Chapter 8 - Surprises

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“Tiveste saudades minhas?" perguntava a pessoa que eu menos esperava ver em Sydney, André.

“Achas que eu tive saudades depois do que me fizeste?" perguntei eu com uma voz fraca e com grande quantidade de raiva dentro de mim. Eu presumi que toda a gente daquela sala estava com os olhos postos em mim e naquele ser repugnante a que eu já chamei namorado. Senti que a Maria e a Sara se aproximaram de mim “O que estás a fazer aqui?" insisti na pergunta

“Vim ver-te amorzinho" disse ele cínico tocando-me no braço e eu tirei logo de seguida a mão do meu braço

“Vai-te embora" disse eu tentando olhar para ele

“Porquê? Ainda não tivemos um tempo juntos" disse ele cínico, outra vez. Como eu odeio este rapaz

“Saí já!" gritei para que ele ouvisse. Só senti ele a apertar-me o braço e sentir uma dor aguda a seguir. A Sara e a Maria tentaram logo que aquela mão me larga-se. Conseguiram com sucesso. Eu senti que Ashton estava para se levantar o que me fez sorrir interiormente

“Vai-te embora. Não causa-te problemas que chegue?" perguntou a Maria irritada

“Ok está bem eu vou-me embora" disse ele virando-se de costas afastando-se um bocado da porta   “Mas iremos ver-nos em breve" fez o seu caminho até à entrada e eu fechei lentamente a porta. Olhei para as minhas melhores amigas e começaram lágrimas a escorrer pela cara

“Porquê? Porquê eu?" perguntei-lhes retoricamente, saí daquela sala a correr e fui para o meu quarto. Fechei a porta e tranquei-a. Só ouvia o meu nome a ser dito do outro lado da porta. Devia ser a Sara e a Maria a chamarem-me mas não me importava muito porque quando acontessem coisas destas eu só consigo falar com alguém depois de assimilar tudo. Eu não acredito que o meu pior pesadelo veio para Sydney.

Calum On

“Porquê? Porquê agora?" perguntou a Bea desperada e logo a seguir correu para o seu quarto. A Maria e a Sara foram atrás dela. Eu e os rapazes levantamos de relance. Só se ouvia as duas raparigas a chamarem desesperadamente pela rapariga que se tivera fechado no quarto. Eu achava que devia fazer alguma coisa por isso fui até lá ajudar. Isto pode não servir de nada mas pelo menos tentei.

“Posso tentar?" perguntei assim que cheguei ao encontro das duas raparigas. Elas olharam uma para a outra confusas

“Sim podes mas tem cuidado que ela é sensível" avisou a Maria. Eu assenti com a cabeça e elas sairam do corredor dos quartos. Eu sinceramente não sabia o que fazer por isso decidi ser natural

“Bea... É o Calum podes abrir a porta é que estamos preocupados contigo" disse mas nada se ouviu do outro lado da porta “Não achas que te ia fazer bem falar? Podes desabafar comigo se quisseres" disse mais uma vez mas mais uma vez... nada. De repente a porta destranca-se e aparece uma rapariga com a maquilhagem toda borrada e com os seus olhos castanhos vermelhos. A seguir ela abraça-me, retribuo o abračo e ela aperta o abraço

“Estou tão mal" falou a rapariga contra o meu peito

Suspiro “Acredito que sim" fiz-lhe leves festas na cabeça

"Eu não sei o que fazer Calum"

“Eu não sei o que aconteceu entre ti e ele mas acredito que sim" disse nervoso. Ela desfez o abraço, pegou na minha mão e fez com que eu me senta-se na cama. Ela sentou-se ao meu lado. Eu olhava-a antentamente

“No ínicio parecia tudo mágico. Ele era muito querido e amável comigo. Nós tinhámos grandes momentos e muitos deles eram passados na cama se é que me entendes... Eu na altura não reparava que a minha relação era só sexo a Maria e a Sara disseram-me isso mas eu acreditava que faziamos coisas para além disso. Um dia ele pediu para irmos para a cama e eu disse que não me apetecia. Depois ele disse que tinhamos de fazer e eu admiti que estava farta da nossa relação e queria acabar. Foi que ele se irritou e..." ela parou de falar “violou-me... depois de ele se ir embora quando os meus pais chegaram a casa viram-me naquele estado e levaram-me para o hospital. Mais tarde na escola ele e o seu grupinho só gozavam comigo e chamavam-me nomes. Eu tive sorte porque eu fiquei amiga da Maria e da Sara e ela parou-me de chatiar" ela começou a chorar outra vez e eu sem pensar abracei-a. Eu já não aguentava vê-la assim. Eu gostava mais de vê-la a sorrir como sempre. Ela tem um sorriso bonito tenho de admitir. Desfizemos o abraço

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