A Pérola no mar dos corações

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Nasci na escuridão

Mas uma trilha de palavras

Palavras luminosas eu encontrei

E segui.


Elas foram a chave

Para a prisão de meus

Sentimentos

Para os desejos incompreensíveis

De minha alma.


Como eu poderia saber

O que queria, quando de nada

Sabia?


E não havia ou haveria um

Um sequer semelhante a mim

Que pudesse me esclarecer

Que pudesse me dizer

Ou mesmo mostrar


Porque sendo semelhantes a mim

Também estavam a procurar

Se distrair e a batalhar com suas próprias

batalhas.


Mas, eu não queria nada além de saber:

O que é esse desejo de viver?

O que é esse "mais" que salta do horizonte

E no meu coração, grita?


O que é essa voz que insiste em me mostrar

O que os semelhantes a mim nunca ouviram

Entenderam ou viram, mas que muito mais que ousa,

deseja se apresentar?


Esqueça o ódio.

Esqueça a dúvida.

Esqueça o pranto e a injustiça.

Esqueça o que tiver que esquecer.


Resplandeça-se o amor.

Somente a Ele se digna o louvor, a atenção e o clamor.

Por que quando no caminho,

todos se perderam, e ao amor todos esqueceram


A verdade permaneceu, exortando:

O amor não esquece, não envelhece.

E sempre se compadece.

O amor é paciente.


É a única ciência digna,

a pérola, o mar e todas as coisas.


Se permitido for, põe


No coração dos perdidos

O caminho certo,

Como pois, se perderão outra vez?


De certo que não.

YHWHWhere stories live. Discover now