Prólogo

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A distância da Califórnia para Londres era de 8.558Km,isso me deixava um pouco ansiosa,quanto mais demorava mais me deixava preocupada.
Ao meu lado no avião estava a minha mãe,que falava o tempo todo sobre a época em que ela esteve na Universidade,isso me deixava um pouco intrigada e curiosa ao mesmo tempo.
O ar nos meus pulmões pareciam faltar quando o avião posou sobre o solado de Londres,as pessoas desembarcavam com alegria e com um lindo sorriso no rosto,enquanto eu estava apreensiva com um pouco de frio na barriga.
Minha mãe veio logo atrás de mim assim que fui para o saguão do aeroporto,eu queria logo pegar as minhas malas e acabar com esse medo,o tempo todo eu observava as pessoas daqui com curiosidade.

Assim que entramos no táxi minha mãe fez questão de me deixar em frente a Universidade,já irei chegar passando vergonha,Ótimo mãe!
Avistei o gramado da Universidade e fiquei maravilhada com o belo lugar,mas ao mesmo tempo que sorri logo me senti sozinha.
Desci do táxi e minha mãe fez questão de descer do mesmo,as pessoas em volta começaram a olhar torto para nós,minha mãe nem se importou apenas sorriu e me encarou.

-Querida vou sentir sua falta.-disse docemente,e senti uma pitada de tristeza em sua voz.

-Eu também mamãe.-disse sorrindo tentando conforta-lá,mesmo que isso não funciona-se.

-Minha menina.-disse me abraçando forte,para muitos esse tipo de afeto em público é ridículo,para mim e meu porto seguro.

-Mãe está bem,não precisa me apertar tanto.-disse saindo do seu abraço.

-Malia,qualquer coisa,qualquer coisa mesmo,me liga que eu venho correndo te buscar.-disse com um tom de preocupação.

-Eu vou ficar bem não se preocupe.-disse dando um beijo em sua bochecha.

-Eu amo você.-disse com o olhar triste mas ao mesmo tempo feliz.

-Eu também te amo.-disse sorrindo e pegando minhas malas.

Ela entrou no táxi e mandou um beijo,sorri para a mesma e o motorista deu a partida,me fazendo vira as costas.
Eu sou igual a minha mãe eu odeio despedidas,é como se a pessoas não fosse voltar.
Me distanciei dos meus pensamentos e olhei para o grande portão de ferro que me aguardava,enquanto eu caminhava para dentro eu dizia para mim mesma "Nada é pior que o ensino médio,nada é pior que o ensino mesmo" .
A ilusão é uma coisa que pode nos levar a acreditar em mentiras só pelo fato delas serem mais fáceis de encarar,eu achava que estava preparada para essa nova fase da vida,mas me precipitei demais,e isso acabou comigo antes de começar o segundo Roud eu já me sentia derrotada.

Esse era o pior sentimento que eu já tive,em meio a todos os obstáculos da vida eu nunca me senti tão vulnerável assim,descobri coisas novas pode nos fortalecer como também pode nos destruir,como diz Sócrates "O verdadeiro conhecimento vem de dentro".

Será que me conheço tão bem assim?

O não me conhecer me atrapalhou nisso,eu deixei que as pessoas rotulassem quem eu sou a vida toda,e isso me deixa despreparada para o agora,eu não sei como devo agir e me portar com as pessoas,não sei se devo expor a minha opinião sobre as coisas a minha volta,o medo me consome cada vez mais e isso me deixa angustiada.
Mas depois que atravessei os portões não tem mais volta,então vou ter que ser eu mesma não posso ser alguém que não sou.

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