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       Hyunjin estava a assear o balcão do caixa, a lojinha de conveniência parecia extremamente vazia e o tédio dominava o corpo do garoto, ainda era sua primeira semana de férias e trabalhando naquela loja de conveniência.
     

       Decidiu sair.

       
       Sentou-se no banco que havia na frente da loja, estava trajando uma calça preta, uma camiseta bege e um sobretudo preto, calçando um tênis um pouco gasto mas era o único que poderia usar até receber dinheiro o suficiente para comprar outro.

       Era outono e um pouco frio e o tempo cizentado. Hyunjin não parava de balançar suas pernas, estava com seus ombros encolhidos e seu olhar para as poucas pessoas que passavam alí era um pouco antipático.
   
       Tirou uma carteira do bolso, retirou um cigarro e acendeu-o.

– Está fechado, muleque. – Hyunjin tirou o cigarro de sua boca e olhou em direção para o garoto que estava com sua mão na maçaneta da porta. Ele sempre ia lá para comprar macarrões instantâneos.

– Que horas irá abrir? – o garoto de óculos redondinho pôs suas mãos no moletom verde deveras grande para ele, mas que deixava ele naturalmente fofo.

       Hyunjin jogou o toco de cigarro no chão e pisou em cima, soltando a última lufada de fumaça.

– Irei abrir com exceção para você. 
– pigarreou. sem olhar para o garoto que parecia um pouco mais baixo que ele, Hyunjin retirou as chaves do bolso e colocou na fechadura, girou três vezes e empurrou a porta.

        [...]

– Está frio, não é? – indagou com um sorriso nos lábios roxinhos por conta do frio, encolheu os ombros passando as mãos repetidamente nos braços com intenção de se aquecer.

       Hyunjin limpou a garganta que estava extremamente seca.

– É. – respondeu frio. – Vai querer só isso?

        O menino desfez o sorriso.

– Sim. –  assentiu colocando os macarrões dentro da mochila preta que carregava mas costas. Ele estava sério agora. – tô' indo, tenha um bom dia. – pôs a mochila em um dos ombros e saiu sem olhar para o rapaz.

        Hyunjin ficou com um mero ponto de interrogação com a troca de humor do garoto, ficou esperando ele dizer algo enquanto ambos estavam em um silêncio, até ponderou se foi rude demais com o garoto que desfez o sorriso.

        Ao invés de dizer algo, Hyunjin continuou em silêncio.

                   23:17 PM

        Hwang foi surpreendido com o sino ecoado pelo ambiente, quando viu a porta de vidro sendo aberta.
       
        Era o garoto de mais cedo, ou melhor, o garoto de sempre.

– Tem mais pudins de chocolate? – o menino indagou abrindo o freezer transparente e se curvando para olhar atrás dos refrigerantes.

– O último foi hoje. – diz Hyunjin anotando algo em seu bloquinho sem olhar para o menino.

– Ah...– o menino um pouco cabisbaixo fechara a porta do freezer e se aproximara da estante de salgadinhos.

– Eu queria pedir desculpas por hoje mais cedo. – Hyunjin fecha seu bloquinho de anotações e olha fixamente para o garoto. – Eu tratei você com grosseira.

– oh...– o menor ri – tudo bem. – ele baixou a cabeça. – aliás! qual seu nome? – o garoto de moletom verde e óculos redondinho indaga com desejo de uma resposta.

– Hwang Hyunjin.

– bom, prazer! eu me chamo Yang Jeongin. – e novamente o garotinho sorri gentilmente.

– prazer. – Hyunjin sorri fraco.

– quando irá chegar pudins? – Jeongin indaga ao garoto maior.

– na próxima semana.

 
       O garoto sorriu satisfeito.        

              [...]

 
       Yang Jeongin é um garoto de 17 anos que estava prestes a se graduar no ensino-médio.
      
      Morava com seus avós e tinha apenas um gatinho como seu companheiro nas horas vagas, o Dodo.
      
      O que Jeongin mais gostava de fazer sem nenhuma sombra de dúvidas era cantar. Ele se espressava de todas as formas cantando, era seu melhor momento.
      
     Sempre que podia o Yang ia para a lojinha de conveniência, se não para comprar macarrões, ia para comprar pudins e chicletes, ele achava o vendedor incrivelmente bonito, embora fosse rude as vezes.

              [...]

– Jeongin, vá dormir querido! Você deveria descansar. Está prestes a dormir em cima dos livros. – disse senhora Yang se encostando na porta do quarto de Jeong.

– Já estou indo vovó. vá descansar você também, trabalhou duro hoje. – disse escrevendo a matéria em seu caderno.

– Estou indo, boa noite! – ouviu-se um estalo de beijo mandado no ar para Yang.

– boa noite, vovó!

         Ele fechou os caderno e guardou seus materiais, levantou se sua cadeira meramente confortável e foi em direção ao seu armário.
        
       Vestiu um pijama azul com amarelo bebê e deitou em sua cama.
       
       Demorou um pouco para o Yang pegar no sono, estava pensando muito no que havia acontecido no seu dia.
       
       Adormeceu igual anjo, como diria sua avó materna.
        

           

       

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⏰ Última atualização: Mar 25, 2019 ⏰

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