Capítulo três:-

274 27 16
                                    

Toni Topaz Point Of View

Eu e Verô conversávamos a um bom tempo. Algumas vezes, eu olhava para Cheryl de canto de olho, e via a mesma falando sozinha ou se servindo de mais Whisky.

- Hey.....Toni - sorriu por conseguir lembrar meu nome - Pegue mais uma garrafa de uma bebida qualquer pra mim. - pediu batendo o copo no balcão.

- Acho melhor não, ruiva. Você já está num péssimo estado. - me distanciei de Verônica.

- Aah, Tonizinha - falou manhosa, parecendo criança quando vê o tiozinho do algodão doce - Só mais uma - fez bico.

Ela realmente parece outra pessoa quando bebe.

- Uh-uh - neguei e ela suspirou frustrada - Quer que eu chame um táxi pra te levar pra casa? - olhei no relógio e vi que meu turno já havia acabado.

- Não quero que me vejam assim - falou tropeçando nas palavras.

- Leve ela, Topaz - Iglesias se aproximou - Cuide dessa garota, olha o estado que ela tá. - apontou pra ruiva, que conversava com alguém, que no caso, não existia.

- Tudo bem. Posso te levar pra casa Cheryl?

- Assim? - perguntou incrédula e eu franzi o cenho - Nem vai me pagar um jantar? - ri, seguida por Verônica.

- Preciso ir. Até mais, Toni.

- Até. - ela saiu e Cheryl revirou os olhos. - O que foi?

- Não gosto dela. - cruzou os braços.

- Ahn? - perguntei confusa.

- Ela é atirada.

- Você precisa dormir. - falei e a mesma revirou os olhos. - Venha, vamos. - dei a volta no balcão. - Te levarei até sua casa.

- Não pode.

- Como não posso? - arqueei uma sombrancelha.

- Meus pais não....eles não podem....ver eu... - tentou formular uma frase completa.

- Não podem te ver nesse estado? - concordou com a cabeça - Que ótimo, Cheryl. - bati na minha própria testa. - Posso te deixar na Betty?

- NÃO - gritou rapidamente e me encolhi - Desculpe. - abaixou a cabeça.

- Hey, Tá tudo bem? - perguntei levantando sua cabeça.

- Ninguém pode me ver assim. Nem saber que estive aqui. - vi algumas gotas em seus olhos, e senti necessidade de abraça-la.

- Okay, okay....- tentei pensar em uma solução - Tem dinheiro para pagar um hotel?

- Não mesmo - soltou uma risada sem humor.

Hotel não. Betty não. Casa dela não. Não posso simplesmente deixá-la em qualquer lugar. Essa garota bebeu demais.
Acho que o único jeito, é levando ela pra minha casa.

- Certo....então...vamos pra minha casa. - ela abriu um sorriso - Mas...- logo o desfez - Temos que ir a pé, acha que consegue?

- Acredito que sim - respondeu desconfiada.

Ajudei ela a se levantar da cadeira, passei meu braço por trás da sua cintura e o seu, ao redor do meu pescoço. Senti ela jogar todo o seu peso em cima de mim, e apoiar a cabeça no meu ombro.

No caminho para minha casa, Cheryl ria e conversava sozinha. Às vezes dizia coisas sem sentido como "Toni, eu vi um pássaro levando um abajur nas costas". Mas, tirando isso, foi tudo bem. Ela não é tão pesada quanto eu pensei.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Apr 11, 2019 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

A Garota Do Bar Onde histórias criam vida. Descubra agora