o começo

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Era uma noite de novembro. Eu e alguns amigos meus estávamos reunidos do lado de fora de minha casa dando uma "festinha". Só entre nós.

Como sempre na nossa festa tinha bebidas alcoólicas, papo solto e música bem alta.

Já era a segunda vez que algum vizinho ia reclamar sobre a música alta.

Eu morava em um bairro, não muito longe da cidade. Mas também não ficava certo na cidade.

A vizinhança não gostava de barulhos e eram só umas 8 casas em volta da minha, por isso.

Meu amigo Luiz, cansado do aué dos meus vizinhos decidiu dar seu local de fala sobre a festa.

- Por que não a gente jogar algum jogo no computador? - Ele falou abaixando o volume da música alta.
- Sim. Devíamos fazer algo a mais. Não a mesma coisa que a gente sempre faz nas nossas festas - Lucas, outro amigo meu então, completou.
- Tudo bem, gente - Eu falei, olhando para os meus amigos - Vamos lá para o computador e a gente decide direito o que a gente vai fazer.

Desligamos o som, limpamos os lixos do lado de fora de minha casa e então entramos nela.

Já no meu computador, eu ficava sentado na cadeira. Os meus outros 3 amigos, sentados na cama (Ela ficaria de frente para o computador).

- Vamos entrar naquele site que a gente encontra pessoas aleatórias - César disse - Vai ver, a gente encontra mulheres gostosas.
- Boa, César - Eu falei - Mas, acho melhor a gente fazer só para zuar, né?
- Por mim tanto faz, vai ser bacana - Luiz completou olhando para o computador.

Digitei o site do Omegle, buscando por pessoas aleatórias.

- Bota no país da França - Luiz falou.

Botei então, no lugar escolhido e logo começávamos a nos comunicar com os franceses.

- Puta que pariu. Troca essa porra. A gente não entende nada - Lucas falou, já putasso por a gente rir da cara dos franceses, mesmo sem entender nada.

Mudamos então, agora para o nosso Brasil.

Ficávamos pulando várias pessoas aleatórias. Algumas zuavamos com a cara e outros só passando a vez.

- O pessoal vem nesse site só para procurar putaria - Luiz falou.
- Depois das imagens que a gente viu - César falou rindo.

Paramos então, em mais uma pessoa aleatória e nem um pouco interessante. Bem, era o que a gente pensava.

O rapaz estaria virado de costas para a câmera de seu notebook. A iluminação era suave. Não dava para ver muito bem o cenário, pois era tudo escuro. A sua webcam, era um pouco travada e lenta.

- Oi - Eu falei, mas um silêncio se mantinha no outro lado do computador.
- Responde ele, caralho - Lucas falou, num tom de agressividade.
- A gente vai descobrir onde você mora e te deitar na porrada, seu otário - César falou rindo.
- Vira pra frente, mano - Falei, rindo do que os meus amigos bobões falavam.

Logo então, ele virou para frente e estava com uma máscara. A estrutura da máscara era bem feita. Não tinha muitos detalhes, pois ela era toda branca.

- Que isso porra, estamos no 5° ano agora? - Lucas falou, zuando e rindo.
- Gostei se sua fantasia - Eu falei.

Continuamos conversando, o homem não falava nada. Ele ficava parado todo o momento.

Estávamos bêbados. Não sabíamos se era algo perturbador ou mais uma pessoa zueira.

luizel mahker - fantasma virtualOnde histórias criam vida. Descubra agora