Capítulo único

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      — Super Frank,você tem que se decidir cara. — Ballack dando conselhos pra mim,é o fim mesmo,mas dessa vez ele tinha razão. — O que você sente por ela? 

   Aquela pergunta era muito fácil de responder,eu a amava. 

   — Eu a amo. — Segurei as lágrimas que teimavam em rolar,minha vida estava de cabeça pra baixo mesmo. — Eu amo a Victória. 

  Victória Sanders,a melhor amiga de minha irmã,depois de meses frequentando minha casa e até mesmo indo a Cobham,eu acabei me apaixonando por ela,pelo sorriso,pela forma como agia. 

   — Se você a ama,demonstre isso maninho,antes que seja tarde demais. — Camila entrou na sala nos dando um grande susto,tanto que Ballack caiu do sofá. — Pois ela também ama você,mas suas atitudes a deixaram com o pé atrás. 

    — Ela me ama? — Perguntei em um misto de alegria e surpresa,abrindo um sorriso que poderia rasgar minhas bochechas. — A garota que eu amo,me ama e eu tô aqui vacilando? 

— É,você tem feito muito isso. 

   Realmente eu andava vacilando,por achar que Victória nunca me veria com outros olhos,eu vivia me relacionando com várias garotas,apenas pra apagar a imagem dela. 
Mas isso era impossível,cada traço dela era gravado em minha mente. 
O perfume,o sorriso,os longos fios loiros,os olhos verdes,tudo nela me cativava,me deixando desorientado na maioria das vezes. 

  — Cunhadinho,tá esperando o que pra ir atrás dela? — Olhei Ballack meio intrigado,como minha irmã namorava esse cara mesmo? — Que é? — Ele deu risada,voltando a se sentar. — Só estou unindo o útil ao agradável. 

Claro que eu caí na gargalhada quando o alemão recebeu uma almofada bem no rosto,dada por Camila à quem ele tentava abraçar. 
Em meio aos risos,me levantei e peguei as chaves,decidido a concertar meus erros e tentar uma chance. 

  — Cah,me passa o endereço dela e se protejam. — Disse indo em direção a porta. — Vou atrás da mulher da minha vida e não quero ser tio agora. 

Abri a porta e saí em disparada antes que a almofada me atingisse também,ainda pude ouvir a gargalhada escandalosa do alemão e creio que ele ia apanhar de novo,torcia por isso. 

Entrei em meu carro e logo estava indo ao endereço que minha irmã enviou pelo whatsapp. 
Precisava relaxar pra não fazer nada errado,mais do que já tinha feito. 

Durante todo o caminho fui ensaiando o que seria dito e nada parecia bom,mas eu não desistiria tão fácil assim. 

    — Frank? — Vitória abriu a porta depois de eu ter tocado a campanhia umas seis vezes. — A Camis já foi. 

   — Eu sei,ela tá la em casa. — Fiz cara de tédio após revirar os olhos. — Com o Ballack. 

  — Ah tá. — Ela riu. — Entendi,quer entrar? 

   Victória questionou um pouco confusa,dando espaço pra que eu pudesse entrar assim que afirmei. 

    Assim que entrei,lembrei o motivo que havia me levado até ali,já que tinha me distraído observando o apartamento dela. 

   Segurei sua mão e a puxei para próximo de mim,ela se assustou com meu ato mas também não recuou. 

   Olhar em seus olhos e sentir sua respiração descompassada me deu a coragem necessária para abrir a boca e finalmente me declarar. 

  — Victória,eu te amo. 

  — O que? 

    — Eu disse que te amo. —Repeti,já preparado pra ser esculacho,expulso à tapas e chutes.

   Ela sorriu,aquele sorriso que me encantou e eu consegui respirar aliviado.  

  — Eu também te amo Frank Lampard..mas,você e eu,sei lá. — Ela suspirou e desviou o olhar do meu. — Não vamos dar certo. 

   Atribuí sua resposta ao meu péssimo compartamento nos últimos dias,ou melhor meses. 

    — Victória... — Fiz com que olhasse pra mim erguendo seu rosto pelo queixo. — Entendo seu medo,mas você é como uma ventania em minha vida,eu deixei a janela aberta e você simplesmente mudou tudo em mim. 

   — O que isso quer dizer? 
— Depois de você,as outras já nem existem mais. — Acariciei seus lábios com o polegar. — Eu quero só você,hoje,agora e pra sempre. 

     Como resposta,Victória avançou sobre mim colando nossos lábios,e eu me entreguei,na sensação de estar nos braços daquela que me fez desejar entregar meu coração a alguém. 

   Passamos a noite juntos,conversamos sobre nossos medos e até mesmo nossos sonhos. 
   Só retornei pra casa quando a mesma adormeceu,fechando a porta com a chave reserva que ela me entregou. 

   Eu estava realizado,fui laçado e me deixei envolver,pronto pra viver esse amor. 

Victória não era mais uma em minha vida. 
Victória era a única pra mim. 
Ela é como o vento.

She's like the windOnde histórias criam vida. Descubra agora