Eu tinha um peixe, um peixe beta de cor azul, um pouco pequeno para a idade dele, ou pelo menos foi isso que o vendedor disse quando meu pai o comprou. Dei o nome de Leirbag. Ouvi esse nome estranho em uma conversa com uns amigos. Era o nome de alguém de trás para frente, e eu gostei do resultado, era algo diferente
Nos primeiros dias, sempre me esquecia de alimentar o pequeno peixe, mas depois de um tempo, passei a alimenta-lo todos os dias assim que eu acordava. E, à tarde, quando voltava da escola, ficava encarando o pequeno no aquário, brincava com um truque que aprendi na internet e até falava com ele. Conversava tanto que, se tornou meu amigo mais proximo mesmo sem responder. Acredito que entendia tudo oque eu falava, já que, certa vez, quando cheguei em casa, estava parado proximo à superficie. Fui me aproximando com os olhos cheios de lágrimas, tanto que, quando estava perto o bastante, não conseguia ver nada além de um borrão. Eu acreditava que ele já estava morto, mas assim que eu perguntei se estava bem, começou a nadar rapidamente de um lado para o outro, para, em seguida, parar novamente assim que suspirei de alívio.
No dia seguinte vi que suas escamas estavam caindo aos poucos. Logo falei ao meu pai que deviamos ver se ele estava doente. Meu pai depois de observar-lo por um tempo, apenas disse que isso devia ser normal porque Leirbag já não era jovem. Mas, cerca de dois dias depois, meu mundo caiu. Dois dias depois, eu estava enterrando meu melhor amigo, Leirbag. Fiz questão de fazer um funeral em meu quintal. Nunca esquecerei de meu querido amigo, nem daqueles dias dolorosos que se seguiram sem ele.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Histórias Curtas
ContoCompilado de pequenas histórias autorais que eu fiz. Marquei como completas porque não sei se vou escrever mais alguma, e se eu for, não sei quando