2 - 0;; familiar.

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algumas coisas aqui podem ser pesadas para algumas pessoas, então apenas leia se você estiver confortável.

Mark poderia facilmente descrever os piores momentos de sua vida, poderia dizer facilmente que agora era um deles. O frio machucava sua pele mas não iria correr o risco de voltar para dentro e acordar sua mãe. A casa de Jaemin era distante. No fim da cidade, quase no meio do nada, porém havia alguns vizinhos arruaceiros e algumas velhinhas tagarelas que ficavam ali observando tudo que acontecia, porém caladas demais para contar a alguém que não fossem as outras moradoras dali. Era um bairro obscuro, mas era o que a família Na podia pagar, ou melhor, era o que Jaemin e o irmão mais velho poderiam pagar.

Chegar lá fora cansativo. O Lee sentia o suor escorrer por sua testa e costas enquanto as pernas formigavam, provavelmente por não estar acostumado a sair de sua casa.

As luzes da casa a sua frente estavam ligadas. Seu coração parecia se acelerar, como iria dizer ao seu melhor que ele era um assassino? E se estivesse errado?

O quintal estava revirado, como se estivessem preparando terreno para uma plantação. E se estivessem cavando covas?

O garoto respirou fundo e passou por o jardim frontal, bateu duas vezes na porta e viu que estava destrancada. A sala estava iluminada, e era perceptível o quão bagunçado tudo ali estava. Jaemin costumava cuidar da casa enquanto o irmão trabalhava, porém parecia que o furacão Katrina havia passado por ali.

- Jaemin? - Disse, com a voz trêmula.

Andou um pouco mais a frente e o chamou novamente. Ao chegar ao pé das escadas, pode sentir um cheiro horrivel. Era com toda certeza terrível e sufocante o bastante para fazer o garoto voltar atrás, sentiu seu estômago embrulhar com o odor e teve certeza que colocaria tudo para fora. Sabia que havia um banheiro ali, então voltou até o mesmo, mas se arrependeu quando abriu a porta do mesmo. Estava sujo e a banheira estava cheia com água com alguém na mesma. Onde deveriam haver mãos, eram apenas sangue e ossos, e os pés estavam igualmente cortados fora, as mãos flutuavam na água vermelha e os pés estavam ao lado da banheira, o tronco da pessoa estava comum, mas o rosto estava desfigurado, e os cabelos pareciam ter sido arrancados da pior maneira possível. Ele não era o melhor quando se tratava de anatomia, mas o nariz de alguém com toda certeza não se localiza onde o do cadáver estava.

Mark vomitou no chão naquele exato momento, sua garganta parecia prender o grito, enquanto todo seu corpo começava a tremer e a soar frio.

- Mark? O que está fazendo aqui? - O garoto saiu da cozinha com uma faca em mãos.

O rosto de Jaemin estava diferente. Ele estava diferente. Lágrimas caiam incessantemente de seus olhos enquanto o mesmo parecia tremer tanto quanto o canadense.

- Você não deveria estar aqui! Corra! Você precisa correr! - O Na começou a se aproximar enquanto o Lee se afastava aterrorizado. - Por quê Donghyuck não lhe impediu? Céus! Vá embora, por favor! Corra! O mais rápido que puder! Por favor!

Mais lágrimas, e agora soluços atrapalhavam a fala do menino. O mesmo se agachou e colocou as mãos envolta da cabeça, a ponta da faca machucava a perna daquele mas não parecia se importar com isso.

- Mas ele acabou de chegar, Nana! Seria falta de educação o deixar ir assim não é?

Uma voz desconhecida mas familiar soou na sala. Alguém estava descendo as escadas.

- O porão está fedendo, será se Jeno já entrou em decomposição? Você o matou não é, Nana?

Mark reconhecia aquela voz de algum lugar e apenas concluiu aquilo quando viu o rosto daquele que dividia o cômodo com eles. Como pode esquecer do garoto que apresentava os trabalhos de química para si?

stranger | MARKHYUCKOnde histórias criam vida. Descubra agora