4 dias para se apaixonar - Jongin

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Tirei o casaco que usava e joguei no chão do quarto. Meus pais não estava, como sempre.

Meus pais viajavam muito, os dois trabalhavam juntos e por algum motivo, ainda desconhecido por mim, pareciam gostar mais de estar viajando com que acompanhando o único filho que tinham.

Terminei de tirar a roupa e fui até o banheiro, não gostava de ir dormir sem tomar banho.

Liguei o chuveiro e deixei a água quente tomar conta de mim. A temperatura estava maluca nesses dias, durante o dia quente e durante a noite tão frio que era impossível sair sem um casaco.

Fechei os olhos tentando afastar todo aquele cansaço que sentia. A água quente era relaxante e me lembrava o Kyungsoo. O menor era quentinho e quando me abraçou nessa noite senti uma paz... Senti um conforto inexplicável em seus braços.

Balancei a cabeça e desliguei o chuveiro.

- Só falta me dizer que vai se apaixonar por um baixinho. - Sorri em frente ao espelho. - Pare de pensar nessas coisas ou vai ficar louco.

Saí do banheiro, vesti apenas uma calça de moletom e uma camisa simples. Me joguei na cama. Peguei meu celular e depois de ignorar todas as mensagens, abri meu joguinho de corrida. Eu era bom nele, mas hoje não estava tão bom assim. Bati em uns três carros e depois capotei. Pude ouvir a risada de Kyungsoo sempre que alguém batia em seu carro quando estávamos no parque. Seus lábios se abriam mostrando fileiras de dentes perfeitos, o som que ecoava da sua boca era gostoso de ouvir. Na verdade, às vezes sua risada era estranha, mesmo assim eu gostava de ouvir.

- Você tá ficando louco, Jongin. Isso deve ser fome. - Falei para mim mesmo.

Levantei da cama e fui até a cozinha. Peguei várias coisas do armário e da geladeira para fazer um sanduíche. Sentei à mesa e comi. Lembrei do cachorro quente que Kyung havia pagado para mim, era tão bom. Com certeza lembrar disso para sempre.

- Eu preciso parar de pensar essas coisas. - Digo parando de comer - E também preciso parar de falar sozinho.

Bufei e subi as escadas em direção ao meu quarto. Me joguei na cama novamente e peguei no sono sentindo os braços de Kyung ao meu redor e ouvindo sua risada gostosa.

O outro dia foi comum. Acordei atrasado. Me arrumei às pressas, cheguei na escola e ouvi bronca da professora.

Caminhei até meu lugar ao lado do Sehun e me joguei na cadeira.

- Tá com cara de bosta. - Falei olhando para Sehun.

- Você sempre anda com cara de bosta e nem por isso reclamo.

Sorri.

- Como está sua preciosa peça? - Perguntei.

- Estou lutando pelo papel principal, mas são muitas falas e não posso ensaiar em casa, também nem tenho com quem ensaiar.

- Vai lá pra casa hoje a noite. Te ajudo a ensaiar.

- Sério? - Sehun perguntou com os olhos brilhantes.

- Sério. - Digo bagunçando o cabelo do mais novo.

- Senhores - A professora chamou nossa atenção - Algo que queiram acrescentar à nossa aula?

- Talvez um pouco de emoção. - Digo fazendo a sala sorrir.

- Querem emoção? Ótimo, vão fazer um trabalho sobre as desigualdades sociais para as minorias. Farão em duplas. - A professora disse.

Bati na mão de Sehun e sorrimos.

- Eu vou escolher as duplas. - A professora falou nos encarando. - E vocês serão os primeiros. Sehun e Chanyeol, Jongin e.... Kyungsoo. Escolham uma minoria para representar, entreguem o trabalho escrito amanhã. No mínimo 30 páginas. A apresentação será na semana que vem. Ainda escolherei o dia.

7 dias para se apaixonarOnde histórias criam vida. Descubra agora