Capítulo 3.

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- POV Adrien -

  - Filho. Eu estou aqui. Não há nada para você temer, pois eu sempre irei te proteger.

- Mamãe?

- Sou eu, querido.

- Mamãe, onde você está?!? Por quê está tudo tão escuro? Mamãe??! Eu não te vejo, onde você está?!??

- Seja forte...

(...)

- MAMÃE!!! - Levanto rapidamente com a respiração ofegante e o coração acelerado. Mais uma vez sonhei com ela. Ah, como eu sinto sua falta...

Olho para o despertador em cima do criado-mudo e percebo que acordei muito cedo do que de costume. Ainda são 5:04 am. Então vou lavar o meu rosto para esquecer daquele sonho insistente...

Me olho no espelho e percebo o quão deprimido eu aparento estar, não é para menos, ultimamente eu sinto como se essa dor não fosse embora nunca, eu estou assustado com isso.

Lavo o rosto e em seguida vou verificar se Plagg está acordado, que aparentemente não estava, pois de longe dava para escutar um ronco meio agudo, típico do Plagg.

Então vou e desço as escadas daquela casa vazia. A cada passo que eu dava o meu peito doía, retratos da mamãe estão espalhados por todos os lados dessa maldita casa. Não há como a esquecer por um minuto sequer, nem para aliviar a dor no peito.

Meu pai deve estar dormindo a essa hora, é melhor eu fazer o mínimo de barulho possível para acordá-lo. Não quero enfrentar o pai ranzinza que eu tenho logo de manhã, então eu caminho lentamente pelas escadas, como um gato sorrateiro. Paro em frente a porta do escritório do meu pai, onde ele passa maior parte do tempo, literalmente, ele nunca sai desse escritório a não ser para dormir, e também, quase nunca me deixa entrar, me pergunto o porquê, é só um escritório bobo.

Pensando bem, essa é uma oportunidade ótima para dar uma olhada, aliás, da última vez que entrei e mexi em algo, acabei encontrando o livro de super-heróis dentro do cofre, ainda estou curioso sobre o porquê daquele livro está tão bem guardado. E por quê meu pai se interessaria em um livro como esse?

Sem mais hesitações, eu abro uma brecha da porta, para verificar se realmente não há ninguém, bem, nunca se sabe.

- Vazio, ótimo! - Sussurro para mim mesmo com um tom de conquista e em seguida entro dentro do escritório com o máximo de cautela possível.

Olho em volta e percebo o quão sem vida esse escritório é, em exceção da enorme pintura da mamãe que tem na parede, o que deixa aquele ambiente mais vivo.

Então me aproximo da pintura, papai nunca me deixa chegar perto, eu não entendo, tudo bem que deve ter sido bem cara de produzir, mas isso não convém. 

- De perto ela parece ainda mais linda... - falo para mim mesmo enquanto passo meus dedos sobre a pintura. - Eu sinto sua fal- Ei, mas o que é isso?

Enquanto eu passava os dedos sobre aquela obra, senti algo estranho, como se eu tivesse apertado algum botão ou algo do tipo. O que era aquilo?!?
Então notei que tinha sim alguns botões espalhados, mas POR QUÊ? E Por quê na pintura da mamãe?

Me apressei para procurar outros lugares em que aqueles botões estavam, mas só achei três: dois do lado direito e um do esquedo. Será que eles dão em algo... Ou em algum lugar?

Eu estava prestes a descobrir, até que...

- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? - Disse aquela voz vazia e aguda atrás de mim,eu gelei totalmente.

- P-Pai??! - Tentei conter o nervosismo e a desconfiança. - E-eu só estava... É, bem...

- Saia daqui e não pise novamente nesse escritório, NUNCA MAIS. - As últimas palavras soaram ameaçadoras, eu logo obedeci, ainda com o pressentimento de que havia algo errado, e eu estava prestes a descobrir... cedo ou tarde.

Ao sair, ouço a porta se fechando violentamente, eu realmente toquei no seu ponto fraco, aquele escritório... Algo está errado e eu preciso descobrir, de um jeito ou de outro, eu vou descobrir.

Ele não cansa de guardar segredos... E eu odeio isso!

(...)

Notas da autora:

Próximo capítulo na semana que vem, desculpem por ser curtinho, mas eu estou um pouco sem tempo haha!
O próximo capítulo será maiorzinho, juro! ^^








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⏰ Última atualização: Apr 11, 2020 ⏰

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