Meu diário de mentiras.

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Este relato está sendo escrito para parte das pessoas para quem eu menti. Não que eu esteja separando quem deve ler e quem não pode. A verdade, é que eu menti para tantas pessoas, que não consigo mais calcular o número delas. Eu decidi parar de mentir, assumir novamente minha identidade e encarar minha história.

E esta história, começa 24 anos antes de hoje. Foi em um dia 25, do mês de novembro, ano de 1990. Foi ali que nasceu a maior mentirosa que já conheci: eu mesma. Sim, eu acabo me definindo como mentirosa, embora, ao longo desse relato, possa ser que eu mude de ideia, ou que leve á mudança de tuas próprias visões acerca de mim.

2 dias após meu nascimento, fu batizada com o nome de Daniela, pois, minha avó materna, pensava que meu progenitor deveria ser o rapaz com que minha progenitora namorava. Mas, depois ficou sabendo que eu não era filha dele. E até hoje eu não sei de qual homem saiu os espermatozóides que deram origem á minha pessoa. Talvez o lado mentiroso de meu ser, seja dele. Ou não. É, isso deve ser uma personalidade própria de mim mesma, mas, sem dúvida, puxei algo do lado materno.

Sim, pois, a progenitora agira exatamente como eu, mentindo doenças, sendo hipocondríaca, fingindo desmaios, aumentando dores e enchendo o corpo de remédios. Na infância, não tive amigos imaginários, ao invés disso, tive doenças imaginárias e elas eram minhas melhores amigas Eu me apegava muito á elas. Eu mentia sobre os sintomas, e era boa nisso. Me pergunto, como, nessa época, sem acesso á internet e sem amigos, eu conseguia fingir tão bem até as doenças que quase não ouvia falar. Pois é, mistérios de minha mente doentia.

As primeiras mentiras que lembro, foram  aos oito anos. Eu estava na rua e passou um carro perto de mim, um fusca branco. Ele só passou ao meu lado, mas, não foi isso que contei ao chegar em casa. Eu detalhei todo o acidente, porque o carro me atropelou e o motorista não me socorreu!!!. Eu tinha arranhões pelos braços e pernas, cabelo abgunçado, óculos na mão. Eu lembro bem. Mas, não lembro porque menti. Eu chorei, eu senti dores que um atropelamento causaria, eu estava desesperada. Nunca descbriram que era armação.

Não 

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⏰ Última atualização: Nov 22, 2014 ⏰

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