Recém casados! [part.3]

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— Sem chance, tampinha! -protestou Mazekeen-

— Imagina... A Maze e eu... -Dan ri nervoso tentando fugir do olhar de fuzilamento de Maze- Melhor eu... Comer os meus waffles... Vocês não vem? O café da manhã está na mesa e vocês sabem o que dizem!

— O café da manhã é a refeição mais importante do dia. -falaram as duas juntas sem ânimo nenhum e foram pra mesa-

— É assim que se fala! -forçando uma animação a ver se alegra as meninas-

     Os três sentam-se à mesa e começam a comer. Daniel, de fato era um bom dono de casa quando não estava a serviço da polícia e um bom pai. Mas, Maze sabia como o perturbar pra se livrar dele rapidinho. Por debaixo da mesa de refeições ela começou a roçar o pé por entre as pernas dele que ficou todo sem jeito e se levantou bruscamente.

— Vamos filha? A escola não pode esperar!

— Mas eu ainda não terminei meus waffles, papai.

— Termina no caminho. Agora vamos que eu quero passar pela delegacia e ver se um caso que estou acompanhando teve andamento na minha ausência ou se temos algum caso novo. Vai logo pegar suas coisas, meu amor...

     Trixie pegou a mochila no quarto enquanto os "adultos" conversavam na cozinha.

— O que foi isso, Maze? Eu achei que...

— Calado, Dan!

— Olha aqui, você não me manda calar a boca...

— Me escuta seu idiota. Eu precisava que desse um jeito da pirralha sair daqui pra te contar uma coisa.

— Ah é? E que coisa seria essa? Eu posso saber?

— Recebi uma ligação hoje mais cedo. Os nossos recém-casados estão no hospital.

— O que aconteceu com a Chloe e o Lucifer?

— Com eles até o momento nada.

— Então?

— Sabe a irmãzinha do Lucifer? A que a Ella e a sua filha tanto gostam? Aparentemente ela bebeu muito e entrou em coma alcoólico. Agora finge que não te disse nada... -percebe a Trixie se aproximando- Pronta pra mais um dia chato na escola, pirralha?

— Para a batalha? Sempre pronta! Mas do que estavam falando?

— Nós? Ahm... -Dan ficou sem jeito, mas Maze estava com a resposta na ponta da língua-

— No seu presente de aniversário. Que a gente não vai dizer o que é pra não estragar a surpresa. Não é, Dan?

— Mas é claro! E agora vamos que essa casa de praia é longe da sua escola e não podemos chegar atrasados...

***

— Você sabe que aquilo foi uma fuga da realidade, não sabe? Porque é o que ele faz em situações assim...

— É Linda.. Eu sei.

     Lucifer retorna.

— E então Chloe? Vamos voltar ao nossa caso? Afinal, a polícia de los Angeles precisa de nós! E desta vez, eu dirijo! -tira as chaves do bolso da calça da esposa e sai andando-

— Viu o que eu te disse, Chloe? Vai atrás dele que eu vou ver a Azrael.

— Tá. Obrigada, Linda. Por tudo mesmo...

— Vai lá. Ele precisa de você.

     Chloe apressou os passos e alcançou Lucifer antes dele chegar na recepção do hospital e ambos foram em silêncio até o carro dele. Depois que ambos colocaram o cinto ele arrancou o carro. O trajeto de retorno até a cena do crime que a LAPD estava a investigar horas mais cedo parecia mais longo devido ao silêncio instaurado.

— Você sabe que pode conversar comigo sobre isso, não sabe?

— Sei Chloe, mas não quero tocar no assunto se não se importa. Eu apenas preciso ver uma coisa assim que te deixar de volta ao trabalho... -ele permanecia sério, como se sua mente estivesse a trabalhar a mil por hora-

— Como assim? Não vamos pra minha casa? Sei lá... Podíamos preparar o quarto da Trixie pra quando sua irmã sair do hospital. Acho que vai ser bom pra variar a Trixie não ter uma colega de quarto que seja atiradora de facas.

— A minha irmãzinha é um bocado infantil quando quer. Acredite em mim, a Maze ainda continua sendo melhor escolha... Mas que droga! -o carro pára após atropelar alguém-

— Minha nossa, Lucifer! Será que ele está bem?

— Não sei, mas espero que sim.

   Quando eles descem do carro a ver se o homem estavam bem, aparecem policiais para o prender. Ao atropelado, não o Lucifer.

— Parabéns senhor Lucifer Morning Star! O senhor pegou o nosso suspeito! -disse o policial-

— Suspeito? Não vai me dizer que ele é o suspeito do assassinato dos Downson. -Chloe tentando entender a situação-

— Sim... Ele estava num dos cômodos da cena do crime. E quando o questionamos, ele fugiu. -esclareceu o policial-

    O homem vestia trapos e parecia não comer há dias. Lucifer mantinha um sorrisinho de vitória, porque era um daqueles casos em que ele pegava o "bandido" por acidente. E ele adorava punir os culpados. Era a diversão dele já que agora não era mais uma obrigação tal qual era no inferno. 

— Já o identificaram? Sabem de onde ele saiu? -indagou Lucifer-

— Ainda não, senhor. -disse o policial que mantinha o preso algemado enquanto os colegas da LAPD se aproximavam-

— Hum... Vejamos...

— Lucifer, o que vai fazer?

— Calma, minha adorada esposa... Apenas umas perguntinhas. Diga-me, qual o seu nome, homem?

    O homem não respondeu. Então Lucifer ergueu seu queixo para o olhar nos olhos. Ele não era de ter paciência, então o intimidou com seu olhar de diabo de uma forma controlada, até porque haviam humanos além da Chloe por perto.

— Eu perguntei, qual o seu nome.

— Gabriel. Mas será que também devo mostrar minhas asas?

    Os olhos de Gabriel brilhavam num tom azul celeste tal qual os olhos de Lucifer ardiam em chamas. Mas isso fez o diabo voltar ao tom normal. Ele estava surpreso. Tinha se dado conta que a sua frente havia um anjo, porém não o reconhecia. E até onde sabia, aquele não tinha como ser seu irmão Gabriel.

— Impossível! -Lucifer se afastou surpreso-

— Oficial Clarence, é melhor levar o suspeito. Fizeram um bom trabalho policiais! -disse Chloe encorajando os novatos e sem entender o que havia acabado de acontecer-

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