A Princesa. - Saga Feiticeiros.

CAPITULO 1:

Segunda, 13 de 1822.

É assustador ser o que sou. Uma mulher - princesa ser específica - com magia no corpo que me possibilita movimentar objetos, viajar no tempo e controlar os 4 elementos do universo - até onde eu sei.
  Isso não é a pior coisa...A maldição que nasceu comigo é bem simples e a pior. A de seduzir ao sexo oposto sem esforço algum.
  Essa é a minha maldição desde pequena.

_Você irá viajar Diana, e levará a guarda real e soldados com você, essas são as minhas ordem é não a outra alternativa._Meu pai diz, antes de sumir pelos imensos corredores da sala principal.

  Olho para os soldados me sentindo culpada pelo olhar encantado.
Fico quieta, apenas pensando em algo que pudesse amenizar essa sensação e os pensamentos.

Comprimento os homens e agradeço por me escoltarem.

_É uma honra escoltar tão bela princesa._diz um dos guardas me olhando.

Naquele milésimo de segundo eu pude ver que não poderia fugir. Nunca pude.

  Andei até sair da sala.

  Minha vida inteira foi dentro das redondezas da grandes paredes do Castelo, cercada de acompanhantes e serviçais, uma verdadeira vida de princesa.
    A sensação de solidão não assolava apenas a mim, mas todos no castelo.

  Eu tinha uma irmã mais velha que logo se tornaria Rainha, e "eu poderia escolher" o que eu quisesse para a minha vida estranha..pelo menos o possível, mas também não éramos só nos duas..

   Chego no meu quarto, fecho a porta antes que alguém entre a fora e desabo a chorar.

A minha viagem seria a mais rápida possível, para um lugar distante do Castelo, sem ter pessoas que saiba quem sou ou quem fui, apenas para minha irmã ter um marido sem a irmã para seduzi lo. Também havia outro motivo.
O motivo que me fazia chorar todas as noites. Meu irmão havia caído nos encantos de minha maldição.
  O príncipe estava apaixonado pela própria irmã.

As lágrimas escorrem enquanto me sento na cama, caindo nas minhas mãos morenas e delicadas.
  Me sentia uma estranha dentro do Castelo ao me olhar no espelho. Procurava características da família que nunca acharia.

Meu irmão era loiro como nossa mãe, olhos claros como a grama igual nosso pai e alto e escultura como nosso avó.
  Minha irmã era nossa mãe em juventude, com os cabelos compridos, lisos,  olhos azuis como mar e um sorriso pequeno, enquanto a mim não avia com quem comparar.
  Olhos negros como a noite, assim como os cabelos que eram encaracolados e rebeldes, pele levemente escurecida como um caramelo. Não havia comparação.

Uma estranha.

Uma estranha que havia seduzido o próprio irmão.

Batem na porta, me assustando  e tirando dos meus pensamentos me levando a abri lá.
  Cassandra estava ali. Uma das guardas reais e minha grande amiga. Cassandra tinha os cabelos cinzas, pois uma bruxa avia jogado uma praga quando pequena, e ter sobrevivido fez o seu cabelo ficar completamente cinza.
Seus olhos era de um castanho azulado que me fazia me perder durante horas e me sentir acolhida e confortável. Ela me entendia mais que qualquer um nesse castelo.

_Está pronta?_ela diz olhando para mim depois para trás de mim e para mim novamente.

Seus olhos eram acolhedores e compreensivos. Como sempre.

_Esta chorando não estava? Enchugue essas lágrimas pois isso não é sua culpa. Vamos._Diz indo pelo corredor.

Empregadas entram no meu quarto pegando as minhas coisas e levando porta a fora. Pego meu Sobretudo, o colocando e Caminho até a saida.

Todos os guardas estavam a espera e novamente me sinto culpada por aquilo.

_Você vai ficar bem, estarei com você a viagem inteira e tudo se acertara.._diz Cass, abrindo a carruagem.

Entro quieta e silenciosa e encontro um soldado lá dentro. Me assusto, mas continuo onde estou.

_Ele está aí por segurança._Ela diz e vendo que não esbolcei expressão, apenas suspirou e fechou a porta.

Ninguém da minha familia estava presente para a despedida, e quando os cavalos começaram a andar, eu pude observar, enquanto o meu antigo mundo ficava para trás e uma nova vida estava prestes a começar.