(I) Bem vinda ao inferno

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   NORMALIDADE NUNCA foi uma palavra muito utilizada para descrever a minha vida, crescer em meio ao sobrenatural me tirou qualquer remota possibilidade de me sentir normal perante ao mundo, o que de todo modo não é ruim. Pessoas morrem todos os dias por conta de monstros que se divergem e habitam entre nós, quando se tem noção da existência deles você acaba por criar um senso de justiça e foi assim que minha família criou seu legado.

Durante meus dezenove anos de vida percorri o mundo atrás de bestas como lobisomens e vampiros, matei muitos e me orgulho desse feito, todavia, isso me causou danos severos. Já não enxergava nem se quer um resquício de humanidade dentro de mim só uma sanguinária caçadora sem mais nada a perder e essa minha visão se tornou um fato após a morte da minha irmã, a única luz que me restava dentro do mar de escuridão que o destino me jogou.

Não conheci Allison frente a frente, eu não pude estar ao lado dela em nossos aniversários, não pude dividir segredos, não pude brigar por bobagens como pelo controle da tv e nem fofocar sobre garotos por quem tínhamos alguma quedinha. Foram muitos momentos e datas roubadas de nós e no fim até a oportunidade para recuperar tudo isso foi tirada de mim ao mesmo tempo em que ela perdia a vida.

Naquela fatídica noite eu pude sentir a mesma angústia que ela sentiu, pude sentir as forças se esvairando do meu peito enquanto meus pulmões pareciam ser esmagados pela falta de ar neles, foi ali que jurei vingança aos culpados pela morte dela. Por essa única razão aceitei o chamado de Gerard para o encontrar na pacata cidade de Beacon Hills a cidade farol do sobrenatural, ou melhor, o pequeno inferno sobre a terra.

Existiam muitos boatos contados sobre essa cidade, ela é um banquete completo para caçadores de toda parte, mas eu a conhecia por ser o lugar onde o sangue da minha irmã foi derramado e por esse mesmo motivo nunca se quer ousei a por os pés aqui, até agora.

— Chegamos. — o capanga avisou me tirando dos devaneios.

Abaixei o vidro do carro observando bem o lugar onde seria minha estadia por um tempo, a casa era razoavelmente grande de cor branca e parecia ter sido retirada de um filme dos anos sessenta assim como todas as outras que vi até agora. Desci do automóvel pegando minha bolsa, antes de entra entrar na casa respirei fundo, mesmo estando somente alguns minutos na cidade eu já conseguia sentir todo ar pesado que a rodeia.

— Seu avô mandou avisar que teve um pequeno imprevisto para resolver mas que já está chegando. — o asiático avisou retirando minhas malas do carro.

— Gerard sempre ótimo em suas recepções. — ironizei encarando bem o capanga ao meu lado, que me pareceu bem mais atraente agora que o olhei melhor. — Desculpe a minha indelicadeza, não me lembrei de perguntar seu nome.

— Benji. — respondeu fechando o porta malas. — Mas não perca seu tempo, eu sou gay. — um sorriso de canto surgiu nos lábios do asiático.

— Direto, gostei de você. — afirmei caminhando até a entrada, pude ouvir sua risada nasalada atrás de mim.

Entrei na casa observando bem cada detalhe, tudo ali parecia ter sido retirando de um filme antigo, os móveis eram todos refinados e clássicos, as paredes todas em tom neutro e cores frias, bem a cara de Gerard. Me dirigi até a sala de jantar que era o maior cômodo, o que me fez deduzir que ali era o local em que Gerard tinha reuniões, me aproximei da mesa econtrando pousado sobre ela um envelope, tratei de abri-lo encontrando fotos de alguns jovens que pareciam ter a minha idade.

— Que bom que encontrou isso, assim posso ir direto ao assunto — a voz grossa e autoritária de meu avô soou atrás de mim, me virei o vendo parado a porta com seus dois capangas de um metro e oitenta.

— É bom rever você também, vovô — cruzei meus braços com o meu melhor sorriso carregado de sarcasmos.

— Me poupe do seu sarcasmos Alissa — ele se aproxima fazendo um gesto para os capangas se retirarem. — Te chamei até aqui porque preciso da sua ajuda.

— Eu aceitei vir até aqui, mas o que te faz pensar que irei lhe ajudar? — levantei uma das sobrancelhas

— Você me deve tudo, garota! Eu salvei sua vida, te ensinei tudo, te fiz ser quem é. — ele se aproximou segurando firme o meu queixo entre seus dedos. — O mínimo que pode fazer para retribuir é me ajudar.

— Não devo nada a ninguém, muito menos a você, Gerard. — retirei seus dedos do meu rosto. — Sabemos que tudo que fez foi por pura conveniência.

— Você é uma ingrata, igual ao seu pai. — ele ressaltou com aspereza retirado o envelope com fotos da minha mão. — Mas tudo bem, se não quer me ajudar por gratidão, me ajude pela sua irmã.

— O que Allison tem haver com isso? — tensionei e seu olhar desviou para as fotos.

— Allison foi assassinada! — suas palavras saíram com amargura e raiva. — Nós dois desejamos a mesma coisa, vingança, quero a sua ajuda para destruir os culpados por isso. — as fotos foram jogadas sobre a mesa. — Eles a mataram, esses seres imundos são os culpados.

Meu olhar foi direcionada as fotos, os rostos de cada um ali, senti minha alma se corroer por dentro sendo dominada pelo ódio e raiva. Não imaginava que a oportunidade de cumprir a minha promessa bateria tão rápido na minha porta, todavia, nunca estive tão pronta como agora.

— Irei ajudar se prometer me deixar matar todos eles — retornei o olhar a Gerard que sorriu abertamente.

— Eles são todos seus querida! — ele virou as costas para sair da sala mas antes me lançou um olhar sádico com um sorriso sombrio. — Bem vida ao inferno!

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⏰ Última atualização: Sep 10, 2020 ⏰

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