Capítulo Três

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Coisas lindas da minha vida, por favor, votem e comentem. É muito importante para eu saber se estão realmente gostando disso aqui... e, leitores fantasmas, apareçam!! Quero muito conhecê-los!

Enfim, sem mais delongas, vão ler!

Xêro, all the love xx

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Está chovendo. Não lá fora, mas aqui; dentro de mim. Eu o mandei embora, disse que não podíamos mais ficar juntos. Ele não me prometeu que me deixaria em paz... Mas, é tão certo como o sol nasce todos os dias, que eu não voltarei na minha decisão.

Tenho os meus motivos, estou sozinha e preciso me proteger. Esta brincadeira estava indo rápido demais e eu estava me deixando levar. Não acredito que isto vá me levar a qualquer lugar, se eu continuar, no entanto. Por isso, é melhor que eu o deixe ir.

...

Hoje o dia amanheceu com um tom de cinza no céu. Por mais triste que isso pareca ser, na verdade, é gostoso; reconfortante. Talvez um pouco solitário, mas ninguém se importa. Eu gosto assim. De certa forma, é como eu.

Perdida em meus próprios devaneios, me encontro parada na entrada da livraria. Suspiro, amarrando num nó baixo o meu cabelo desgrenhado refletido na porta de vidro. Adentro o lugar conhecido. O ambiente é maravilhoso. Calmaria; apenas do jeito que eu gosto.

O delicioso cheiro do café no fogo logo inunda a minhas narinas no momento em que eu atravesso para a cozinha. O lugar é bem pequeno... para não dizer minúsculo, mas é aconchegante. É apenas uma pia, uma pequena mesa encostada em um de seus lados na parede e três cadeiras em volta. Deixo um beijo no topo da cabeça de Ellie, que estava de costas para a porta quando entrei. Esta senhora é a pessoa que mais aprecio neste lugar ou, talvez, em toda esta cidade.

"Bom dia, menina!" exclama ela, alegre como sempre. Um sorriso escapa de meus lábios quando eu a respondo, recebendo de bom grado a xícara de café fumegante de suas mãos.

"Tenho que ir para o meu posto, em dois minutos a livraria estará aberta", murmuro, fitando o relógio de parede que ficava em cima da pequena mesa. Eu não entendo, há um enorme espaço nas paredes para pendurá-lo, por que ele apenas continua ali?

"Sem pressa, pequena Jo, sente-se e tome o seu café", ela aponta para uma das cadeiras. "Afinal, Hero já está aí. Ele pode dar conta de tudo sozinho enquanto você come", finaliza. Eu engulo o café, concordando com a cabeça.

Fico rapidamente entorpecida pela menção de seu nome. Eu não quero vê-lo. Consegui o evitar por duas semanas. Duas longas semanas entrando embaixo de mesas, me escondendo por trás do grande balcão e das muitas estantes de livros. Um tanto infantil? Um tanto não, muito, eu sei. Porém, estou justificada pelos meus próprios pressentimentos; eles me dizem para me afastar. No entanto, sei que a qualquer momento terei de vê-lo novamente.

When I Knew That I Loved HimOnde histórias criam vida. Descubra agora