"Invasão"

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O clima, como sempre, era quente e abafado (o que me faz perguntar como os escravizar trabalham assim...)

Como o pão na sacada meio esperançoso, à espera de algo... qualquer coisa!

Estava preso. Estava preso em uma rotina intensa...

Que nem chegava perto da rotina deles:

Crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos e idosas... todos aqui diferentes e com o mesmo sofrimento diário:

Escravização.

Tenho pena. Uma pena maior que mim mesmo

Mas não tenho permissão de encostar neles-

Imagina ajudar?...

Uma luz em minha mente aparece.

Era burrice...

Mas uma grande ideia!

Desci as escadas na ponta dos pés e andei até a porta dianteira.

Irei sair e alimentá-los.

Encostei a porta e sai em disparada até o local onde trabalhavam cansados, sem paradas, sem férias

>Um verdadeiro inferno...<

Penso enquanto corro com um pequeno pote de alimentos em minhas mãos, enquanto tremia de medo de Portugal se quer descobrir.

"Me decepcionastes, Verá Cruz."

Mas são apenas frases. Frases que te corrompem.
Mas doem muito menos que depois.
"Depois" me refiro:
"Aprender a lição."

Sigo o caminho até encontrar o local onde queria chegar:

Uma plantação, que exala um forte cheiro que não posso descrever-

Vi os escravos
Todos exaustos
Todos famintos
Todos sem esperanças...

Quando chego perto, eles percebem minha presença e se encolhem um pouco

Vera Cruz
Calma eu- eu não irei machuca-lós!

Falo com um tom de segurança na voz
Fui andando cada vez mais perto e movendo-me para pegar a sacola de pães e alguns biscoitos que consegui salvar do armário.

O escravo pegou o pão ainda desconfiado e comeu-o

Sorri e fiz o mesmo com mais 5 que haviam lá

E assim fazia, todas as noites, aquilo acabou virando uma rotina.

Mas, na última vez, quando voltava pra casa,
Toquei na abertura e a porta abriu rapidamente sozinha e algo pegou meu pulso.

Não era algo-
Portugal!

Portugal
O que estavas fazendo, miúdo?

(COMPLETO)❝seja bom enquanto dure❞Onde histórias criam vida. Descubra agora