A Princesa. - Saga Feiticeiros.

2.

A viagem até o lugar seguro estava sendo calmo e quieto, e eu não poderia reclamar de qualquer coisa.
  Ela parecia não ter fim em nenhum momento e me sentia sufocar ao lado desse guarda.

_Princesa você está bem?_Diz se aproximando e tocando meu braço sobre a capa negra desbotada de tanto uso.

_Pare._sussuro.

Ele me olha com as sobrancelhas franzidas.

_Não entendi linda.

_PARE!_Digo quase em um grito fazendo a carruagem parar.

Cassandra aparece pela janela e me olha, depois lança o olhar para a mão do guarda no meu braço e o fuzila com o olhar.

_Guarda Robert._diz com a voz como um trovão. O guarda pula batendo continência retirando a mão.

Mas a sensação de falta de ar continua.

_Abra a porta para a Princesa._diz com os traços sérios.
Assim que a porta e aberta eu saio dali como se a carruagem pegasse fogo.

Tento recuperar o fôlego mas parece ser impossível. O mundo parece me sufocar como se tudo fosse água e eu estivesse me afogando.

Minhas mãos começam a formigas e sinto a quentura típica de perder o controle.

_Diana._Diz Cassandra com o tom de preocupação.

Sua voz parece está abafada e flutuar na minha mente como algo vago. Tento assimilar o que ela está falando mas parece não ter importância.

Tudo parecia ser minha culpa. Meu irmão. Minha irmã. Minha família...todos eles estavam assim por minha causa e pelo simples fato de existir.

Meus olhos se fecham voluntariamente e sinto a quentura se espalhar pelo resto do corpo e me imagino longe de tudo isso..da minha família e do Reino que estávamos.

_DIANA!

Nesse momento meus olhos se abrem, e vejo tudo começar a descer como se estivessem flutuando a pouco tempo.

A olho sem entender.

Seus olhos estavam assustados e ela olha para os lados como se tentasse se encontrar.

Faço o mesmo.

A paisagem estava diferente. Não estávamos mais em um campo, mas sim em uma estrada de terra, que a frente dava para uma pequena vila que não se via muito por conta da escuridão da noite.

Começo a me desesperar.

_Eu fiz de novo não fiz?_sinto meus olhos marejar e ela vem até mim.

_Respire. Você não tem culpa. Esta se sentindo pressionada e a viagem a cansou e deixou o seu emocional aflorando..e pelo que vi.._ela diz olhando em volta._Você nos trouxe até o vilarejo em 2 minutos._fala com um pequeno sorriso solidário.

Me encolho.

_Me desculpe._digo e ela nega e pede para voltar a carruagem e diz a todos os homens - que estavam todos assustados - se colocarem em suas posições e terminar a viagem.

Me sento na carruagem e assim fico até chegarmos ao vilarejo.

********

A carruagem andou até o final do vilarejo em uma casa que parecia antiga, mas que a luz do sol deveria ser linda.

Paramos e me ajeito o máximo que posso para dar uma boa impressão mesmo sabendo que devo estar perfeita nas roupas que estava.

Cassandra bate na porta e pede para que todos os guardas se retirassem.