Capítulo 8

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Bom dia!

Oxi... um capítulo tão fofis ontem e vocês estavam economizando comentário é? Sei... Rum.

Christopher me observava em silêncio enquanto saciava sua sede

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Christopher me observava em silêncio enquanto saciava sua sede.

— Então, já que tocamos nesse assunto... — comecei, sem saber muito bem como abordar sem ser indiscreta. — Eu pesquisei um pouco ontem.

— Eu já sabia. — Ele sorriu e me devolveu o copo. — Apesar de ter dito que você podia perguntar pra mim.

— Você não tem mesmo nenhuma sensibilidade? — perguntei, sentando-me na pontinha do sofá. — Fiquei confusa com algumas informações. Li que muitos usam fraldas, mas pelo visto, você não se enquadra nessa estatística.

Eu sabia que era um assunto muito íntimo, mas eu era assim: direta. Christopher tinha algo raro, que fazia eu me sentir muito confortável perto dele, de forma que perdia as travas na língua. E, pelo jeito que ele me olhou, parecia sentir o mesmo que eu.

— O uso da fralda é muito comum. Nos primeiros dois anos pós-lesão, eu era dependente de tudo e de todos. Usava fraldas porque não tinha esse controle. Havia épocas em que sofria de prisão de ventre, em outras, o efeito era contrário. Mas, felizmente sempre fui muito bem assistido e tive muitos recursos à disposição. Eu pude me superar ao longo dos anos. — Ele deu uma piscadinha. — Consigo fazer transferências sozinho, consegui adaptar minhas necessidades para horários determinados. Desenvolvi bastante minha musculatura dos membros superiores e isso me dá mais liberdade e mobilidade. Enfim... evoluí muito. Mas não possuo sensibilidade abaixo da cintura.

Eu toquei a perna dele, na altura da coxa, querendo muito sentir o contato direto com sua pele. Fiz uma leve pressão com meus dedos e o encarei.

— Você sente dor?

— Se você me bater, não. Mas uma pessoa na minha situação passa por alguns problemas e sim, já senti muita dor, mais nos primeiros anos. Hoje são episódios esporádicos. A espasticidade, por exemplo, causa uma dor insuportável. 

Subi um pouco minha mão pela coxa dele, aproximando-a da virilha, mas parei antes de tocar no lugar que queria. Lancei um olhar pra Christopher e ele balançou a cabeça em negativa, dando de ombros.

— Não estou sentindo. — Sorriu.

— Nem na hora do sexo? — Pronto, fiz a pergunta que estava engasgada desde a noite anterior.

Christopher estalou a língua.

— Finalmente chegamos à pergunta que você mais queria fazer — disse, rindo e tocou meus dedos. — Em repouso, não sinto meu pênis. Você pode se tocar na minha frente e eu vou adorar ver, mas ele não vai levantar por mera questão visual ou vontade. Em termos mais leigos, esse tipo de ereção é conhecida por psicogênica, mas esse pensamento erótico não é enviado do cérebro ao membro porque a lesão está no meio do caminho. — Ele fez uma pausa, passando a mão pelo queixo. — Só possuo ereção reflexa, que ocorre com estímulo diretamente na região, no pênis ou em outra parte do corpo onde eu tiver mais sensibilidade. Dá pra conseguir mantê-la também com medicamentos e alguns acessórios. — Ele encolheu os ombros e o sorriso sumiu. — De qualquer forma, a sensação não é a mesma de antes da lesão.

[ DEGUSTAÇÃO ] Perfeito pra mimOnde histórias criam vida. Descubra agora