ROMANCE DARK
Helena Belmonte, dispõe de uma beleza angelical. Uma menina doce e ingênua que sempre acreditou no amor puro e verdadeiro, aquele com flores e poesias. Entretanto, a vida lhe mostrou o lado feio do amor, um amor que machuca, que destró...
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— Helena, por favor, abra esta porta!
Os golpes incessantes ecoavam pelo corredor, abalando os antigos fundamentos da madeira gastada. A violência dos impactos era implacável, como se a porta estivesse prestes a ceder a qualquer momento.
Batendo e batendo, sem dar trégua.
Tudo o que eu desejava era que esse pesadelo chegasse ao fim! A dor latejava em minha cabeça, meu corpo parecia ser esmagado por um peso insuportável, e minha alma sangrava em agonia.
Inúmeras vezes, meu coração fora destroçado, em uma sucessão de fragmentos que pareciam não ter fim.
Mas de quem era a culpa?
Talvez a culpa fosse minha, por ter sido ingênua ao acreditar que o que tínhamos era amor. Talvez eu tenha alimentado a ilusão de que o amor poderia transformar alguém que já nascera manchado. Que tolice! Que tolice imensa.
Como pude ser tão tola a ponto de acreditar que o mal poderia se redimir, simplesmente pelo poder do amor?
Finais felizes... Ah, que fantasia cruel! Reservados apenas aos tolos que passam uma vida inteira acreditando em algo que jamais poderão alcançar.
Desde o momento em que Alessandro Hackmann entrou em minha vida, ele não teve piedade de mim. Sua presença era sombria e sua crueldade conhecida apenas por ele. Ele sabia exatamente o estrago que causaria, e parecia se deleitar com a profundidade de sua própria escuridão.
Eu me entreguei completamente a esse homem, de corpo e alma. No entanto, ele não hesitou em me quebrar em pedaços, pouco a pouco, sem remorso. Cada palavra cortante, cada ato cruel, era uma ferida aberta em minha alma.
Eu lutei com todas as minhas forças por esse amor doentio. Eu me afundei em um abismo emocional, esforçando-me para alcançar um grau de amor e compreensão que ele nunca foi capaz de oferecer. Mas minha mente, já abalada, me impedia de ver além das sombras que ele projetava.
