Capítulo 4

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Gaius tinha acabado de oferecer um copo de suco para o seu amigo Vitório, quando recebeu a mensagem de sua próxima cliente pelo celular.

-- Ivana está chegando. Às vezes eu me pergunto o que leva uma mulher a entregar a sua virgindade a um garoto de programa.

-- Talvez não tenha achado ninguém que a queira. Ou talvez possa ser muito tímida e isso acabado afastando os homens.

Vitório solveu um pouco do suco de laranja.

Deixou sem fazer barulho o copo na mesinha de centro. Gaius sabia que a marca do corpo ficaria no mogno, e ele detestava isso.

-- A virgindade de uma mulher é muito preciosa para ser entregue a qualquer um.

-- E nesse caso o qualquer um é você. – Disse Vitório dando uma risadinha. – Gaius, você é um sujeito romântico, admite!

-- Não sei. Sei lá. Estou ciente que esse tipo de vida que eu levo, não agrada a Deus. Vender o corpo não é bem, visto aos olhos de Deus. O que eu faço é prostituição... Mas, eu ganho bem...

-- Ganha bem mais do que eu que passo quase que a noite toda naquele restaurante.

Vitório era garçom.

Ele tinha vinte e cinco anos.

Era um rapaz magro, normal, não tinha o porte atlético de Gaius.

Era bonito e quase liso, com poucos pelos no corpo.

-- Vitório, recebe ela para mim.

-- Eu?

-- Vou lá dentro acabar de me arrumar.

O amigo deu um profundo suspiro, não gostando da idéia.

-- Pede para ela entrar e quando sair bate a porta.

Gaius parou por alguns momentos diante do espelho, em seu quarto.

Era dono de uma beleza máscula, inteligente e podia, estar fazendo outro tipo de coisa e não se prostituindo.

Nunca na vida namorou sério.

Algumas vezes pensou em se casar e ter filhos.

Mas ainda não havia aparecido nenhuma mulher para fazê-lo cometer tal loucura.

Sim. Casar era uma loucura.

Ele sorriu para a própria imagem.

Ele sempre se apresentava as suas clientes, com a camisa levemente aberta no peito, expondo os pelos negros.

Em relação à beleza, ao corpo, Deus tinha sido justo com ele.

Ele era um ótimo amante, sabia como dar prazer a uma mulher.

Realizava as suas fantasias e elas sempre voltavam.

Teve uma cliente que pediu para ser penetrada sobre uma moto.

Outra quis que ele a penetrasse, dentro de uma banheira cheia de espuma.

Outra apareceu usando máscara, pois não queria que ele visse o seu rosto.

Gaius lembrou que uma jovem o esperava na sala para ser desvirginada, por isso se afastou de frente ao espelho.


Era loucura!

Ali dentro daquela sala desconhecida, Kassaia pensou em ir embora e não fazer o que estava disposta a fazer.

Estava em uma casa desconhecida e faria sexo com um desconhecido.

Ela tinha certeza que não estava em seu juízo perfeito.

Ela até simpatizou com o rapaz que abriu a porta para ela, mas isso não comprovava que o garoto de programa era uma boa pessoa.

Ela já tinha lido tantas histórias macabras na internet e agora estava ela ali, na casa de um desconhecido.

E se ele não fosse nada o que havia divulgado naquele site da internet?

Foi então que Kassaia decidiu ir embora o mais rápido possível, mas antes que alcançasse a porta, a voz forte dele ecoou na sala.

-- Ivana!

Kassaia se virou e se viu diante de um dos mais belos homens que ela já tinha visto.

Pessoalmente ele era mais lindo.

Gaius também ficou surpreso ao fixar seus olhos em Kassaia.

E ela percebeu isso.

Kassaia imaginou que ele estivesse esperando uma Ivana magra, com corpo de modelo, como a verdadeira Ivana era.

De forma alguma que ele esperava por uma gordinha. Deduziu ela.

-- Cristiano... – Sua voz saiu trêmula.

-- Desculpe, mas eu não posso! – Ela percebeu que o rapaz havia ficado estranhamente alterado ao colocar os olhos nela. – Eu não posso atender você, você não sabe o que está fazendo...

-- Não quer se deitar com uma gorda, não é?

-- Não, não é isso, você está me entendendo mal. Você não é gorda, é gordinha e pode ter certeza que eu já me deitei com mulheres com o dobro de você... '

-- Mentira! Mentiroso! – Ela explodiu com lágrimas nos olhos.

-- Ivana, eu não tenho preconceito...

Ela se aproximou dele. O rosto bonito, bem diante dela, olhando para ela.

Ela abriu a bolsa.

Tirou todo o dinheiro que estava lá e jogou sobre ele!

Ele não se moveu.

Continuou imóvel feito uma estátua.

-- É dinheiro que você quer para me comer, então toma!


Somente degustação.

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⏰ Última atualização: Apr 23, 2019 ⏰

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