capítulo 04

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Assim que Ucker saiu, fechei a porta, peguei a garrafa de whisky  que ele estava tomando e joguei contra parede. Logo as lágrimas tomaram conta de mim e cai no chão de joelhos chorando, não podia acreditar nas coisas que havia escutado, Ucker nunca me amou. Agora tudo fazia sentido, ele havia me dito que estava com os bens congelados por que alguns parentes queriam sua herança, mais era tudo mentira e caí feito uma tola.

- Eu vou me vingar. Sem dúvida eu vou me vingar de você Christopher. Vai se arrepender do dia que cruzou meu caminho.

Dulce

- Boa tarde amore, como foi na entrevista?

- Acho que bem. Espero que me chamem logo.

- Vão sim. Que tal alugarmos um filme?

- Ia ser ótimo. “ Chris falou animado e sorri, ele estava sendo um ótimo amigo”.

- E você nem me contou como foi ver o Poncho na festa.

- Ai Chris, o que quer que eu diga? Foi horrível vê-lo com aquela outra mulher.

- Eu imagino. E de Ucker e a Annie, o que achou?

- olha apesar de tudo, eu preciso assumir, que eles formam um casal tão lindo!

- Eu também achei. Apesar de sabermos a verdade sobre o real motivo de ele estar com ela, mas ele parece um homem apaixonado, porque amor quando é de verdade, não tem como esconder.

- Sim, mais quando eu o confrontei, ele jurou que a amava. “ me joguei no sofá exausta”.

-  Eu espero que seja verdade, porque apesar de tudo não desejo mal a ela, a adoro.

- sim eu também.

- E a verdade é que Ucker é como um irmão pra mim. Ele sempre foi um escroto com todos, mas sempre me apoiava para que eu revelasse minha homosexualidade.

- Eu sinto muito, talvez devesse falar com ele.

- talvez.

…..

Ucker

Annie decidiu ficar no hospital então vim pra casa, quando me despedi ela parecia fria e pensei se ela havia escutado a conversa entre meu pai e eu, mais é claro que se ela tivesse ouvido já teria armado um escândalo. Quando acordei fui para a empresa, porém para minha surpresa Carlos estava em minha sala.

- O que faz aqui?

- O que faço aqui. “ Ele apontou pro lado e vi Annie sentada, porém na hora ela levantou”.

- Oi meu amor!

- Annie achei que estava no hospital.

- Bom eu precisava resolver alguns assuntos, um desses assuntos é que Carlos, vai ser o novo presidente, meu pai e eu decidimos reconsiderar nosso voto.

- Por que está fazendo isso? “Perguntei confuso. Carlos devia ter contado sobre minha situação e ela estava furiosa”.

- Amor eu jamais devia ter te metido nisso tudo, você anda cansado e a verdade é que meu pai me dá dinheiro suficiente, para que não precisemos trabalhar, sua obrigação é apenas me fazer feliz!

- Annie eu sou seu marido, não um bonequinho que seu pai pode comprar pra te distrair.

- Ninguém comprou você, eu só estou dizendo que eu posso sustentar nossa casa, enquanto você aproveita amor. “Ela se aproximou e tocou meu rosto, mas ao invés de carinho senti algo ruim, eu estava possesso, ela estava me humilhando, como se eu Não tivesse condições de manter minha família”. - Bom amor eu quero fazer compras vamos? “ não respondi”. - Ucker vamos.

- Eu já vou. “Annie saiu e me aproximei de Carlos”.

- Foi você não foi? “Olhei para Carlos”.

- Ai que se engana, não falei nada a ela, sobre sua situação, mas Você sabe que até parece, que ela sabe que te COMPROU.

- Ela não me comprou.

-Bom quem sustenta sua casa é sua mulher, então é bom você ir lá agradar ela. “Ele falou irônico e sai dali. Quando cheguei ao estacionamento meu carro estava sendo guinchado”.

- Annie por que não fez nada?

- Amor eu vendi seu carro.

- Por que?

- Porque agora sempre vamos sair juntinhos. “Ela me deu um selinho e apertou minhas bochechas, tinha que me conter de tanta raiva. Passamos a manhã toda fazendo compras e minha cabeça a mil, teria ela descoberto algo, ou apenas ela estava sendo a garotinha mimada de sempre, talvez agora ao sentir que poderia perder o pai estivesse agindo assim. Talvez fosse isso, decidi tentar ficar tranquilo e falar com ela em casa. Chegamos e fui tomar um banho. Quando sai do banho, Annie estava se arrumando pronta pra sair novamente”.

- vai ao hospital?

- Não, vou ao clube com alguns amigos.

- E eu o que vou fazer? me queria em casa ao seu lado e agora isso?

- Se quiser pode ir, mas prefiro que fique lindo, que te levo pra jantar a noite.

- Annie vem senta aqui. “A puxei  fazendo-a sentar na cama e fiquei de frente pra ela”. -Eu não sei o que está acontecendo com você, sei que você está preocupada com seu pai, que deve estar assustada, mas Annie eu sou seu marido, Te Amo, eu não vou te abandonar, jamais, nem mesmo você bancando uma garotinha, chata e mimada, porque eu sei a garota doce, meiga e divertida que você é amor. Amor eu só te peço que não deixei nenhuma bobagem nos afastar, porque eu não suportaria ficar longe de você. “Eu estava olhando em seus olhos e por um instante seu olhar voltou a ser o que era. A beijei e mesmo não correspondendo no início ela cedeu ao beijo”.

Entre Verdades e MentirasOnde histórias criam vida. Descubra agora