos, em algum lugar do oceano onde nunca serão encontrados.

Ele é o homem que todos temem, o monstro que seus filhos ver embaixo da cama e ao mesmo tempo ele é o homem que todos querem ser.

- Sim, estou. - Respondo a ele. - Fiz o que tinha que fazer, mandei para o seu e-mail o relatório dessa semana, está tudo certo com as entregas. Qualquer dúvida é só me chamar, mas, por favor, espero por algumas horas, preciso do meu sono. - Pisco para ele que dá um meio sorriso sem graça.

Nossa relação é estranha, não que eu não sinta medo dela, só um louco para não sentir, mas ele é o tio da minha menina e a trata muito bem, sem falar que ele me respeita, então não tenho do que reclamar, mas também não ficaria contra ele.

Nunca.

O homem não brinca em serviço.

- Obrigado, Lauren. Fique tranquilo se algo tiver fora do comum eu mesmo resolvo. Tenha uma boa semana. - Com isso ele se vira e vai para o seu próprio escritório.

Ouço a porta bater e solto um pequeno suspiro de alívio. Esse homem é intimidante.

No andar debaixo me encontro com algumas meninas e juntas saímos para o estacionamento dos funcionários. Caspen organizou esse lugar com excelência, ele soube separar tudo nos mínimos detalhes, sem erros.

- Deus! Essa noite foi cansativa e estou louca para jogar meu corpo em uma cama e apagar para o resto do dia. - Uma da dançarina diz bocejando.

- Nem me fale, meus pés estão cheios de bolha, não aguento mais. - Tinna reclama, olho para o seu pé e a vejo descalça.

Realmente, ela está com bolhas feias, ainda bem que tem o resto da semana de folga. A minha dor de cabeça só aumenta. Fecho meus olhos sentindo o sol da manhã em meu rosto e é nesse momento em que pneus de carro freiam derrapando no asfalto fazendo com meus olhos se abram. Ouço as meninas ao meu lado gritando, mas minha mente não registra nada.

Gritos não dados.

Portas de carros sendo apertas.

E tiros.

Muitos e muitos tiros.

- Lauren! - Gritam meu nome.

Viro-me para ver Lorenzo correndo em minha direção, seus olhos estão frenéticos em um ponto do meu corpo. Sinto algo escorrendo em minha barriga e uma grande dor. Olho para baixo e tudo o que eu vejo é sangue, muito sangue. Minhas mãos encostam em minha barriga. Alguém atirou em mim.

A dor que sinto faz com que minhas pernas tremam e eu caio de joelhos bem no meio do estacionamento. Antes que meu corpo todo caia do chão Lorenzo me pega em seus braços e vejo o desespero em seu olhar.

Minha visão fica turva a medida em que tempo passa e sinto meu corpo mole.

- Não, não. - Ouço-o dizer. - Lauren fique acordada.

- Nã-não consigo. - Digo a ele.

Meu corpo treme e me sinto mole.

- Amor, fique acordada. - Pele ele em desespero.

Sorrio para ele.

- Precisou que eu levasse um tiro para me chamar de amor. - Digo a ele sorrindo, mas logo em seguida começo a tossi.

- Shhi... não fale. - Pede ele tirando alguns fios de cabelo do meu rosto.

Lágrimas escorrem dos meus olhos.

- Cuide de Hope. - Digo a ele quando desmaio e deixo a escuridão tomar conta de mim.

Aprisionada - Presa a uma Callahan - APENAS DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora