C o l d

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Aquelas palavras, ainda me lembro quando as disse, "talvez ela seja boa de verdade", de tantos erros que eu já cometi esse foi o maior, julgar alguém pela capa, Toriel já havia me matado várias vezes sem dó nem piedade, toda vez que eu voltava havia uma nova flor em mim, e ainda tinha que ouvir a Toriel falar várias e várias vezes, para no final, me matar.
Já estava cansada de ver o como a casa de Toriel era arrumada, estava cansada de ouvir ela falar do mesmo livro de lesmas, acho que a única coisa que não me canso é de comer a torta.

- Por aqui minha criança - ela tenta pegar na minha mão mas eu não deixo - oh... Então... Me siga...

Assim que ela vai para o quarto eu desço as escadas, Corro com todas as forças que eu tenho, minhas pernas já não ajudavam muito já que metade delas estava coberta de flores, eu podia ouvir os passos apressados de Toriel atrás de mim, me trombo com a porta e tento abri-la.

- MINHA CRIANÇA! - ela consegue me alcançar.

Eu então me viro para ela - oque foi Toriel? Vai me matar de novo?? - não conseguia disfarçar o tom de minha voz, eu estava furiosa.

- minha criança, de onde tirou isto? Venha comigo, aqui embaixo é muito perigoso...

- VOCÊ QUE É PERIGOSA TORIEL!

Sua expressão mudou completamente, agora para ela eu era apenas uma criança "mal-criada", a magia se juntava em sua mão formando uma bola de fogo que sem perder tempo a jogou, a bola de fogo estava vindo em minha direção e antes que ela pudesse me acertar eu consigo fechar a porta. As batidas de Toriel se repetem por um bom tempo, até que cessam, assim sinalizando que Toriel havia ido embora, saio de perto da porta lentamente, a drenalina havia tomado conta de todo o meu corpo, começo a rir e rir, estava viva, Flowey saindo do transe começa a rir junto comigo.

- Conseguimos!! - grito com toda a minha vontade, mas ainda assim quase saindo como um sussurro.

- já era hora! - me toco então que Flowey não havia visto aquele momento como a primeira vez.

Ignoro totalmente, estavamos muitos felizes para mudar para um assunto nada haver, começo a andar meio saltitando até uma outra porta, espero que atrás dessa não tenha uma cabra maluca que queira me matar.

Abro a porta, assim que faço contato com o lado de fora eu congelo, era um frio de lascar, não conseguia enxergar direito por causa da leve "neblina" de neve que havia se formado, como haveria tornado de ruínas para um clima tão intenso? Ando com dificuldade contra a leve tempestade que mesmo com todas as minhas forças ainda me empurrava para trás, passo por cima de um galho, não piso o suficiente para quebra-lo, mas o suficiente para escorregar e cair.

- Frisk?! Vamos lá se lev- - ouvimos a madeira quebrar e nos viramos assustados para trás.

Lá estava eu, com flores em meu corpo, e deitada na neve congelante sem nenhum meio de me aquecer, e para piorar, havia um esqueleto vivo em minha frente, eu não podia acreditar em meus olhos, um esqueleto? Seria como uma raça de monstro?

- Quem diria, um humano aos meus pés - ele me estende a mão - vai uma mãOSSINHO aí? Deve estar frio para OSSO - ele começa a rir da própria piada.

Eu exito um pouco, mas algo me diz que eu posso confiar nele, estendo a minha mão que estava tremendo muito, quase não consigo alcançar, e assim que aperto sua mão eu sinto um choque forte percorrer por todo o meu corpo, eu estava sentindo muita dor, eu solto então um grito estridente.

G a m e  o v e r

Apareço na frente das ruínas, meu ponto de "Respaw" havia mudado, fico feliz por não ter que ver a cara brava da Toriel novamente. O clima desta vez havia mudado, não havia mais tempestade, apenas uma trilha de neve, Flowey me olha meio assustado, ele sabe, ele consegue lembrar do nosso "save" anterior. Acho que este assunto é muito delicado por agora, vou andando em frente e me deparo com o mesmo graveto, sou fraca de mais para quebra-lo apenas pisando, continuo meu caminho, meus pés afundam na neve me dando dificuldade para andar, chegando mais perto avisto uma ponte não muito distante, deve ser o ponto de passagem para outro lugar, talvez para lá a neve não deve estar tão densa.

Então foi aí, senti todos os pelos do meu corpo ficarem em pé, um calafrio correu por todo o meu corpo, flowey e eu nos viramos e podemos ver que aquele graveto havia quebrado, o barulho que ouvimos teria sido realmente alguém pisando no graveto, dou uma volta completa olhando tudo, não havia ninguém, mas aquele graveto não se quebraria sozinho, eu sigo o meu caminho apertando um pouco o passo, se eu visse aquele esqueleto novamente eu iria surtar. Chegando na ponte eu me apoio no madeira tentando controlar a minha respiração, então eu congelo de novo, estávamos escutando os passos, um atrás do outro, cada vez mais perto, me viro lentamente, a sombra cobria seu rosto me impedindo de ve-lo por completo.

– V o c ê  n ã o  s a b e  c o m p r i m e n t a r  u m  n o v o  a m i g o ? – ele estende sua mão, fico assustada ao ver que era a mesma mão que eu havia tentando me "ajudar".

– N-nos deixe em p-paz! S-seu s-saco de ossos imundo!! – Flowey grita.

– Então a florzinha sabe falar, que mal educado – ele entra na luz mostrando seu rosto esquelético, nossas dúvidas foram embora, era o mesmo esqueleto que havia me matado.

– Não vai apertar a minha mão? – discordo com a cabeça – entendo, então… já descobriu a pegadinha, não é? De qualquer jeito pirralha, eu sou Red, Red o esqueleto!






















"Esqueletos são confiáveis?"

"Ó D I O" [Flowerfell🌻]Onde histórias criam vida. Descubra agora