Amélia trabalha em uma pequena floricultura da cidade e seu objetivo é guardar dinheiro para poder cuidar de sua irmã mais nova sozinha. Com uma vida conturbada, aquelas flores e sua irmã eram os motivos que faziam a garota sorrir... Bom, até conhe...
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A floricultura estava lotada por conta dos dias dos namorados, mas apesar da bagunça, eu conseguia ver o brilho que aquele local tinha. Foi difícil me acostumar trabalhar ali sem Robert. Porém ele havia pedido para eu manter o lugar e era o que eu estava fazendo. Sua cadeira permanecia no mesmo local de sempre.
Eu só precisei de alguns meses para me acostumar com tudo. Terminei a faculdade, dei um jeito na casa de meu pai, organizei o dinheiro de Robert. Trabalhava em um laboratório de manhã e de tarde na floricultura. Buscava minha irmã na escola e passávamos o resto do dia juntas. Lisa sempre estava com a gente. Thomas também. A floricultura agora era minha e devo confessar que apesar do trabalho, eu estava amando.
Terminei de atender um cliente e olhei para minha irmã. Ela olhava tudo com atenção, como se quisesse aprender. E realmente estava. Eu tentava transmitir tudo o que eu sabia para ela.
-Qual o nome daquela flor? - eu perguntei para ela, apontando para um buque.
-Lírios! -ela disse animada.
-Está aprendendo bem! Daqui a pouco vai poder me substituir - disse dando um hi-fi nela.
-Eu vou ganhar para isso?
Ri com aquilo.
-Talvez sorvete - respondi. O que foi suficiente para ela abrir um sorriso.
-Deixa eu atender alguém!
Observei ela subir em uma cadeira para ficar na altura certa no balcão, toda animada. Ela usava um avental da loja feito para o tamanho dela. Até que por ironia do destino, uma certa pessoa apareceu na loja.
-Thomas! - ela gritou assim que viu me namorado.
-Oi - ele disse - Você que vai me atender?
E dali para frente foi um teatro só. Eu só observava ao lado.
-Sim, o que deseja? - ela fingiu anotar em um caderno uns rabiscos.
-Um buque de flores, por favor - ele disse fingindo interesse - De camélias.
Depois disso a menina me encarou, como se quisesse saber o que fazer depois daquilo.
-Está no caminho certo - eu disse - Agora vai terminar sua lição de casa. Um dia te ensino a montar o buque.
E foi o que ela fez. Me aproximei de Thomas e selei nossos lábios em um beijo rápido.
-Estava com saudades - eu disse sorrindo.
-Não mais do que eu.
-Vou fechar daqui 10 minutos. Me espera lá fora?
-Claro
Observei Thomas sair pela porta enquanto Dylan e Kaya entravam na mesma.
-Flor! - ela disse correndo e me abraçando - Que saudades! Trouxe Dylan para comprar umas flores para mim de dia dos namorados.
