*CAPITULO 6*

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#RosePOV:

N- Estás bem?

Demorei um pouco a responder.

R- Sim… - sussurrei.

Imagens do homem a cair morto no chão não me saiam da cabeça. Eu sabia que aquilo ia acontecer, já estava preparada mentalmente. Mas não estava preparada para uma coisa… eu fiz aquilo… sem hesitações, completamente a sangue frio, foi como se… não tivesse coração.

E o pior disto tudo… é que não sinto remorsos! Quer dizer, eu matei um homem, devia sentir alguns remorsos não? Por mínimos que fossem! Mas devia sentir…

N- Rosalie!

R- Hm? Desculpa estava distraída…

N- Estás mesmo bem? – olhou-me, o seu olhar aparentava ser de… preocupação.

R- Estou Niall. Que tinhas dito.

N- Chegámos.

Olhei para a janela e vi que estávamos na garagem do departamento e que dois homens já carregavam com o corpo levando-o para uma sala, não sei bem qual, também não sei o que eles fazem com os corpos, não sei nem quero saber.

Desapertei o cinto e saí do carro entrando no elevador que nos levaria até ao corredor do andar de cima. Niall seguiu-me.

Este silêncio está a tornar-se constrangedor… 

Dei graças a Deus quando a porta do elevador abriu e segui até à nossa sala principal. Mais uma vez, Niall seguiu-me em silêncio. Entrei e Sr. Jorge, tal como previa, esperava-nos.

J – Excelente! Nunca esperei que viesses a ser tão bem sucedida logo na tua primeira missão. – sorriu duma ponta à outra.

“Nem eu…” – pensei.

N- E agora?

J- Agora vão descansar, já se faz tarde. Amanhã ao 12h quero-vos prontos para o almoço.

Assentimos e dirigimo-nos para o corredor onde se situavam os quartos. Abri a porta do meu quarto e ia a entrar quando ouvi a voz de Niall.

N- Rosalie.

R- Sim? – olhei-o.

N. Estiveste muito bem…

Só fui capaz de olhar o chão e mostrar-lhe um pequeno sorriso de lado.

R- Boa noite.

N- Boa noite Rosalie.

Virei-lhe costas e entrei no meu quarto.

Dirigi-me logo a  casa de banho, deslizei o vestido pelo meu corpo, soltei o meu cabelo, despi a langerie e enfiei-me dentro da banheira tomando um duche rápido. Sentia-me suja. Saí da banheira, vesti o meu pijama, sequei o cabelo e saí da casa de banho ignorando o vestido, a langerie e os sapatos de salto alto que se encontravam no chão.

Assim que fechei a porta da casa de banho, uma Ellisabett radiante abraça-me com todas as suas forças, o que devo dizer que não são muitas.

E- Muito bem minha querida, estou orgulhosa.

R- Obrigada. – mostrei o sorriso mais falso que conseguia naquele momento e sentei-me na minha cama de pernas à chinês.

Ellisabett sentou-se à beira da cama e pousou a sua mão em cima da minha.

E- Que se passa minha querida?  Acabaste de ter a tua primeira missão e foste muito bem sucedida, devias estar contente.

Suspirei. A Ellisabett é de confiança, apesar de todas as paranoias da moda e essas tretas que não entendo, eu sei que posso confiar nela.

R- Eu acabei de matar um homem, devia sentir alguns remorsos, alguma pena, talvez mesmo até algum arrependimento certo? Mas em vez disso, eu não sinto nada…

Ellisabett suspirou.

E- Não sentir nada é diferente de não saber o que se sente.

Beijou-me a testa e dirigiu-se à porta do quarto.

E- Boa noite minha querida, descansa, estás a precisar. – e saiu.

Suspirei, puxei os lençóis para trás e deitei-me aconchegando-me neles, adormecendo pouco depois.

*********

Estava prestes a espetar a seringa cheia de veneno no pescoço do ucraniano quando ele me agarra, tira-me a seringa, deita-me ao chão ficando por cima de mim impedindo-me de fugir.

U- Deves pensar que nasci ontem miúda.

E espetou a seringa no meu pescoço.

*********

R- AAAAAAHHH! – Gritei sentando-me de repente na cama com a respiração ofegante e olhos arregalados.

O meu corpo tremia por todo o lado quando senti uns braços fortes rodearem-me num terno abraço.

Xxx- Shh está tudo bem, foi só um pesadelo, eu estou aqui. – senti-o passar uma mão nas minhas costas e outra no meu cabelo. Niall…

Eu queria falar, queria contar-lhe o sonho, queria agradecer-lhe, queria perguntar-lhe o porquê de ter vindo em meu auxilio, mas as palavras não saiam, era como se tivesse a boca presa e não conseguisse articular nenhuma palavra, nenhum som.

Quando a minha respiração voltou ao normal, senti os lençóis da minha cama serem puxados para trás e o seu corpo deitado ao meu lado. Os seus braços puxaram-me para ele aconchegando-me, a minha cabeça permanecia no seu peito.

N- Volta a dormir Rose, eu estarei aqui.

Fechei os olhos e assim o fiz.

Diary of my Life ( Niall Horan Fanfic)Onde histórias criam vida. Descubra agora