por que eu?

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Estava frio e ainda escuro lá fora, já estava quase na hora de levantar e ir pra escola e mais uma vez não consegui dormir nem um minuto sequer, meus amigos as vezes dizem para eu ir ao médico ver o porque disso... mas o problema é que eu sei o porque de não conseguir dormir, e essa lembrança acaba comigo e eu não sei o porque de não conseguir esquecer isso, por mais que eu tente não da.

Lembrança on

Era dia dos namorados e estava um tempo gostoso, o sol não estava muito forte e nem muito fraco.. ele estava perfeito para um passeio no parque, eu estava muito animado pois finalmente ia me declarar para Kyeon, vou confessar que também estava nervoso pois não sabia a reação dele com tudo, resolvi apenas chamá-lo para um passeio normal como sempre fazemos e isso já havia virado um costume besta, todo dia dos namorados saíamos pra dar uma volta e uma vez até mentimos que éramos um casal pra poder entrar com desconto no cinema.

[...]

Já estava a caminho da casa de Kyeon, minhas mãos já estavam soando e a cada passo que eu dava parecia que meu coração ia pular do peito pois estava batendo muito forte mas enfim, após alguns minutos já estava na porta da cada se Kyeon, já havia batido várias vezes na porta e até ido até a garagem ver se sua bicicleta estava lá e estava, então resolvi mexer na maçaneta e de primeira já estranhei, Kyeon quando fica sozinho sempre tranca a porta então apenas entrei olhando em volta e vejo que não tinha ninguém, escutei alguns resmungo vindo do andar de cima então apenas segui o som e chegando lá vi que vinha do quarto de Kyeon, tento abrir a porta e vejo que estava trancada

- Kyeon? -tentei abrir a porta mais uma vez e ele não respondeu, apenas ouvi mais alguns resmungos - Kyeon, é você? - ouvi um barulho alto vindo do quarto e naquele momento me veio uma sensação horrível, apenas bati na porta várias vezes e o chamava, sem receber respostas chutei a porta com tudo e a mesma abriu, olhei para o canto e aquela cena me fez ficar em desespero sem saber o que fazer, apenas senti meu coração acelerar.. era Kyeon no canto do quarto cheio de sangue... seu próprio sangue, corri até ele e me abaixei ao seu lado ficando de joelhos, tirei a faca de deu abdômen e tirei minha jaqueta, coloquei em seu abdômen e apertei tentando fazer com que parasse de sangrar mas aquilo seria inútil- Kyeon o que você fez? - o olhei com os olhos cheios de lágrimas e logo deixando algumas escorrerem por minhas bochechas

- N-não - ele tentou tirar minha mão mas estava sem forças, então apenas desistiu  e olho para o teto e logo começou a chorar me fazendo chorar também, olhei seu abdômen

- Não me deixa Kyeon, por favor - falei já em prantos e o olhei, peguei meu celular tentando ligar pra ambulância e senti sua mão em meu braço, o olhei e ele apenas negou com a cabeça logo fechando seu olhos de leve aos poucos, nessa mesma hora eu não sabia o que fazer, apenas tentei mantê-lo acordado- Não meu bem, não me deixa... eu te amo Kyeon por favor -vi que um pequeno sorriso se formou em seus lábios e ele logo deixou seu braço cair no chão e seus olhos fecharam completamente, arregalei meus olhos e senti que ele não estava mais ali, abracei forte seu corpo chorando desesperado, naquele momento ainda tinha esperança de ele voltar.. mas não seria possível

Lembrança off

Já estava de pé e tomando um banho quente, e me preparando para aguentar mais um dia naquela escola e sim não me acostumei e eles não se acostumaram comigo e olha que já faz um ano e meio que estou lá, após o banho que vou admitir foi bem demorado me sequei e sai do banheiro enrolando a toalha em minha cintura e indo até meu armário, peguei meu uniforme e logo vesti o mesmo, fui até o espelho do banheiro e ajeitei meu cabelo logo saindo e vestindo meus tênis sem a mínima vontade, após terminar de me arrumar e arrumar todo fui para a cozinha e fiz apenas um copo de achocolatado e uma torrada básica que logo ficou pronta, olhei pra janela e apenas suspirei vejo que o sol já tomava metade do pequeno quintal da vizinha, tomei meu achocolatado e comi a torrada tranquilamente, após limpar a caneca que havia sujado peguei minha bolsa e comecei a andar pegando o caminho até a escola, durante o caminho percebi que a rua estava vazia e era assim que eu gostava, andar sozinho sem achar algum conhecido acidentalmente na rua e ter que dar bom dia, isso era o que eu mais gostava.. andar sozinho por aí 

De volta a estaca ØOnde histórias criam vida. Descubra agora