Só haviam se passado 5 dias que eu tinha falado com a azulada, mas eu já estava começando a repensar se meu plano daria certo mesmo. Falo sério, Juvia parecia não ter nem um pingo de fragilidade. O que ela era, a Mulher Maravilha? Aquela teoria da infância de que ela não era humana quase faria total sentido pra mim se eu não a tivesse visto sorrir antes (e olha que já fazia 7 anos desde então).
Enquanto arquitetava tudo, quase me senti naqueles filmes clichês onde o cara treina a garota comprando roupas novas e a maquiando de um jeito padrão, mas:
1) Eu achava isso ridículo porque nenhum cara dos filmes tinha conhecimento algum sobre moda;
2) Eu conhecia Juvia Lockser o suficiente pra saber que ela nunca iria querer se encaixar nessa bolha barbiezinha (apesar dela ser A RAINHA DAS ONDAAAAAAAAAAS);
3) Eu até meio que gostava da vibe punk que Juvia passava e não achava que ela precisaria mudar nadica de nada.
– Tá só esperando eu fazer uma pose pra me fotografar ou o quê? – a voz da azulada me tirou dos meus pensamento e só então percebi que tinha me distraído olhando ela guardar os materiais em sua mochila.
– Hã? – foi a única coisa que pude dizer.
Juvia revirou os olhos e soltou um suspiro impaciente.
– Desisto. Adianta logo que você quer comigo, vai. – fez sinal com a mão pra que eu continuasse logo.
– Por que você tem que ser tão má? – fiz um bico.
– Esqueci de tomar meu regulador de maldade esta manhã. Estou dando meu máximo agora. – debochou.
– Agora sou eu quem está desistindo. – falei. – Só passei aqui pra te dizer que amanhã vai ser seu primeiro encontro e que eu quero te ajudar a se preparar.
– Virou estilista do Esquadrão da Moda? – foi minha vez de revirar os olhos. – Você vai me ajudar a escovar os dentes e vai me dar comida na boca também?
– Não, eu vou te ajudar a passar o roteiro de amanhã, sua chata. Vocês vão fazer vários clichês e eu consegui um aparelho pra monitorar seus batimentos.
– Primeiro: como você conseguiu esse aparelho?
– Eu só postei no meu twitter e uma garota do meu fã clube me mandou. – dei de ombros. – O que importa é: não marque nenhum compromisso amanhã.
– Que tipo de pecado eu devo ter cometido na vida passada pra ter que passar por isso, Gary? – passou a mão nos cabelos.
– Você sabe que não precisa me chamar assim.
– Eu não estou pedindo autorização pra nada.
– Se for assim, vou te chamar de Pow Blue Girl. – disse e a senti me fulminando.
– Você não ousaria.
– O que vai fazer? Me tacar de uma ponte? – não sei de onde tirei toda essa ousadia, mas ok.
Juvia me pressionou contra a parede, o que era irônico visto que eu que deveria ter esse controle já que quem estava chantageando alguém era eu, mas eu já aceitei que eu não posso vencê-la no quesito força.
– Pro seu governo, a Pow Blue Girl salvava pessoas de pontes, tá legal? – ela disse e eu ri porque eu lembrava de ter lido essa história com ela durante o dia de ação de graças.
– Se você diz...
– Enfim, tenho que te relembrar que só entrei nessa baboseira em troca de aulas de exatas? Eu não sei de nada que envolva Carga Elétrica e Lei de Colômbia.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sunday
FanfictionSegundo Gray, ele e Juvia namoraram durante a infância, porém ela não se lembra. Anos depois, no ensino médio, eles precisam fazer um projeto com o tema "amor". Enquanto Juvia se limita a escrever como acha o dia dos namorados perda de tempo, Gray r...