[ Dia seguinte ]
E aqui estou eu.
Mais um dia à espera de notícias do meu pai...
A olhar para esta maldita parede branca...
Fazendo com que tenha lembranças de à 12 anos atrás.
[ Flashback ]
- Papa onde está a mamã e porque estamos no hospital? - questiono fazendo-o chorar ainda mais.
- Sabes filho, a mamã estava a conduzir muito rápido, ela bateu e fez um doídoi - diz entre soluços.
- E ela vai ficar bem? - questiono um pouco assustado, ele olhou para mim, e aquele olhar valeu muito mais que mil palavras, foi como se eu tivesse conseguido ver toda a sua alma. E a dor que existia nela naquele momento.
Por isso, abracei me a ele, e chorei.
Alguns minutos depois os médicos chamaram o meu pai, e ele pediu me para que eu esperasse no banco em que estávamos sentados.
E assim o fiz. Como não tinha nada para fazer, olhei para uma parede branca à minha frente, e esperei.
A minha mãe dizia me para que sempre que eu me sentisse mal com algo, pousasse o meu olhar sobre algum objeto, e começasse a pensar nas suas características, para que eu me esquecesse da dor.
Mas aquela era uma simples parede, pintada de branco... O que mais tinha ela?.
O que eu poderia dizer mais sobre ela?.
Por isso não consegui esquecer a minha dor, e logo depois o meu pai vem em minha direção a chorar ainda mais que antes, se é que é possível, e abaixou-se à minha frente.
- A mamã... - olha-me no fundo dos meus olhos - a mamã morreu Ross, mas não te preocupes o papá está aqui contigo, sim - assim que acaba de falar puxa me para um abraço apertado, e enquanto ele ia chorando no meu ombro, eu ia observando aquela parede em estado de choque...
Uma estúpida e simples parede branca.
- A mamã pediu aos médicos para te dar isto - ele diz afastando se do abraço e tirando o colar que ela sempre usava, do seu bolso - e ela também deixou este bilhete, abre e depois se quiseres contar me o que é, contas - sorri meigo - ela também me deixou um bilhete só o vou ler depois...
Assinto e devagar abro o bilhete:
Ross amor, deixo te este colar para te lembrares que embora fisicamente eu não esteja contigo, estarei sempre dentro do teu coração, e se algum dia quiseres falar comigo, olha para a Lua e desabafa com ela, podes ter a certeza que estarei a ouvir.
E, quando já fores grande, quero que dês este colar à pessoa que amas, e que somente o peças de volta, se depois perceberes que esse amor não vale a pena.
Mas desconfio que vá acontecer isso, como eu te ensinei,
O amor vale sempre a pena.
Amo te filho.
- O que diz a mamã? - pergunta o meu pai.
- Que me ama - respondo simplista, ele tem a perfeita noção de que eu estou a mentir, mas como ele disse que faria, respeitou a minha decisão, e não fez mais pergunta nenhuma.
[ Semanas Depois ]
- Estas melhor? - questiona o Jay
- Não - choro - não estou, dói - digo pondo minha mão na cara por causa do ardor.
- Mas porque que o teu pai te bateu?.
- Não sei, eu só lhe disse que tinha saudades da minha mãe e ele bateu me - digo tentando lembrar me de algo que posso ter feito.
Mas não, eu não fiz nada.
Ele tem agido de maneira tão rude e má comigo... E eu não entendo.
- Senhor Moon? - um enfermeiro chama, tirando me dos meus desvaneios.
- Sim - respondo olhando-o e sentindo todo o meu mundo desabar.
- Sinto muito informá-lo mas...
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É lá foi mais um...
Se vocês soubessem o quão difícil tem sido escrever kkk.
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After Dark (Em Revisão)
Fanfiction[CONCLUÍDA] Continuação de "Different Worlds". Será que tudo continua o mesmo ? "Tanta luz dentro de ti, e tu deixando a escuridão te dominar" - Laura Mello