IV.

2 0 0
                                    

No acaso de uma vida sem rumo

Vagueio nas infinidades deste mar

Inconstante e imprevisível

Sempre há procura de algo sem saber onde o encontrar

No acaso de uma rua sem destino

Ou no destino de uma rua sem acaso

Vivo na incerteza de tudo poder controlar

Com a certeza de que nada está certo

E o pensamento de quem não quer mais pensar

Será que tudo é obra do destino ou do mero acaso

Ou é o fado nada mais do que uma consequência dos meus atos

No acaso de uma vida sem rumo

Sinto até sentir coisa nenhuma

Sonho até não poder mais sonhar

Vivo na ilusão que tudo acontece porque sim

Porque não é por acaso

Porque a vida não se faz sozinha

Vivo algures entre o acaso e o destino

Algures entre a sorte e a razão

Algures entre o acontece porque quero e o porque tem de ser

Algures entre a realidade e a ilusão

DistanteWhere stories live. Discover now