Celine sempre teve um amigo imaginário.
Ela passou sua infância reclusa e solitária, com poucos amigos.
Passava a maior parte do tempo brincando com seu querido Hans.
"Hans Thomas, largue meu braço, não esqueça o casaco, pegue meu brinquedo, Hans Thomas!" - várias vezes no dia ela dizia.
As várias sessões no psicólogo não diagnosticavam algo anormal até chegar aos 13 anos de Celine.
"Hans Thomas, estou sozinha, pode vir! Lavei o meu cabelo, já estou cheirosinha, Hans Thomas!"
Muitas preocupações da família em relação até que ponto chegaria o limite desse amigo. Por várias vezes tentaram incluir Celine em grupos de meninas, a trocaram de escola, mudaram de cidade, a mimavam mas nada adiantava.
As sessões no psicólogo se resultavam em investigações e teorias, mas observar era o único que podiam fazer até então.
Por vários anos o caso de Celine foi estudado. Investigações de violência doméstica, estupro, esquizofrenia, exames laboratoriais, terapias e várias alternativas que desgastavam a todos em volta da garota.
"Hans, hoje faz 17 anos que estamos juntos, mas de namoro faz 4, tenho algo especial para você!"
Palavras ouvidas pela mãe de Celine a fizeram procurar um psiquiatra. Assim foi diagnosticada com esquizofrenia e começou a tomar remédios fortes para controle emocional.
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O que as nuvens me contaram
ParanormalOuço seus passos mas não te vejo, dentro do meu ser mora o desejo, no meu mais profundo ver sinto seu beijo ...