36. Twisted Kind Of Love

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Quanto mais perto estávamos da casa do Ross, mais o meu nervosismo aumentava.

E se ele não estiver lá?.

E se ele... Não Laura, ele está bem.

Ele tem de estar bem.

Tem mesmo.

[ ... ]

- Estamos quase a chegar - diz o Jay.

E assim que fizemos a curva, vimos o seu carro estacionado à frente de casa.

Soltei o ar que nem eu sabia que estava a prender.

- Mas que alívio - disse o Jay entre um suspiro.

Mal o Jay estacionou o carro, nós praticamente saímos a correr do mesmo, e entramos dentro de casa.

E assim que o fizemos ficamos pasmos.

O Ross estava sentado no sofá a ver TV?.

[ Ross POV ]

Cheguei a casa um pouco mais leve e liguei a TV, eu não estava realmente a prestar atenção ao que se passava naquele filme, só mesmo quando começou uma parte que me interessava...

Onde a personagem principal, tortura outra que a maltratou, até à morte, e depois o filme acaba.

Final feliz.

Não é?. Ele vingou se!.

Por isso sim, é um final feliz!.

E eu amo finais felizes...

- R... Ross? - ouço alguém chamar, e assim que viro a cabeça encontro as três únicas pessoas que se importam comigo neste mundo.

O silêncio reinava naquele cómodo, conseguia ouvir as respirações de cada um ali, e todas elas estavam descompassadas.

Acho que sou o que se encontra mais calmo...

- Querem jantar aqui? - questiono levantando me do sofá com um sorriso... falso, mas não deixava de ser um sorriso.

Eles os três se entre olharam, e devagar o Jay assentiu.

Parecem assustados.

- Passa se alguma coisa? - questiono aos três.

- Ross tu... Tu não queres desabafar? - agora quem perguntou foi a Laura - o teu pai ele... - ela não consegui acabar a frase pois deixei escorrer uma lágrima e rapidamente limpei-a com a minha mão.

Eles os três aproximaram-se para me dar um abraço. Eu deixei eles o fazerem, mas não consegui corresponder, se o fizer vou baixar a guarda, e não posso... não ainda.

Apenas deixei que eles me abraçassem o tempo que quisessem.

"Não chores Ross. Não chores." - Repetia na minha cabeça, não me vou deixar ir abaixo, não agora... Tenho outras coisas em que pensar.

- Gente com licença - digo afastando-os de mim - tenho de ir fazer o jantar.

Assim que acabo de falar, vou para a cozinha e fecho a porta à chave.

Encosto me à parede e deixo me cair no chão.

Assim que a primeira lágrima caiu as outras vieram com ela.

Eu só queria ser feliz, é pedir muito?.

#FlashBack

- Até logo pai ! - digo saindo de casa para ir trabalhar.

- Até logo filho, se houver algum problema liga-me - diz pois ele decidiu tirar o dia de folga.

- Está bem - grito indo para perto da porta.

- Mais tarde irei almoçar com o Edgar, se quiseres vir connosco, manda mensagem...

- Está bem.

- Amo-te - ouço-o dizer o que me faz rir, a partir daquele dia em que eu disse que lhe amava, ele faz questão de repetir está palavra todos os dias... É fofo.

- Também te amo pai... - respondo e saio de casa.

O meu pai morreu.

Ele está morto.

E esta foi a última conversa que tivemos... Tudo por causa dele, daquele filho da puta...

Mas eu vou vingar-me.

[ Narrador POV ]

E ali ele ficou, sentado naquele chão frio a chorar, enquanto os seus amigos apenas podiam ficar na sala a ouvi-lo sofrer, sem poder fazer nada, eles sentiram-se tão inúteis...

O pior momento na vida de alguém é quando o seu mundo esta a cair e a despedaçar-se aos poucos, e tudo o que a pessoa consegue fazer é observar.

O Ross não está preparado para ouvir aquelas estúpidas frases:

"O meus pêsames"

"Estarei aqui se precisares"

Frases estas que virão de pessoas que ele nunca viu na vida e que apenas as dizem por pena.

Ele não quer enfrentar a realidade.

Não quer mesmo.

Não ainda.

Não agora.

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Oláaaaaaaaa meus amoresssssss a vida ?

Espero que tenham gostado e por favor dêem like e comentem.

All the love. B.





After Dark (Em Revisão) Where stories live. Discover now