Prólogo

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sina maria deinert; 25 de agosto de 2013

— Obrigada por sempre estar comigo. — Observei os traços doces de Heyoon e deixei uma lágrima cair. Me encolhi em seus braços e deixei-a me abraçar.

— Estarei sempre aqui por você. Eu te amo, Sina Deinert.

— E-Eu também te amo. — Sorri fraco.

— Vamos superar isso... — Ela entrelaçou nossos dedos. — Juntas.

Fechei meus olhos, esperando que tudo o que tinha acontecido fosse apenas um sonho ruim, e que a qualquer momento eu iria acordar. Mas no fundo eu sabia que não era. Eu nunca imaginei que minha mãe partiria tão cedo, ainda mais por minha causa. Ela era tudo pra mim, meu porto seguro.

Sou extremamente grata por Heyoon estar me amparando neste momento, não consigo imaginar o que seria de mim sem ela ao meu lado. Tudo está sendo muito difícil, ainda mais por estar distante do meu pai e das minhas irmãzinhas, Joalin e Sofya. Eles se mudaram para West Virginia, a cidade natal dos meus pais, mas eu permaneci na California para seguir com meus sonhos.

31 de agosto de 2013

— Sina! — As crianças gritaram em coro, animadas, rapidamente vieram me dar um forte abraço.

— Sentimos sua falta. — Joalin falou, olhando para a caçula.

— Também senti saudades, muita. — Toquei a ponta do nariz delas como sempre fazia e elas riram.

— Você pode preparar aquele bolo delicioso de chocolate? — Os olhos de Sofya brilhavam só de falar.

— Hm... Mais tarde, ok? — Ela balançou a cabeça positivamente. — Por que não vão brincar lá fora? Vou conversar com o papai, depois eu acompanho vocês! — Elas sorriram e foram correndo para o quintal.

— Sina.

— Pai. — Me aproximei dele, o abraçando. — Como você está?

— Mal. Está sendo... difícil, muito difícil. — Falou sem me encarar. Permaneci em silêncio.

— Você me acha culpada?

— O que? N-Não, você não... teve culpa. — Respirou fundo. Eu conseguia imaginar como ele estava se sentindo.

— E as meninas?

— Acho que elas ainda não se deram conta de tudo que aconteceu. — Ele suspirou, encarando o piso.

— E você tentou explicar para elas?

— Não, eu não conseguiria. — Ele não conseguia me encarar, tentava segurar todas suas lágrimas, e claramente falhava.

— Eu entendo o seu lado, mas... — Respirei fundo. — Eu vou te dar um tempo. Mas eu nunca vou te abandonar, Pai. — Ele levantou a cabeça, seu rosto estava molhado com lágrimas, e eu o abracei fortemente, consequentemente chorando.

sina maria deinert; alguns anos depois

— Por Deus, Hidalgo, já conversamos sobre entrar no meu escritório sem pedir permissão! — Me estressei com a minha estagiária pela décima vez nos ia. Um dia estressante, inúmeras papeladas para assinar já que agora estou prestes a lançar uma filial internacional.

destiny | heyna Onde histórias criam vida. Descubra agora