Meu nome é Isabell Swain, fui uma peça importante de tudo que vem acontecendo, eu vi pessoas que estavam mortas se levantando, no começo isso parecia um milagre, um avanço gigantesco na ciência, mas, não foi bem isso que aconteceu.
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15/abr/2019 as 00:24h - Dr. Isabell Swain : C.A
Estávamos na C.A(Corporação anti Apocalipse), onde trabalhávamos dia e noite em busca de uma resposta para a pergunta que a humanidade tem feito a milhares de anos, "como enganar a morte?" Isso é o sonho da humanidade e da ciência em sí, e indo em busca de uma resposta, venhamos trabalhando no projeto, A36 que é uma especie de vacina criada para impedir que todo o corpo humano fosse danificado, o meu parceiro, Dr Smithy, foi o primeiro humano usado como cobaia pelas suas próprias ordens, no começo achávamos que tinha dado certo, ele se sacrificou com a garantia de que tudo ia acontecer como tínhamos planejado, então depois de alguns segundos morto por um veneno, ele abriu os seus olhos deitado em uma cama de proteção com trancas em seu pescoço, suas pernas e seus braços, no começo ficamos felizes até que logo após alguns segundos uma funcionaria havia se cortado acidentalmente com um bisturi cirúrgico próxima ao Dr, e então os seus olhos viraram rapidamente em direção a funcionaria, ele gritou bem alto, parecia habitar só ódio em sua mente, o que não esperávamos é que a vacina traria uma força absurda para quem a ingetasse, e então facilmente ele se libertou das trancas e nós atacou, foi horrível, eu perdi vários amigos naquela noite, e agora, todo o mundo está passando por um grande problema que havíamos tentado evitar a muito tempo, mas ousamos sem pensar, trazer esses dias mais cedo, sejam bem vindos ao apocalipse.
16/dez/2023 as 05:28 - Dr. Isabell Swain : Esconderijo
Todos os dias eu acordo tentando achar uma maneira de tudo isso acabar, as vezes sinto que isso tudo possa ser minha culpa por ser uma das poucas pessoas a trabalharem na vacina A36, e se isso realmente for por parte minha culpa, eu farei de tudo para conseguir um antidoto. Ouvi dizer que a C.A criou um abrigo para se defenderem e trabalhar para tentar resolver o problema, as vezes eu penso em ir dar uma olhada para ver se está tudo conforme o planejado, mas tenho medo de surtar voltando para o mesmo lugar onde vários amigos morreram bem na minha frente, isso é doloroso para mim, não sei ao certo quando e como vou superar isso. Resolvi ir em busca de suprimentos para poder sobreviver por mais alguns dias, quem sabe eu possa achar algum sobrevivente no caminho, todas as vezes que eu dou uma olhada pela cidade, vejo o caos e a destruição não importa para onde eu olhe, ainda não acredito que isso está de fato acontecendo. As 07:00 encontrei um mercado que chegou a chamar a minha atenção pelo seu nivel de cuidado com barricadas nas portas e janelas, então eu desci da minha moto e fui dar uma olhada, e em minhas mãos havia uma Glock 9mm com um pente longo pronta para atirar, com o tempo descobri que o único jeito de acabar com essas criaturas era explodindo a sua cabeça, eu logo me aproximei com cautela da porta e pisando em um fio de barbante que eu não tinha avistado, quase me levou a uma morte horrível por um machado em minha testa, minha sorte foi o meu reflexo que eu já havia treinado a um tempo atrás, mas eu sabia que aquela armadilha não estava a minha espera, posso acreditar que finalmente encontrei algum sobrevivente e que de certa forma era inteligente e prevenindo, então eu joguei uma pedra pequena dentro do mercado para tentar chamar a sua atenção, mas nada acontecia, eu cuidadosamente quebrei a barricada da porta da frente e entrei com calma e tranquilidade, por ele ser tão prevenindo, senti que teria mais alguma armadilha por perto, logo eu ouvi um rangido de madeira a minha direita virando o corredor e rapidamente me agachei com uma marreta passando raspando pela minha cabeça, ele veio para cima de mim com tudo, mas eu não queria machuca-lo, então eu o imobilizei e tentei acalma-lo falando que estava ali para ajudar, ele não queria ouvir, parecia estar com muita raiva, mas também com muito medo, não tive outra escolha a não ser fazer ele dormir um pouco, eu consegui ficar em suas costas e dei uma coronhada com força usando a minha Glock, e ele logo caiu, por ser grande e forte, quando ele chocou-se contra o chão, fez um barulho enorme e pela falta de sorte minha, havia criaturas por perto, então eu fiz o que tinha que fazer, botei as proteções novamente na porta para que eles não tivessem acesso ao mercado e logo depois algemei o grandão que parecia o Hulk, e enquanto ele não acordava eu fui fazendo algo para recuperar as nossas forças e fui em busca de remédios para cuidar dele e ele entender que eu não estava ali para mata-lo.
16/dez/2023 as 7:30 - Dr. Isabell Swain : Mercado
Ele acordou bem tranquilo como se toda a raiva que habitasse nele estivesse indo embora, mas ele não conseguia parar de olhar para o meu rosto com um olhar de desconfiado, para puxar assunto, eu resolvi quebrar aquele clima tenso perguntando o seu nome, e ele com a voz calma me disse que se chamava Copper, logo depois ele com o peso na voz havia dito que seu filho também tinha esse mesmo nome, eu tive um pouco de medo de lhe perguntar a onde o seu filho estava, mas, pela dor que ele demonstrou sentir no momento em que falou, só me fez querer abaixar a cabeça e tentar dar para ele um pouco de silêncio, logo após alguns segundos de silêncio, ele me perguntou se eu poderia tirar as algemas dele, mas, isso seria uma decisão radical a se tomar, pelo fato dele ter quase esmagado a minha cabeça com uma marreta e sem falar nas armadilhas, sinto que ainda não posso confiar nele, então o pedi para esperar até o momento em que eu sentir que deveria deixa-lo livre, ele pareceu entender, depois disso ele perguntou o que eu estava fazendo naquela área, eu olhei para ele e vai que ele parecia estar realmente interessado naquilo, eu o disse que estava a procura de suprimentos e de sobreviventes, também lhe disse que estava a procura de uma cura para a infecção da vacina que afetou quase todo o mundo, e eu sentia que ela estava se espalhando depressa, só uma única mordida dessas criaturas é o suficiente para se transformar em um deles, mas eu escolhi não levar este assunto tão a fundo, e então, eu o fiz a mesma pergunta e ele me disse que era o dono do mercado, e que trabalhava com o seu filho Copper, ele me disse que o filho sumiu quando estava construindo a barricada nas janelas do mercado, ele viu rastros de sangue, mas, não viu o seu filho, deve ter sido bem difícil aguentar tudo isso sozinho, já estava ficando tarde e não parecia ser tão seguro permanecer ali, de qualquer forma, não posso perder tempo, preciso logo descobrir um meio de acabar com o vírus de uma vez por todas, então, eu o olhei bem nos olhos e fiz o que eu tinha quer fazer, prometi liberta-lo e juntos procurarmos o filho desaparecido dele, mesmo com um pressentimento de que ele já não estava mais vivo, e sem pensar, ele olhou para o meu rosto com um grande sorriso e me disse com lágrimas nos olhos que faria o que precisasse para encontrar o filho a salvo, eu não saberia como dizer a ele que as chances de encontra-lo ainda com vida eram poucas, mas por outro lado, é sempre bom ter até mesmo uma gota de esperança, após a promessa eu o libertei e ele parecia bem confiante e determinado, pegamos três mochilas e enchemos elas de suprimentos, depois de ter pego tudo o que era necessário, retiramos a barricada da porta da frente e saímos lentamente, estávamos ouvindo barulhos estranhos e tínhamos certeza de que eram aquelas criaturas horrendas, quando chegamos até a minha moto, o Copper rapidamente a olhou por alguns segundos, eu sem pensar fui segurando a faca de caça escondida em meu casaco, afinal de contas, ainda não confio muito nele, então ele me olhou e falou que a casa dele onde o filho amava passar o tempo era a alguns Km dalí, eu não sabia se isso era mais uma de suas armadilhas, e por outro lado já era tarde, e uma coisa que notei estudando e observando essas criaturas, é que a noite suas habilidades de força, inteligência e velocidade aumentam e eu não poderia correr o risco, então o convenci de que na manhã do outro dia iríamos em sua residência, ele ficou um pouco abalado, mas, ainda sim entendeu o risco, eu subi na moto e a liguei, seu ronco era forte, então precisávamos sair daquele local o mais rápido possível para não chamarmos a atenção dos mortos, quando ele subiu na moto, eu larguei devagar a embreagem e acelerei saindo dali na maior disparada, e a única coisa que ficou para trás foi a poeira do chão subindo para cima.
