Vício sem limites

💋PUNIÇÃO💋

Jimin pensou em milhões de formas diferentes de seu appa o punir, depois de ter transado no quarto de hóspedes com a camisa do mais velho. Ficou ansioso por semanas, resistiu aos desejos insanos do corpo para que desfrutasse como nunca a punição. Mas Kim Park Jimin jamais havia contado com o desprezo do pai.
Namjoon passou pela porta da casa e evitou olhar e falar com o filho. O pequeno abraçou o pai e foi afastado com delicadeza para o lado, pulou no moreno e beijo-lhe as bochechas, já esperava aquela reação.

— Afaste-se, tenho coisas importantes a fazer. – depois que disse isso, Namjoon passou a mão na bochecha como se limpasse algo, o beijo que recebera. Jimin percebeu que havia passado dos limites e lágrimas surgiam em seus olhos. O moreno trancou-se no quarto e evitou o rosado.

E ainda o evitava há 3 semanas.
Jimin sentia que iria enlouquecer, a vontade imensa que crescia dentro de si para saciar os desejos carnais era ignorada. Não conseguia transar com outra pessoa sabendo que fora isso que deixara seu appa chateado, tentou desculpar-se e tudo que recebera fora um olhar frio. O pequeno se corroía por dentro sem a atenção do Kim mais velho. Com todos esses anos criado como um príncipe mimado feito de porcelana, ser ignorado por quem mais amava era doloroso. O rosado contava isso ao seu melhor amigo e estava chateado demais.

— Pare com isso Mini Jimin, ele não tem o direito de fazer isso com você. – Yoongi tentava acalmar o amigo de todas as maneira.

— Tem sim, ele é meu pai hyung.

— Seu pai, não namorado. Você não me disse que o Nam Hyung transava por ai antes de você ficar com ele? – Jimin sentiu as peças se encaixarem em sua cabeça para um plano de contra-ataque em seu appa. — Apenas diga que você já está grandinho para ter um namorado. Talvez ele nem tenha visto que era o Hobi e você está imaginando coisas.

— Tem razão hyung, vou tentar falar com ele outra vez. Obrigado.

— De nada, precisando me esqueça.

— Que horror hyung! – o rosado sabia que não era verdade, Yoongi era o único com quem podia contar nas melhores e piores situações.

Jimin encerrou a chamada e deitou-se outra vez em seu ninho de cobertores no chão. Estava nevando lá fora e o aquecedor não dava conta de esquentar o quarto por inteiro, então teve sua grande idéia, jogar todos os cobertores no chão e deitar por cima deles se enrolando todo feito um rolinho. O pequeno ficou encarando as luzes brancas que enfeitavam seu teto, precisava falar com seu appa e não tinha idéia de como, o platinado somente o ignorava. Foi pensando nisso que acabou caindo no sono.
Namjoon estava trabalhando em seu escritório, o silêncio na casa o incomodava muito, já sentia saudade do filho. Aquela hora Jimin já teria entrado por aquela porta e o feito descer. Não queria admitir, mas sentia-se solitário. Sabia que estava sendo severo demais, deveria conversar com o filho, mas os ciúmes nublava a razão e ele se irritava facilmente. Tentou se concentrar mais um pouco no trabalho, infelizmente não conseguiu, desligou o computador e saiu do escritório olhando com cautela pelo corredor.

Nada.

Nem mesmo um ruído. Jimin não era do tipo quieto, então aquilo era muito estranho. Caminhou pelo corredor e parou em frente ao quarto do rosado, a porta entreaberta revelava um amontoado no chão. Devagar Namjoon empurrou a porta e sorriu bobo ao ver a cena. Jimin dormia tranquilamente no chão enrolado em vários cobertores, era como um bebê. Por alguns instantes o platinado voltou no tempo, quando Jimin ainda tinha 12 anos. Jamais imaginaria que as coisas ficariam assim, que chegariam a este ponto. Precisava descansar um pouco ao invés de se torturar ali.

— Appa? – chamou uma voz sonolenta. Namjoon olhou para o chão e viu Jimin de olhos abertos o encarando. O olhar era triste e solitário, aquilo doeu em seu ser.