01

6.4K 368 799
                                    

E ali, naquela noite de sexta-feira, a lua estava mais brilhante do que nunca, iluminando toda a cidade de New York.

Eram nas sextas-feiras que Noah e Sina tinham o seu momento íntimo no quarto familiar da vasta casa dos Urrea. Era na sexta que tudo acontecia novamente: o carinho do toque dele na pele tão macia e desejada dela, os beijos quentes distribuídos pelo pescoço dele, e os tão insaciáveis beijos dados durante toda a noite.

De alguma forma, a garota loira de nacionalidade alemã cedia a todos os toques do americano, e sentia que seu corpo havia sido programado exclusivamente para os seus toques. Nunca sentira nada parecido com outro garoto e tinha a total convicção de que Noah era o seu único e verdadeiro amor. No entanto, Sina já estava cansada de ser apenas mais uma garota sem importância para Noah, e jurou para si mesma que mais uma vez, tentaria convencê-lo a tê-la só para ele, e caso a resposta fosse negativa novamente, desistiria dele de uma vez. Ela sabia que sairia machucada daquele "relacionamento", mas reconhecia que merecia ser mais do que a sua segunda opção.

Seus corpos se colidiam, e já cansados, ambos procuravam chegar ao ápice do prazer. Noah amava dormir com a alemã, e no fundo sabia que nenhuma garota o dava tanto prazer quanto Sina. Eles chegaram ao orgasmo juntos, e naquele momento prazeroso,  Noah gemeu o nome dela, demonstrando o seu imenso desejo pela alemã. Ele rolou para o lado, puxando-a para o seu colo e fazendo seu membro ir mais fundo nela.

Sina se inclinou para frente, sentindo seu corpo tremer. Sentia uma verdadeira satisfação em levar o homem que ela tanto amava ao delírio, mais uma vez.

O corpo dele foi junto ao dela, deitando lentamente no colchão molhado pelo suor do dois. Sina recostou sua cabeça no travesseiro, tentando controlar sua respiração descompassada, assim como a de Noah.

Ele inspirou pesadamente o ar para dentro dos pulmões e deixou-se cair ao lado dela na cama. Noah levou o braço ao rosto, cobrindo-o.

Aquela sensação só era sentida nas noites de sexta, logo, o americano contava os dias para reencontrar Sina e sentir mais uma vez aquele prazer que o consumia.

Sina o olhou e notou o seu peito subindo e descendo descontroladamente. Ela se sentou na cama e puxou o lençol para si, a fim de cobrir o seu corpo nú. Levou a cabeça de Noah ao seu colo e a pousou sobre suas pernas.

Ela riu ao vê-lo descobrir o rosto e segurar suas pernas, onde a cabeça dele estava deitada. Suspirou, contendo a felicidade em seu rosto. Ela amava satisfazê-lo tanto quanto o amava, mas não se permitiria viver daquele jeito. Sina queria tê-lo só para si, e não gostava da ideia de ter que dividí-lo com outras garotas.

Ela fez um carinho de leve na testa dele com a ponta dos seus dedos indicadores, deixando-os cair para o lado. Sina inclinou-se suavemente, e o beijou com todo o carinho que podia demonstrar.

— Eu te amo, Noah Urrea. — ela disse, contemplando os seus lindos e iluminados olhos verdes quase transparentes. — Noah?

— Hm? — ele murmurou, indicando que Sina deveria prosseguir com sua fala.

— Por que não assumimos um namoro? — questionou ela calmamente com um sorriso estampado nos lábios.

— Sina? — retorquiu Noah, abrindo os olhos lentamente. — Que tipo de brincadeira é essa?

— Eu não estou brincando. — protestou ela.

Noah começou a gargalhar, levantando-se do colo dela.

— O que é tão engraçado?

— Sina, você se acha tão importante para mim a ponto de ser minha namorada? — ele questionou, cínico.

— O que você quer dizer com isso? — a loira indagou, se recusando a acreditar no que ouvia.

— É simples: eu não te amo, só gosto de transar com você. — Sina engoliu em seco, se recusando a deixar as lágrimas correrem soltas pelo seu rosto na frente dele. — Não tinha ficado claro?

— Você é um hipócrita, egoísta, que se acha no direito de ferir os sentimentos dos outros. — gritou a loira, se levantando abruptamente da cama e trazendo consigo o lençol que cobria seu corpo.

— Se eu sou tudo isso, então o que você ainda faz aqui? — ele perguntou, estático.

— Me pergunto a mesma coisa. — respondeu ela, recolhendo os seus sapatos espalhados pelo chão do quarto, e os calçando, em seguida.

—  Aonde você vai? — Noah questiona, saindo da cama.

— Não sei, para algum lugar bem longe. — Sina disse, terminando de vestir sua lingerie.

— Você não vai a lugar nenhum. — falou ele, indo em direção à ela.

— É mesmo? E você vai fazer o que? Me obrigar a ficar? — ela vestiu seu casaco sobretudo por cima da lingerie e dirigindo-se á porta, guardou suas outras peças de roupa na bolsa de mão.

— Isso tudo porque eu disse que não quero ser seu namorado? — indagou ele, segurando com força o braço da alemã.

— Isso tudo porque você é um idiota que acha que pode me tratar como um brinquedo.  — retrucou ela, livrando-so do braço do americano. — Você vai se arrepender.

Noah permaneceu estático, vendo a garota alemã sair pela porta. Ele não fez questão de mover nenhum músculo, afinal, ele sabia que Sina voltaria, uma vez que ela o amava e nunca o deixaria na mão.

Passados alguns segundos, o americano virou-se contra a porta e pode ver, através da janela, a cabeleira loira da garota atravessando a rua. Ele levou as mãos ao vidro gélido da janela, incrédulo com o que acabara de ver. Jamais imaginaria que a alemã o deixaria. Quando a viu sumir pela rua escura, soltou um risinho provocante e deu de ombros, convicto de que no próximo dia que a encontrasse, seria procurado pela garota.

"Você vai se arrepender."

A frase dita por Sina voltava, sem parar, à cabeça de dele. Era como se, naquela noite, ele não pudesse se esquecer dela nem se quisesse.

——————————————————

créditos para @/LuaDnutella. o capítulo foi escrito totalmente inspirado no primeiro capitulo dela!

mistake • noartOnde histórias criam vida. Descubra agora