coelhinho maroto, que cor ele tem?

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Bom dia, boa tarde, boa noite! Espero que vocês gostem dessa fanfics tanto quanto eu gostei de escrevê-la. Boa leitura, meus amores.

O som das gotas grossas de chuva contra a janela de vidro ecoava apartamento a dentro. A noite de páscoa não se passava de mais uma fria, com o céu cinza e relampejando, e com um Jimin encolhido no sofá de couro da residência. O aquecedor tinha quebrado e o homem baixinho não tinha muita manta grossa sobrando, mas conseguiu se sentir relativamente quente ao se cobrir com vários lençóis finos.

O seu dia tinha sido uma merda; um gato o atacou na rua, um senhor roubou sua carteira e descobriu que estava devendo para o banco. Ninguém merece, foi a única coisa que passou pela sua cabeça enquanto se deitava no sofá, a fim fingir que nada daquilo havia, de fato, acontecido.

Morava sozinho; seus pais fingiam que ele havia morrido e não tinha amigos — nem mesmo no trabalho. Perdeu o interesse em tudo, inclusive no sexo, em beijar e de se envolver com as outras pessoas, porque ele se sentia o próprio saco de lixo, daqueles bem fedorentos e que todo mundo faz de tudo para se livrar o mais cedo possível.

Quando estava prestes a dormir, a campainha de seu apartamento tocou e ele obviamente fingiu estar morto para não atender, mas, assim que escutou alguma coisa fazer atrito com o chão de madeira, ele prontamente se levantou do sofá e caminhou até a porta.

Havia um bilhete colorido e com letras holográficas. Estranhou, mas resolveu ver do que se tratava:

“Você recebeu a invocação mágica do coelhinho Min Yoongi; holland lop, dois anos, pelagem negra, orelhas caídas. Ele realizará aquilo que você mais anseia... Ou o que mais precise. Feliz Páscoa.”

Jimin achou fofo o design da folha, era bem feito, mas foda-se, não se importava com aquilo. Deixou o papel na cozinha e retornou para a sala, onde voltou a se deitar no sofá e questionar o porquê ainda continuava vivo.

Ele não viu quando a hora passou, mas percebeu que havia dado meia noite quando o sino da igreja bateu e, assim, a movimentação nas ruas abaixo de seu prédio cessou. O feriado da páscoa havia começado.

Um barulho vindo de sua cozinha lhe deixou atento, tenso. Não tinha nenhum animal de estimação, muito menos um amigo para trazer ao seu apartamento, então, certamente, já estava achando que tinha um assassino mascarado na porra da sua casa.

Levantou-se do sofá e caminhou até o local de forma receosa e contida. Seus pernas tremiam e coração batia forte. Assim que acendeu a luz, viu um coelhinho preto no meio do lugar, comendo a cenoura que Jimin havia cortado e guardado na geladeira, que, a propósito, estava com a porta escancarada. Relaxou quase completamente, não cem por cento, porque não sabia como caralho aquele animal havia invadido a sua casa. Aquela não era uma região para coelhos, nunca foi, então não fazia o menor sentido.

Antes que pudesse esfriar os neurônios com aquilo e tentar não surtar, sua cabeça explodiu quando, magicamente, uma fumaça rosa tomou conta do ambiente, juntamente com um barulho baixo de sinos. Jimin não só gritou e correu para a sala, como também quase se cagou com o susto. Que caralho estava acontecendo?

Não tinha muitos lugares para se esconder no pequeno apartamento, então se contentou em ficar apenas agachado atrás da mesa de centro da sala.

Spoiler: a mesa era de vidro.

Quando pensou em reagir, todo o seu corpo pareceu travar e parar de funcionar assim que viu um outro homem –– um pouco mais baixo que si, com fios pretos e pele branca como neve –– sair de dentro da sua cozinha. Detalhe: ele tinha orelhas de coelho e estava nu!

que trazes para mim? ➛ yoonmin ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora