We'il Be The Stars

Desencantos, Desventuras, Desanimada!

* este capítulo pode e provavelmente será alterado com o tempo. Obrigado e boa leitura!

Em toda a minha vida como princesa vi pouco mais de coisas simplórias no entanto aprendi usando o termo em inglês 'all or nothing' que era tudo real. Tudo ou nada, ou você é um rebelde ou é a favor da coroa, a coroa neste caso, sou eu, ou sigo as regras, ou serei a primeira 'coroa' a se tornar rebelde.

Sempre fui fora do comum, regras talvez não fossem pra mim e mesmo sendo da realeza, eu talvez não tivesse tanto apoio das pessoas que eu amava, lógicamente que de alguma maneira eu tinha, porém quando se tem dois pais que estão dispostos a tudo pelo seu reino é dificil conciliar.

Os momentos em que a atenção deles era direcionada a mim, eram sem duvida fantasticos, acredite você ou não, reis e rainhas também tem senso de humor, o do meu pai é com certeza melhor que de minha mãe, mas não vem ao caso.

O motivo pelo qual estou aqui é porquê mais uma vez minha data preferida se aproximava, e em menos de duas semanas ou quase uma a familia, a familia real se juntaria para comemorar o natal, e não só ela como todo o reino.

Como sempre me considerei uma princesa diferente nada mais normal que, eu estivesse empolgada com a coisa, nunca me senti tão feliz pela comemoração e por futuramente me tornar a rainha de Corona.

O palácio por sua vez ja estava em perfeita harmonia, não só minha como de minha mãe , a rainha Amélia meu pai o rei Nataniel e todos os outros.

Se tinha uma coisa que me fazia não gostar tanto assim de ser princesa eram as proclamações, os problemas, as regras e toda essa coisa da realeza que provavelmente me traria infortúnios la na frente quando o dia de minha coroação chegasse ou antes.

E por mais expectativas que eu criasse, ainda sim elas conseguiam destruir os muros entre minha remota possibilidade de ser livre, e minha rebeldia.

A responsabilidade de ser a futura rainha era totalmente incomoda, porquê os problemas e desafios jamais parariam de aparecer, e eu com o maior sorriso no rosto teria que resolver cada um deles com uma calma e transparência que eu não acreditava ter.

As roupas são algo que tive que me acostumar, mesmo sendo nascida e criada no castelo. De vestido e sendo ou não princesa eu preferia com toda certeza meu All star, o conforto e a sensação de proximidade com o mundo fora do castelo para mim começavam ali.

Para meu desencanto fui tirada de meus devaneios sobre a realeza. Frederic estava a minha frente esperando pra que pudesse falar.
- Vossa alteza, sua majestade a rainha Amélia anseia por sua presença para o jantar.- Disse ele, com um breve sorriso em seus lábios, me tirando de meus pensamentos de vez.

-Agradeço ao aviso, peço que a avise que eu não pretendo demorar aqui e ja vou.- Ele que permanecia no mesmo lugar com suas mãos exatamente cordenadas a frente do corpo se virou e saiu de maneira rápida pela porta de madeira escura.

Eu que estava em frente a minha penteadeira com um vestido azul sem mangas e cotovelos apoiados na mesma. Segui em direção a porta e sai, dando de cara com um corredor imenso e vazio, pelo qual percorri ate a escada central, por onde desci a passo lentos para que não caisse mais uma vez, por um vislumbre, depois de descer as escadas decidi correr sabendo que minha mãe odeia atrasos, e tropeçando naquelas malditas sapatilhas desconfortáveis quase caindo no chão outra vez.
Fazendo Rosa, uma de nossas cozinheiras que carregava uma bacia, segurar o riso, chegando em frente a porta que por sua vez em nosso grande palácio dava para a sala de jantar, respirei fundo antes de entrar e empurrei a porta.

Encontrando quatro pares de olhos sobre mim, e uma grande mesa de carvalho cheia dos mais variados tipos de comida.
- Que bom que veio querida, estava falando com seu pai e ja que sabemos que adora o natal e tudo o que ele representa a nós e a Corona temos uma noticia- Ela fez uma pausa e eu segui para a mesa.

- Convidamos o rei e a rainha de DunBroch, juntamente dos principes Tobias e Charles, para que passem o natal conosco. Ela disse animada.
Tudo bem, eu esperava de tudo menos isto esta é minha data comemorativa favorita, eu esperava ter minha familia e nada mais, me recompus e observei pelo canto do olho.

- Acredito que tenha acabado de estragar o encanto do natal mamãe, não acho que seja uma boa idéia ou tão pouco agradável passar uma data comemorativa de dada importância com outras pessoas, gosto de que seja algo nosso não com visitas que eu nem sequer conheço ou aprecio a presença se querer ser mal educada.

- Além de possiveis conversas constrangedoras que fogem do meu controle. - Me levantei da mesa vendo o olhar de minha mãe se arregalar levemente então ela se levantou e disse.

- Peço agora que se sente novamente, isto la são modos de uma futura rainha - Ela suspirou e se sentou novamente, e voltando a se sentar e me encarar, novamente se pronunciou.

- Ora querida, pare de bobeiras, será um ótimo natal com certeza será até melhor do que os anteriores, e veja pelo lado bom terás a companhia do principe Tobias, não sera tempo perdido.- ela passou sua mão por seu vestido turquesa e encarou meu pai que encarava a comida - entao ela se voltou a mim esperando minha resposta:

- Não, não, não mamãe, mesmo que não esteja "sozinha" não desejarei jamais sair do quarto com visitas, o natal é importante demais pra mim para que eu o gaste com estas desventuras.- Eu jamais deixaria que tudo desse errado sempre fui a favor de fazer tudo da maneira certa mas eu nao pretendia abrir mao do meu dia favorito.

-Tu Lavinia vais aceitar minha decisão, e se não decer por aquelas grandes escadas podera esquecer os proximos natais e ate quem sabe as outras festas.- disse em tom alto e confiante, meu pai que se concentrava em observar sua comida a observou e logo em seguida seguiu o olhar até pairalo sobre mim.

-Minha querida entenda, vai ser bom que tu tenhas companhia, passa tempo de mais focada em seus afazeres e logo seu reinado se iniciará, sempre que a vemos esta presa a algum afazer ou um livro da bibilioteca do palácio.- ele me olhou como se quisesse que eu realmente entendesse, então eu assenti, me levantei e segui em direção ao meu quarto, ouvindo breves murmurios, provavelmente da desaprovação de minha mãe.
Vai ser só uma vez, vai ser so uma vez vai ser so uma vez. repeti para mim mesma, deitei em minha cama logo que cheguei ao quarto, e observando o teto de meu quarto que era cheio de pequenas e grandes estrelas me vi ser tentada a pegar no sono.