34. But... Why?

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[ Dia seguinte ]

E aqui estou eu.

Mais um dia à espera de notícias do meu pai...

A olhar para esta maldita parede branca...

Fazendo com que tenha lembranças de à 12 anos atrás.

[ Flashback ]

- Papa onde está a mamã e porque estamos no hospital? - questiono fazendo-o chorar ainda mais.

- Sabes filho, a mamã estava a conduzir muito rápido, ela bateu e fez um doídoi - diz entre soluços.

- E ela vai ficar bem? - questiono um pouco assustado, ele olhou para mim, e aquele olhar valeu muito mais que mil palavras, foi como se eu tivesse conseguido ver toda a sua alma. E a dor que existia nela naquele momento.

Por isso, abracei me a ele, e chorei.

Alguns minutos depois os médicos chamaram o meu pai, e ele pediu me para que eu esperasse no banco em que estávamos sentados.

E assim o fiz. Como não tinha nada para fazer, olhei para uma parede branca à minha frente, e esperei.

A minha mãe dizia me para que sempre que eu me sentisse mal com algo, pousasse o meu olhar sobre algum objeto, e começasse a pensar nas suas características, para que eu me esquecesse da dor.

Mas aquela era uma simples parede, pintada de branco... O que mais tinha ela?.

O que eu poderia dizer mais sobre ela?.

Por isso não consegui esquecer a minha dor, e logo depois o meu pai vem em minha direção a chorar ainda mais que antes, se é que é possível, e abaixou-se à minha frente.

- A mamã... - olha-me no fundo dos meus olhos - a mamã morreu Ross, mas não te preocupes o papá está aqui contigo, sim - assim que acaba de falar puxa me para um abraço apertado, e enquanto ele ia chorando no meu ombro, eu ia observando aquela parede em estado de choque...

Uma estúpida e simples parede branca.

- A mamã pediu aos médicos para te dar isto - ele diz afastando se do abraço e tirando o colar que ela sempre usava, do seu bolso - e ela também deixou este bilhete, abre e depois se quiseres contar me o que é, contas - sorri meigo - ela também me deixou um bilhete só o vou ler depois...

Assinto e devagar abro o bilhete:

Ross amor, deixo te este colar para te lembrares que embora fisicamente eu não esteja contigo, estarei sempre dentro do teu coração, e se algum dia quiseres falar comigo, olha para a Lua e desabafa com ela, podes ter a certeza que estarei a ouvir.

E, quando já fores grande, quero que dês este colar à pessoa que amas, e que somente o peças de volta, se depois perceberes que esse amor não vale a pena.

Mas desconfio que vá acontecer isso, como eu te ensinei,

O amor vale sempre a pena.

Amo te filho.

- O que diz a mamã? - pergunta o meu pai.

- Que me ama - respondo simplista, ele tem a perfeita noção de que eu estou a mentir, mas como ele disse que faria, respeitou a minha decisão, e não fez mais pergunta nenhuma.

[ Semanas Depois ]

- Estas melhor? - questiona o Jay

- Não - choro - não estou, dói - digo pondo minha mão na cara por causa do ardor.

- Mas porque que o teu pai te bateu?.

- Não sei, eu só lhe disse que tinha saudades da minha mãe e ele bateu me - digo tentando lembrar me de algo que posso ter feito.

Mas não, eu não fiz nada.

Ele tem agido de maneira tão rude e má comigo... E eu não entendo.

- Senhor Moon? - um enfermeiro chama, tirando me dos meus desvaneios.

- Sim - respondo olhando-o e sentindo todo o meu mundo desabar.

- Sinto muito informá-lo mas...

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É lá foi mais um...

Se vocês soubessem o quão difícil tem sido escrever kkk.

After Dark (Em Revisão) Where stories live. Discover now