Capítulo 1

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"De todas as mentiras que ouvi, eu te amo era a minha favorita"
- Alok, Felix Jaehn e The Vamps 

~Peter narrando:

Eu estava sentado no telhado de casa ouvindo no velho rádio do meu pai uma melodia que eu não prestei muita atenção,observando a lua e as estrelas, e refletindo sobre o quanto este céu maravilhoso me lembra ela.

Aurora sempre foi uma garota serena, com uma beleza indescritível e mente brilhante.

Todos os dias eu a admirava e pensava se algum dia eu teria o privilégio de conhecê-la melhor, compartilhar alguns momentos juntos e, se o universo permitisse, passar o resto da minha vida com ela. Talvez o resto da próxima também. Todo o tempo do mundo ao seu lado era pouco e insuficiente pra mim.

Então, tudo começou naquele parque em uma tarde ensolarada, um cachorro agitado e um sorvete caído no chão.

*Flashback on*

- APOLO! Volte aqui imediatamente. - lá estava eu, gritando feito um louco atraindo a atenção de um aglomerado de pessoas que estavam no parque enquanto tentava fazer meu cachorro parar de correr.

Apolo é um Golden Retriever de 3 meses, eu diria que ele tem metade da energia da cidade no corpo, porque quando decide correr, não tem Usain Bolt que o alcance.

- Ai, meu Deus... - foi tudo o que consegui pronunciar quando vi o meu cachorro pulando em cima de uma garota que estava com um sorvete na mão. Corri até lá, mas era tarde demais. Apolo estava comendo o sorvete no chão sem se importar com a situação em que havia me colocado.

Por um segundo, meu coração errou todas as batidas possíveis. Era ela. Aurora estava bem alí na minha frente. E AGORA, O QUE EU FAÇO??? MÃEEE, ME AJUDAAA!

Se eu sair correndo ela vai achar que eu sou um completo idiota, mas isso não é muita novidade. Tudo bem, ela não precisa saber dessa informação.

- É.. Oi, Aurora. - eu estava completamente sem reação perto dela, e meu Deus, de perto ela ficou mais linda ainda, se é que isso é possível. - Desculpe pelo o meu cachorro, ele é um grande desastre. - ela estava com uma expressão divertida no rosto. Essa era a maior injustiça da minha vida, eu estava quase tendo uma parada cardíaca e ela rindo do Apolo que estava devorando o que restou do sorvete.

- Oi... Peter?! - ela sabe o meu nome, já é um bom começo. - Não se preocupe com isso. - ela disse sorrindo. (O sorriso dela me lembra a lua pela metade. Essa menina é incrível.) - Aliás, seu cachorro é muito fofo, qual é o nome dele?

- Apolo. O nome dele é Apolo. - eu simplesmente não conseguia desviar os olhos dela. A minha linha de raciocínio já estava por um fio. - Bom, se quiser eu posso te pagar outro sorvete, já que o bonitinho aí decidiu roubar o seu.

- Por mim tudo bem, será ótimo ter vocês como companhia. - Neste momento, provavelmente, meu cérebro estava soltando fogos de artifício e meu corpo explodindo em todas as cores do arco-íris.

- Então vamos. - eu disse tentando esconder todas as minhas emoções, mas era quase impossível disfarçar o sorriso em meu rosto e o olhar apaixonado.

Nós tomamos sorvete em conversamos sobre várias coisas diferentes. Nesse tempo eu descobri que ela ama animais, tem um ótimo gosto musical e sonhos lindos. A cada palavra eu ficava mais impressionado com a beleza interior de Aurora que era quase tão surpreendente quanto a exterior.

Já eram 18:00 horas quando ela resolveu se despedir de mim, e eu me oferecer para acompanhá-la em casa.

- Está muito tarde, acho que não é uma boa ideia deixar você andar sozinha por aí. - eu disse com um tom meio preocupado.

- Não se preocupe com isso, a minha casa é logo alí, e não está tão tarde assim. - mal sabe você que eu te acompanharia até o fim do mundo à qualquer hora do dia, só pra não te deixar sozinha.

- Mas eu insisto. Já estou aqui, e te levar em casa não será problema.

- Se faz tanta questão, eu não vejo problema nisso.

E fomos conversando durante o trajeto até a casa dela.
→Nota mental: agradecer o Apolo todos os dias da minha vida por essa tarde que só aconteceu por conta de seu atrevimento.

- Tchau, Peter. - ela disse quando chegamos - Até mais. Obrigado pelo dia, vou ter que confessar que não me divertia assim há dias. - ela sorriu pra mim de uma forma totalmente gratificante, e por um milésimo de segundo, eu senti que o mundo tinha parado alí mesmo.

- Foi um prazer, Aurora. Acho que te vejo amanhã, se você quiser, é claro. - se ela aceitar isso, eu declaro aqui mesmo a minha morte causada por taquicardia.

- Nós podemos ir ao cinema amanhã. Vai estrear um filme que eu estava louca pra assistir, mas não tinha ninguém pra ir comigo. O que acha? - (esse é aquele momento em que eu me sinto um inútil porque uma garota tem mais atitude que eu.)

- É uma ótima ideia. Te busco aqui na sua casa às 17:30. - eu estava falando tudo em modo automático. À essa altura, minha alma tinha saído correndo por aí pra gritar em nome de todas as borboletas presentes no meu estômago nesse momento.

- Te espero então. Até amanhã! - ela deu um beijo na minha bochecha, fez carinho no meu cachorro e entrou em sua casa.

Eu nunca fiquei tão feliz em escutar um "Até amanhã". Agora eu vou fingir que não estou contando todos os segundos até às 17:30 do dia de amanhã e vou tentar dormir tranquilamente, sem sentir vontade de sair pulando, gritando e sorrindo por aí.

*Flashback off*

Sábado, 06 de abril, 9:34 A.M

~Aurora narrando:

Acordei já com o sol brilhando na minha cara e, sinceramente, queria ter dormido mais algumas horas. Me levanto meio tonta ainda com sono e por um momento me lembro que vou sair com Peter. Ontem, antes de dormir, me peguei pensando no quão fofo era o seu jeito desengonçado e em como ele fica lindo com esse jeitinho. Me desperto dos meus pensamentos com alguém batendo na porta e logo em seguida entra meu irmão Renan. Ele é meu irmão gêmeo e somos melhores amigos.

- As pessoas costumam entrar só depois de alguém autorizar. - digo enquanto me levanto da cama.

- Só vim pra te acordar mesmo. Vai fazer o quê hoje? - ele fala enquanto se senta na minha penteadeira, por algum motivo que eu não sei, ele a adora.

- Bom na parte da manhã nada, mas à tarde vou sair com um amigo. Tem algo em mente?

- Vou almoçar com o Henry, tá afim? - Ele diz rodando na cadeira como se fosse uma criança. Aaah, uma observação importante: Renan tem a idade mental de uma criança de 10 anos, nenhuma maturidade.

- Claro, vou tomar café e depois me arrumo.

Meu irmão era aquele cara que vivia rodeado de amigos e que odeia estar sozinho, por isso nossa casa sempre tinha algum amigo dele. Sempre me dei bem com os amigos do meu irmão, mas o Henry sempre foi meu ponto fraco, ele era um amor, sempre com um sorriso que me deixava hipnotizada e é tão educado, convivo com ele desde que me entendo por gente, é como se ele fosse da família. Mas isso não me impede de admirar a pessoa incrível que ele é.
Paro de pensar nele quando recebo um travesseiro na cara.

- Dá pra ir se arrumar? Já são quase 11:00h! - Outra observação: para o Renan, eu sempre estou atrasada.

Corro para o banheiro antes de ser agredida novamente e ligo o chuveiro. Tomo um banho demorado, pois decidi de última hora lavar o cabelo. Ao sair do banho percebo que o Renan já não está mais lá, entro no closet e pego um top de ombro caído preto, um short qualquer, passo protetor solar e desço. Me jogo no sofá e fico esperando algum sinal de vida na minha casa.

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