05

461 37 19
                                    

Lizzie

O segundo passageiro entrou e poxa! Que garoto lindo! Que maxilar perfeito, e esses olhos verdes? E ESSE CABELO JESUS??

Sério, eu sempre me apaixono por pessoas que eu nunca mais vou ver na minha vida! Odeio isso.

E É UM CARA INTELECTUAL, TÁ DE TERNO PRETO AA, sofro. E ainda por cima, é cheiroso, meu Deus. Crush que eu nunca mais vou ver na vida supremo.

-Oi, boa tarde. -Digo tímida, mas não demonstro minha timidez e nem minha paixão.

Tipo, ele deve ter a mesma idade que eu, né? Quem com 15 anos veste terno preto?  Será que algum parente morreu e ele tá indo enterrar? Aí, que paranóica eu, Deus me livre!

Ele perguntou quem vai descer primeiro, que fofo! Porque achei isso fofo? Tenho problema? Ah, tenho!

-A mocinha, o destino dela é o mais próximo. Algum problema? -O motorista diz.

-Não, nenhum. É que estou um pouco atrasado.

Ele parece ser tão sério, e deve estar indo fazer coisas mais importantes.

-Se você quiser, pode deixá-lo primeiro. Não tem problemas,  eu vou ao mercado comprar biscoitos, ele com certeza deve ter um compromisso mais importante. - Digo, na esperança de ajudá-lo. Vai que algum parente morreu, coitado.

Ele diz com um sorriso simpático no rosto que não haveria problemas do motorista me deixar primeiro. E que sorriso, meus amigos, que sorriso!

O motorista nos olha demonstrando impaciência, o passageiro gato, digo, simpático! O passageiro simpático me olha e dá uma leve risada e eu retribuo.

Aí gente, ele tem um sorriso tão lindo! Ainda bem que não demora muito para eu chegar no mercado, se eu ficar mais tempo nesse carro, ele vai pensar que sou uma doida apaixonada. Credo!    

●●●

Em menos de 5 minutos chegamos no mercado. Vamos tirar o money do bolso e pagar o uber, porque nada é de graça, né? Dou um leve sorriso para o passageiro SIMPÁTICO para me despedir.

Entro no mercado e já vou correndo para o setor de bolachas. Para fazer o que? ASSAR UM CHURRASCO.

Pego, no mínimo, uns sete pacotes de bolacha das minhas favoritas e sigo para o caixa. Pago e vou embora, a pé mesmo porque gastei todo meu dinheiro e não sobrou um tostão para um táxi.

●●●

Caminhei uns 10 minutos, mas em casa estou. E tenho uma surpresa, meus pais estão em casa também e nenhum está mexendo no computador ou em papeladas.

-Que surpresa vocês em casa esta hora! -Falo bem animada.

-Pois é, Liz! Seu pai e eu ficaremos mais em casa agora e teremos mais tempo em família. -Minha mãe diz, meus olhos estão brilhando e ela percebe isso, afinal, os seus também estão.

-E hoje vamos jantar fora. -Meu pai nos une num abraço enquanto termina de falar. -Mas será um jantar entre famílias.

-Espera. -Eu o interrompo. -Famílias? Então não será só entre a gente?

-Não filha, sabe o Sr. Gallagher?

-Sim, mãe. O que mora em Vancouver mas que o papai sempre falava? -Eu só sei quem é esse tal de Gallagher porque meu pai sempre falou dele, mas nunca o vi pessoalmente. Quem dirá sua família.

Precisamos Esconder Onde histórias criam vida. Descubra agora