O jarro

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O vazio que abrigo em mim se estende por uma imensidão, assim tomando posse de meu corpo tomando proporções inimagináveis. O corpo hora já não responde aos estímulos de dor, restam apenas resquícios de sensações passadas.
Preso dentro de si mesmo ele trava uma batalha constante tentando voltar ao seu antigo estado melancólico porem lúcido, mesmo tendo ciência de que a peleja é em vão ele continua, noites a fio até a hora em que pera todas as suas forças.
O corpo agora é um receptáculo onde é despejada toda dor, angústias e sofrimento de outros; gritos que nunca vão ecoar para que o mundo os ouça mas ainda se propagam pelo vazio; Lágrimas que se recusam a cair ainda sim criam um oceano e que vai afogando o corpo cada vez mais. A batalha se encerra, o jarro já desgastado cede partindo - se ao meio, o corpo sem forças entende que esta em seu limite e a alma que ali habitava vagarosamente o abandona.

Contos de Uma Mente ConturbadaOnde histórias criam vida. Descubra agora