"Ó D I O" [Flowerfell🌻]

Red

Então forçando mais um pouco os olhos, percebo que a figura desconhecida era Red, várias perguntas surgem em minha cabeça, sem saber o porquê de ele estar ali, e principalmente, o por que dele estar me protegendo?!

- SANS O QUE SIGNIFICA ISSO?!- Papyrus olha para nós dois irritados

- Sinceramente? Nem eu sei irmão, mas isso já está indo longe demais!! Ela não fez mal algum para ninguém, então não tem necessidade de lutar.

- DO QUE ESTA FALANDO SANS?!

- Estou falando que você não vai matar ela, e se tentar, EU vou lutar.

Coro na hora, Red estava me defendendo, estava querendo lutar com o seu próprio irmão! Eu não estava acreditando, a algumas horas atrás estava na cara que ele me odiava, por que mudou tão de repente?!

Ele olha para trás me encarando - está tudo bem kid? - Meu coração começa a bater mais rápido.

Seus olhos vão em direção aos meus me fazendo derreter, o sentimento que estava me percorrendo era novo Talvez eu esteja tendo um infarto, o ataque de Papyrus tinha sido bem forte, talvez adrenalina?

- Ei criança meus olhos estão aqui em cima - ele diz corado, acho que estou morrendo - Eu te fiz uma pergunta, você está bem?

- A-Apenas um pouco machucada, e você?

- Estou... bem...? Hum... Ok voltando ao principal... - ele se vira de volta para Papyrus - e então? Como vai ser, irmão?

Papyrus olha com raiva para nós dois, e sai pisando com força na neve resmungando "Um dia vocês irão se arrepender". Minha direção vai para Red, meus olhos se encontram com os dele novamente, meu coração bate mais forte a cada vez que ele se aproxima.

- Você não se feriu? Certeza? – Fico parada por um instante, as perguntas rodam em minha cabeça, de forma desesperada – criança? – Diz, me puxando do mundo da lua.

- S-sim! Eu estou bem!! - Ele estende A mão e eu a seguro em seguida me levantando, solto um gemido de dor por causa da minha perna.

- Não, você não está bem, aqui, pode subir - ele virá de costa para mim se agachando.

- É sério não precisa eu estou bem!

- Claro que precisa, vamos lá, antes que eu mude de ideia - eu finalmente cedo e subo nas suas costas ainda um pouco envergonhada.

Red me ajeita e começa a andar, entramos em um tipo de caverna, a agua escorria pelas paredes, deixando tudo meio ''brilhante'', as flores davam um toque suave a caverna, deixando esta iluminada, podendo assim caminhar sem precisar de uma lanterna, muito bonita por sinal.
Me repouso em suas costas, dou um grande suspiro deixando minhas preocupações indo embora, afinal eu tinha o Red agora, quando estou com ele, me sinto segura, mesmo não sabendo muito sobre ele, sinto que o conheço a muito tempo.

- Ei pivete, não dorme não - Coro ao ouvir sua voz rouca tão perto de mim - O perigo pode estar a cada esquina, e você estar dormindo não me ajuda muito na hora de lutar.

- O-okay!

°///;

Um bom tempo depois nos sentamos em um banquinho, desde que entramos na caverna, Red não parou para descansar, estou me sentindo um fardo por não poder andar por mim mesma, e outra, por que ele está me ajudando? Toda vez que passava pelo mesmo, ele deixava claro que me odiava, por que agora? O som de água ao fundo, ecoava pela caverna, me deixando mais calma, afastando meus pensamentos e teorias com suas correntezas, mas me deixando ainda com dúvidas.

- Por que me ajudou? E como sabia onde eu e Papyrus estávamos lutando? ... - Ele fica quieto por um tempo observando a água, em seguida me olha.

- Eu os segui - Silêncio novamente.

Seus olhos me passam um ar de confiança, mas não sei se posso confiar nele ainda.

- Você não respondeu a outra pergunta dela, seu saco de ossos! - Diz Flowey saindo do meu suéter.

- Você ainda está vivo florzinha? Achei que estava morto depois de Snowdin - diz ele em um tom de deboche.

- NAO MUDA DE ASSUNTO SEU CABEÇA OCA!! - Grita Flowey se estressando já.

- Gente por favor não briguem - Tento acalma-los.

- Tanto faz - ele cruza os braços ainda encarando Flowey - Enfim... Flowey não é o único que não é atingido pelos "resets"

- O que?! E por que só veio me contar isso agora?? - Minha curiosidade aumenta cada vez mais.

- Por que eu te odiava? Sem ressentimentos, mas você consegue ser bem irritante quando quer.

- Uau - falo meio desanimada.

- Grosso!

- O que? Vocês acham que os humanos que chegam em Snowdin passam vivos por mim?! Pergunta para o último humano que chegou em Snowdin, ah é! Não dá, ele está com terra na boca de mais para falar!

- Q-que?! - Começo a tremer, isso era algum tipo de piada? - E por que não saíram até hoje do subterrâneo? E por que não me matou ainda??

- Abrir a barreira só causará outra guerra, e desta vez pode ser que os humanos não tenham tanta piedade da gente como antes! Não quero ver meu irmão morrer na minha frente... - ele desvia o olhar, me sinto envergonhada por tocar no assunto - Sobre você.... Eu não faço ideia.

- Como assim não faz ideia? - Pergunto curiosa.

- Você é sempre assim? Quer mais o que? Onde eu moro? Quem são meus pais??? Olha, eu só senti que deveria te ajudar, só isso, foi puro impulso.

- Ah... entendo - fico calada por alguns instantes - bom... muito obrigada Red! Eu vou indo nessa então, te devo minha vida - sorrio para o mesmo, de um jeito forçado, logo tentando levantar, e falhando miseravelmente, dando em um encontro da minha cara com o chão.

- ...tsk... você é burra ou o que? Você não vai conseguir chegar até a barreira neste estado!

- Estou nem ai! – Me levanto com as pernas tremidas começando a caminhar – eu vou consigo chegar lá sozinha...

Dou mais alguns passos, antes de cair para o lado da parede, rapidamente me segurando nesta, continuaria o caminho, me apoiando na parede gelada. Sinto suas mãos se enrolando em minha cintura, então me levantando, e me pegando em seu colo no estilo noiva, coro na hora, evitando olhar em seus olhos.

- A-ah! O que você está fazendo?! – Tento o empurrar, falhando miseravelmente.

- Te ajudando, não é meio obvio? – Ele ri, indo em frente.

- M-me solta! Você já fez o suficiente... não foi só impulso àquela hora? Por que continua??

- É o que vamos descobrir juntos... – seu rosto ganha um leve rubor, o que me faria corar junto.

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1101 palavras

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