Percabeth, afinal!

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Percy's POV:

Eu abri os olhos, sentindo a respiração quente de Annabeth no meu rosto.

Deuses, ela nunca estivera mais maravilhosa:

Os seus olhos estavam fechados, calmamente. Seu rosto pacífico e tremeluzente à luz pálida da Lua, que entrava pela janela, como uma aura divina. Sua pele estava brilhante e macia, seu bronzeado era o mais lindo dourado que já vira. Os seus cachos caiam como uma cachoeira de ouro brilhante, harmonioso em relação ao seu rosto. Tomei um dos cachos em minha mão e brinquei com ele, entrelaçando-o bem levemente em meus dedos, os cachos dançando como um fio mítico na neblina depois de uma chuva, nas folhas douradas da oliveira.

Era mágico.

O cobertor enrolava-se desgrenhado, cobrindo um de seus seios, mas deixando o outro à mostra. Eu segurava a mão de Annabeth, acariciando-a. Minha mão moveu-se lentamente para o cobertor, cobrindo o peito da filha de Atena, carinhosamente.

Eu acariciei o nariz de Annabeth com o meu, e os seus olhos se abriram delicadamente. Estavam em um tom quase prateado, com a felicidade emanando em seu olhar de amor.

- Cabeça de Alga?...

-Hmmm... Olá Sabidinha.- Eu dei um grande sorriso, um tanto provocador.

- Olá... Ahhh..eu te amo, você sabia?

- Hmmm... deixe-me pensar...-pus a mão no queixo, brincando- Hum.. SIM! Por acaso- abracei-a, nós dois ainda sem roupa- eu TAMBÉM TE AMO!

Annabeth riu, o que clareou o meu mundo. Acariciei seu rosto, posicionando-a em cima de mim e beijando-a.

-Ahn, Percy, por que você me acordou as 2:00 da manhã mesmo?

-Ahhh! É que eu te amo muuuuito e tinha que te acordar pra conversar com você sobre uma coisa...

-O quê? Fala!

-Acalme-se Sabidinha, olha: você sabe que desde que fomos para o Tártaro temos tido pesadelos, certo?

- Ceeerto....

- Acho que devíamos contar ao Quiron para ele nos deixar dormir juntos toooda a noite, pois só ficamos bem com um ao lado do outro para nos comfortar e....

- ah, não precisa! Já contei ao Quiron por MI no ArgoII.

-Ah, ótimo!!! Então, teve algum pesadelo?

-Não, AINDA não...- ela parecia preocupada. De repente, seus olhos encheram-se de lágrimas e ela pareceu tímida e descomfortável.

Olhei carinhosamente para ela.

-Annabeth, tudo bem?.....- disse eu, docemente pondo meu braço em torno dos ombros dela, enquanto o outro repousava na sua cintura, aproximando-a bem de mim.

-Eu... Esta-tava lembrando do m-meu úitimo p-p-pesa-sadelo....-disse a pobrezinha, entre lágrimas e soluços.- V-v-v-vo-você, você era morto pela Aracne... Aquele monstro!! Ela cravava suas presas no se-eu p-pescoço!- A última parte soou mais como um gemido agudo, contínuo e dolorosamente tristonho.

- Ah, Annabeth..- disse eu, gentilmente, erguendo o seu queixo com o meu polegar para fazê-la olhar para mim, mas ainda assim, a garota olhava para a parede, envergonhada, evitando o meu olhar.- Annabeth... ANNABETH. Olhe pra mim!- falei, mais sério, olhando diretamente para os olhos dela com amor, que cederam e enfim me encararam, assustados e inseguros. Estava me destruindo o fato de vê-la assim.. Eu tinha que fazer algo, poxa!- Eu te conheço mais do que conheço A MIM MESMO. Sei que está assustada e envergonhada por estar chorando por causa disso! Mas fique sabendo que... Que se eu sonhasse que você estivesse morrendo, eu poderia nunca mais voltar a ser eu mesmo sem sua companhia! Isso NÃO é, viu, NÃO é bobo. Não se envergonhe.... Além disso, Annabeth.. Eu estou aqui. Nenhum monstro, nada nem ninguém vai me tirar de você, tá? Nunca! Eu te amo...- disse, baixinho em seu ouvido.

Enxuguei as lágrimas dela, que caíam mais depressa.

Eu a abracei e a beijei na cabeça, na testa, na bochecha, na boca, sempre amável e levemente, como se ela fosse quebrar-se como se fosse um instável e delicado vaso de vidro, sempre correndo minhas mãos de suas nádegas bem definidas até sua nuca, ou de seus ombros até seu umbigo perfeitinho.... Não queria, não PODIA vê-la chorar. Ela significava TANTO pra mim... Mais do que minha própria vida!

Alguns minutos depois de acariciá-la, Annabeth adormeceu sobre mim, com o rosto no meu pescoço, abraçando-me na minha cintura, como se sua vida dependesse disso. A cada respiração, podia sentir seu respirar quente perto da minha orelha, os seus mamilos corados encostando no meu peitoral e suas pernas se movimentarem um pouquinho entre as minhas. Ah, como eu a amo!

Depois de uma meia hora, Annabeth acordou para me encontrar olhando apaixonadamente para ela. Ela me olhou, sonolenta, e deu um grande sorriso, mesmo com seus olhos ainda vermelhos e um pouco inchados por ter chorado. Estavam com um brilho de alegria, e podia jurar que estavam mais claros do que estavam a alguns minutos atrás.

Sorri para ela e acariciei seus olhos e sua bochecha, dizendo alegremente:

-Pronto, pronto. Agora está bem melhor, não é? Não gosto de te ver chorar Sabidinha. Me machuca vê-la triste; ainda mais depois daquilo que fizemos...- sorri, maliciosamente, mas sem querer mudar de assunto.

- Está tudo bem Cabeça de Alga, já estou mais feliz- ela deu uma risadinha, enquanto pegava a minha mão.- Eu te amo TANTO que chega a doer...

- Tsc, tsc, tsc! Sem mais dor! Hahahaaa.. Só saiba que eu NUNCA, JAMAIS te deixarei por n-a-d...N-a-a...

- Cabeça de Alga!- ela deu um soquinho de brincadeira no meu ombro nu.- Não precisa soletrar "nada", pelos Deuses! Você tem Dislexia! Haha.. Não se maltrate, queridinho!

Encarei-a, surpreso:

- "QUERIDINHO"?

-Ah, cale a boca, tá? Não é como se eu fosse te chamar disso outra vez!

Fiz beicinho, com meus lábios tremendo e meus olhos marejados; de brincadeira, é claro!

- Snif.., Snif, Snif.....- uma lágrima caiu- Você não me ama?

-Ah, Cabeça de Alga... Eu te amo!! É claro! É só que eu prefiro te chamar de " Cabeça de Alga"... Só isso!.. Ownnn, não chora! Por favor, não.....-ela posicionou as mãos em meu rosto, secando a água. Dei uma pequena risada.

Nos abraçamos, com o contato físico direto, sem nada separando ou encobrindo nossos corpos nus, além do cobertor que nos cobria. Nos beijamos.

-Boa noite, minha Sabidinha- cochichei.

-Boa noite, meu Cabeça de Alga...

Lembro-me de ouvir Annabeth adormecida, abraçada a mim. Senti os olhos cansados, e eles se fecharam. Adormeci.

As Long As We're TogheterOnde histórias criam vida. Descubra agora