Capítulo 03

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Capitulo Três

Sofia

Depois que sai daquela delegacia talvez mais irritada do que entrei eu só pensava em tomar um banho e dormir, não voltei ao clube. Em casa fiz o que era de fato necessário e deitei na cama na esperança de descansar e tira o delegado gato da cabeça. Que homem era aquele que apesar do jeito mandão, estressado ele ainda  assim mantinha o olhar sexy e sedutor o tempo inteiro. Ah ele tem que sair da minha mente. O problema é que quando me aproximo dele eu levanto a guarda a qual nada é capaz de abaixar, é como se eu me defendesse de algo mais forte do que sua beleza, ele me encantava por outra coisa que ainda não descobri. E nem quero.
Estava rodando pelo salão da dancelove no dia seguinte quando parei perto do balcão falando com Thiago nosso barman, senti um cheiro de perfume amadeirado e isso chamou a minha atenção, olhei pro lado vi um casa praticamente me comendo com os olhos. Pedi para que fosse discreto e outro rapaz bateu em seu braço e quando eu vi quem era minha respiração vacilou por um minuto, tentei ser o mais simpática possível. Gustavo estava lindo em sua camisa preta que marcava seus músculos e uma calça jeans, esse estilo de roupa o deixava mais sexy e jovem. Revirei os olhos ao ver que uma das dançarinas já estava em seu pescoço, mesmo que não vendêssemos sexo sei que elas ainda fazem.
Eu me sentia sufocada era como se ele roubasse toda a minha paz, como se fosse capaz de me controlar apenas com seu olhar. Estava com as mãos apoiadas na mesa buscando ar como se tivesse corrido uma maratona. Senti alguém atrás de mim e pedi pra esperar, mas ainda assim chegou perto e novamente o cheiro amadeirado invadiu o local. Levantei a cabeça e quando vi quem era quase cai, mas ele me segurou junto ao seu corpo. Seus olhos estavam fixos em minha boca. Quando eu finalmente consegui perguntar o que ele fazia aqui ele soltou um sorriso de lado.

- Saber aonde a princesinha trabalha que não foi - ele falou em deboche. - Vim curtir o show das meninas.

- Tá. O salão de show você já sabe onde fica. - sai de seus braços e sentei na minha cadeira. Ele começou a andar pelo espaço olhando tudo como quem avaliava o local. - Satisfeito? – me referi a ele avaliar meu local de trabalho.

- Não, ainda não. Interessante saber que carrega uma boate. Faz faculdade de que? - pra que ele quer saber? Ele não pode simplesmente sair daqui com essa voz absurdamente sexy e atraente?

- Administração. - falei sem demonstrar emoção.

- É combina com o que faz. Você trabalha aqui há quanto tempo? - por que tantas perguntas, não pode me deixar em paz.

- Você está me interrogando? Pode sair da minha sala senhor Albuquerque? - ele me olhou nessa hora e caminhou até mim com um sorrisinho safado. Ele parou bem perto e encostou-se à mesa ao meu lado.

- Você fica mais bonita quando tem educação, criança - ele quer me irritar e está conseguindo. Suspirei e tentei não cair em seu jogo.

- E você fica menos insuportável longe de mim majestade. - afastei a cadeira da mesa, cruzei os braços e sorri vitoriosa. Ele abaixou o rosto bem próximo do meu e eu vacilei a respiração.

- Cuidado Sofia não brinque com fogo. - ele parou quase encostando a boca na minha - Você precisa de uma lição. Eu ficaria feliz em te corrigir, mas do meu jeito. - Sua voz era sexy e tinha promessas nela.

- Você é um idiota - falei e levantei. Preciso quebrar toda essa tensão que ficou ali, mas ele não se contentou com o simples fato de eu me afastar ele me puxou pelo braço e me encostando na parede com seu corpo. - Para com isso. - falei com a respiração mais acelerada que o normal.

- Estou curioso pra saber de você menina - ele falou muito perto. Eu vacilei e olhei pra sua boca e ele alargou um sorriso safado. - Você também quer isso que sei. - ele beijou meu pescoço. O que esse cara está querendo. Juntei as forças de onde não tinha e afastei-o.

- Olha senhor Albuquerque né? - eu disse em deboche e ele fechou a cara. - Eu não tenho interesse em você. Acha mesmo que me atrai?. - joguei pra ele a mesma coisa que falou pra mim noite passada. - Odeio pessoas arrogante, metidas e que se acham a dona da verdade. Acabei de te definir né?

- Você está querendo me provocar? – perguntou irritado e eu sorri de lado.

- Eu quero que você saia da minha sala e para de me importunar. - encostei-me à minha mesa - Agora se puder sair da minha sala eu agradeço. Tenho coisas muito importantes pra fazer ao invés de perder meu tempo com você.

- Quer saber Sofia, realmente não tenho interesse em você. Você é criança, mimada e com certeza mal educada. - ele saiu batendo a porta e só ai pude soltar a respiração que prendia. Esse homem me desconcertar, me deixa na defensiva pelo simples fato de acelerar minha respiração só por estar perto.  Passei o resto da noite sem sair da sala, eu não queria trombar com o todo poderoso Albuquerque, ele me irrita.

A semana passou rápido e eu entrei em período de provas na faculdade então quase não saía da sala no dancelove, eu usa meu tempo dividindo as coisas burocráticas do local e estudando pras provas, me entupia de café pra manter a energia que eu não tinha. Estava saindo do DanceLove umas 3horas da manhã com um monte de papéis na mão e esbarrei em alguém deixando tudo cair.

- Que merda. Desculpas - falei e quanto olhei e vi quem era fechei a cara. Por que está fazendo isso comigo Deus? - É você?

- Boa noite senhorita Brandão. - ele disse com um sorriso mais largo que o normal no rosto. Olhei por cima do seu ombro e Bianca uma de nossas dançarinas estava com ele de novo.

- Só se for pra você. - abaixei e comecei a recolher os papéis. Ele abaixou pra me ajudar. - Não precisa. 

- Faço questão. - ele me ajudou a juntar tudo, quando levantei agradeci baixo e tentei sair dali, mas fui impedida. - Eu te levo em casa.

- Não precisa se incomodar delegado, eu vou pegar um táxi. -  me justifiquei.

- Sofia para de ser durona eu só quero te ajudar. – ele disse e eu bufei. - É só uma carona. 

- Você está acompanhado e não quero lhe incomodar. Curta a noite Gustavo. - ele sorriu assentindo.

Conseguir um taxi não foi tão fácil como eu pensei que seria, mas em fim consegui chegar em casa. Apenas tomei um banho e me joguei na cama. Estudei para a prova do dia seguinte até o sono me vencer.
“- Você ainda vai aprender que eu não gosto de abuso, menina. - ele tinha um sorriso sexy, seu corpo prendia o meu no colchão e por mais que eu quisesse ele não me deixava sair. - Ah Sofia se você soubesse o quanto desejei te ter assim. - ele começou a beijar meu pescoço sua mão estava por baixo da minha blusa segurando firme um de meus seios o que me fez soltar um leve gemido. Ele então tirou minha blusa e meu sutiã, passou a língua em um deles e eu agarrei seu cabelo. Depois de brincar, sugar e deixar belos chupões ele desceu trilhando beijo chegando perto do cós da minha calça, ela a desceu devagar me deixando completamente exposta, tendo nos lábios um sorriso safado ele se aproximou e meu corpo ferveu em antecipação. Sua boca tocou ali...."

Acordei toda suada o som irritante do despertador ecoava pelo quarto. Eu estava ofegante, parecia que corri uma maratona. Que inferno. Levantei irritada e foi tomar um banho gelado. Arrumei-me rápido por que meu dia começou mais cedo e muito mal. Minha prova foi mais difícil que imaginava, mas acho que vai dar tudo certo.
Cheguei ao DanceLove por volta de oito horas da noite, até nisso eu me atrasei hoje. Não tem como piorar, mas como tudo hoje está indo contra encontrei em minha mesa uma pilha de coisas que a Gabi deixou pra conferir. Por que pai? Tudo num dia só? Eu me peguei falando sozinha. Depois de passar horas conferindo cada coisa do estoque, decidi que precisava beber algo e pedi a Clara que passou na minha sala por acaso pra pegar no bar pra mim, nem humor eu tinha pra sair dali. Fechei os olhos e deitei a cabeça na mesa. Minha cabeça doía mas tenho certeza que um bebida vai me ajudar a relaxar.

- Foi aqui que pediram uma bebida - o cheiro amadeirado e  a voz rouca invadiu o local. E eu já sabia quem era sem ao menos precisar levantar, mas o fiz só pra ter a certeza que o dia não podia piorar. E piorou. - Cansada menina?

- Cara o que eu te fiz? Por que me perseguir? - ele apenas riu e me ofereceu a bebida que eu virei de uma vez. Ela esquentou meu corpo e sem duvidas elevou a temperatura do meu corpo - Você não tem algo mais importante pra fazer?

- Teríamos se você fosse menos abusada. - olhei pra ele sem entender. Ele apenas sorriu me olhou de cima a baixo e piscou pra mim. Por que ele tem que ser lindo, safado, sério, e gostoso? Tudo isso em um homem só é pecado meu Deus.

( DEGUSTAÇÃO) Perante à Justiça - Meu Delegado Onde histórias criam vida. Descubra agora