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2 anos atrás

Depois de muito sacrifício finalmente consigo abrir os olhos

Esta cada dia pior...não aguento mais sentir drogas sendo injetadas em meu corpo

Sinto falta do ar puro lá fora. Perdi a conta de quantos dias eu estou nesse inferno que chamo de lar. Ate o próprio inferno parece mais aconchegante que essas salas brancas e frias

Estou aqui há meses. Com uma camisa de força e uma coleira. Todos os dias eu só vejo borrões cinza no quarto braco. Mais um dos efeitos que essa droga esta me causando

Todos os dias. Sem faltar um unico dia. Eles me levam ate uma sala branca e injetam um tipo de líquido preto. E uma hora depois ele tiram meu sangue

Se eu reclamar, serei punida. Se eu gritar, serei castigada. Se eu implorar, serei morta. Se eu desrespeitar...não tenho ideia do que pode acontecer

Essa é a minha rotina. Esse é o maior pesadelo de uma híbrida

Depois que minha mãe tentou me proteger, ela sumiu. Mas todos os dias eu escuto ela gritar agonizada

Não sei o que eles fazem com ela. Mas por algum motivo hoje foi diferente, eu não escutei seus gritos

Mas vi a pior cena que alguém poderia ver

Minha mãe, pálida, em cima de uma maca, sendo levada para fora

Minha vontade foi de abraça-la mas a camisa de força me impedia

Não sei direito onde esse laboratório fica. A única coisa que sei e que eles fazem experiências perturbadoras com todos os híbridos que são capturados

Todos os meus familiares morreram aqui. Exceto minha tia que é completamente humana e teve a sorte de ser a única humana da familia

1 mês depois

Estava mais uma vez sendo levada por dois homens altos para a sala que visito todos os dias

Mas algo estava diferente. Pela primeira vez eu estava sem a camisa de força. Talvez seja porque eu tenha me comportado nasses últimos dias. Mas não. Não era por isso. Todos os híbridos que passavam por mim também estavam sem

Minha curiosidade so aumentava. Mas acabou assim que eu entrei na mais conhecida sala branca

Ela estava lá. Com aquela seringa nas mãos. Mas não era o mesmo líquido preto de todos os dias. Dessa vez era um líquido branco. Quase entrei em desespero ao saber que ela testaria mais uma de suas experiências em mim

"Essa e a última?"

Ao ouvir aquilo minha curiosidade aumentou novamente

Um arrepio percorreu meu corpo ao sentar naquela cadeira gelada. Virei meu pulsos para cima esperando que ela injetasse aquilo em mim

"Não será no seu pulso que irei injetar isso...sera no seu pescoço"

Me arrepiei novamente ao ouvir aquilo

"Dessa vez vamos fazer um jogo...."

Senti a ponta da agulha me espetar

"Assim que você sair dessa sala você vai correr o mais rápido possível para fora desse lugar.....corra e não olhe para trás"

Não sei se aquilo era um teste mas assim que a agulha foi retida do meu pescoço o alarme de incêndio soou por todo o local

Me levantei as pressas e sai correndo daquele lugar

minha híbrida •KTh•Onde histórias criam vida. Descubra agora