Meu Mundo

Capítulo 22 - Reencontro

Seis longos meses se passaram, até que eu resolvi ir atrás da Bella. Eu não sabia onde ela estava, mas procuraria em cada canto da cidade.

    Apenas troquei de roupa, peguei as chaves do carro e saí de casa. Comecei pelo centro da cidade, andei de carro por tudo. Então decidi estacionar e ir de a pé, após quinze minutos andando eu passei em frente a uma loja de roupas e achei que pudesse ter visto uma mulher muito parecida com Bella, mas ela estava grávida. Mesmo assim eu entrei na loja pra ter certeza.

     - Posso ajudar? - Me perguntou uma moça.

     Eu não a respondi pois quanto mais eu me aproximava, mais eu percebia que estava certo e que aquela mulher grávida era a Bella.

     - Bella?! - Minha voz saiu mais alto do que eu queria.

   Ela se virou repentinamente, por reconhecer minha voz eu acho.

    - O que você está fazendo aqui Nathan? - Ela perguntou indignada.

    - Eu estava te procurando. Você está grávida?!

     - Não, Nathan. Eu engoli um melão.

      - De quantos meses? - Eu ainda estava surpreso com aquilo.

     - Seis meses. - Seu tom de voz era baixo.

     - Mas nós... - Eu parei no meio da frase e fiquei pensando. - Fazem seis meses que nós nos separamos. Você me traiu Bella?! - Dessa vez eu disse as palavras gritando.

    - Você é um idiota mesmo. Vai embora, por favor. - Ela disse se virando.

    - Me responde Bella. - Eu disse segurando em seu braço para que ela se virasse.

    - Algum problema aqui? - Um cara alto disse me olhando.

    - Não. Ele já está indo embora. - Bella respondeu.

     Eu soltei o braço dela e saí da loja, mas não iria desistir, eu iria voltar mais tarde.

    Eu fui pra casa, tomei um banho fiz a barba e voltei pra loja, mas dessa vez eu esperei que Bella saísse.

Após algumas horas esperando a loja fechou e Bella saiu. Eu ouvi ela se despedindo das outras moças que trabalhavam lá e foi andando sozinha até que eu a parei.

    - Bella espera. Precisamos conversar. - Eu disse com a mão em seu ombro.

    Ela parou e me olhou assustada.

    - O que você quer Nathan. Você já tirou suas próprias conclusões. - Tirou minha mão de seu ombro com uma certa força e começou a andar.

    - Me desculpa Bella, eu me sinto perdido. Eu não queria te acusar de nada. - Eu disse a seguindo.

    - Nathan me esquece.

     - Não dá. Eu simplesmente não consigo. Eu preciso de você na minha vida. E você está grávida, e eu sei que é meu filho.

     - De repente você sabe que o filho é seu? Até pouco tempo atrás você estava na dúvida. - Ela parou e me encarou. - Você não me merece Nathan. Vai embora e deixa eu viver minha vida em paz.

   - Eu não vou te deixar de novo. Eu sou um idiota, eu sei. Mas eu quero me redimir, por favor. Volta pra casa comigo, deixa eu cuidar de você de verdade dessa vez. - Eu segurei sua mão, olhando nos olhos dela.

   - Eu não sei se você é capaz disso, Nathan. Eu preciso pensar. - Ela disse tirando a sua mão da minha. - Tchau. - Seu tom era seco. Ela saiu andando e eu fiquei olhando e me lembrei daquele dia, à seis meses atrás, que ela foi embora, e do quanto me  arrependi por não ter impedido ela de ir embora.

   Então eu saí correndo até a alcançar, segurei seu braço parando em sua frente e olhei em seus olhos.

    - Eu nunca amei ninguém como eu amo você, Bella. Desde a primeira vez que te vi minha intenção foi ficar com você e te ter pra sempre comigo. Eu tenho agido como um completo imbecil nos últimos meses, mas eu sei que sou capaz de cuidar de você e do nosso filho. Me perdoa se eu perdi a cabeça e disse coisas que não eram verdade. Fica comigo e eu vou te provar o quanto sou capaz de te fazer feliz. - Eu pude notar que seu olhar havia mudado.

    Ela me abraçou e eu retribui seu abraço. Era tão bom sentir ela nos meus braços novamente, era como se eu tivesse acordado de um coma.

    - Eu amo você seu louco. - Ela disse e me beijou logo em seguida.

    - Eu amo você, Bella.  Nunca mais vou deixar você ir embora. - Eu disse ao fim do beijo segurando seu rosto.

    Nós voltamos pra casa, aliás, para a nossa casa. E novamente eu pude respirar aliviado.